Como dizia antes, aopera buffa continua...
Acto 3: PSD
Pelos vistos o pioneiro (a nível mundial) Parque das Ondas da Aguçadora, com tecnologia Pelamis, corre sérios riscos de ir por água abaixo. Ou, por outras palavras, morrer de desidratação na praia...
As três máquinas Pelamis do parque de ondas da Aguçadoura, considerado pelo Governo "uma bandeira" da liderança portuguesa nas energias renováveis, foram retiradas do mar por problemas técnicos e estão "em terra", no Porto de Leixões, há quatro meses.
A primeira das três máquinas Pelamis estava no mar desde 15 Julho, enquanto as outras duas foram retiradas apenas dois meses depois de terem sido colocadas, a 25 e 28 de Setembro. O seu custo ascendeu a nove milhões de euros.
Em declarações à agência Lusa, Rui Barros, da Companhia de Energia Oceânica (empresa do grupo Babcock & Brown, detentor do projecto), disse ter sido detectado um problema recorrente nos casquilhos das articulações dos macacos hidráulicos das três máquinas que motivou a sua retirada de alto mar, onde se encontravam cinco quilómetros ao largo da Aguçadoura (Póvoa de Varzim).
A colocação em alto mar de uma das máquinas Pelamis, em Setembro, foi acompanhada "em directo" por uma fragata da Marinha portuguesa e serviu de pretexto para uma cerimónia de inauguração oficial do chamado parque de ondas da Aguçadoura.
A cerimónia contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Pinho, que apontou o projecto como "uma bandeira" da liderança portuguesa nas energias renováveis e "o primeiro projecto no mundo de exploração comercial a energia das ondas para produzir energia eléctrica".
Segundo o responsável, deverá ser necessário cerca de um mês para a substituição dos casquilhos em cada uma das máquinas, após o que estas poderão ser de novo colocadas em posição, em alto mar, para continuação dos testes a que vinham sendo sujeitas.
"Estou convencido que, se não aparecer mais nenhum problema, antes do final do Verão estaremos com as três máquinas totalmente libertas para produção comercial. Mas é tudo se, se, se...", afirmou.
A primeira fase do parque de ondas da Aguçadoura arrancou com uma capacidade inicial de 2,25 megawatts (MW), correspondente às três máquinas instaladas, o equivalente para iluminar 1000 a 1500 habitações. A segunda fase previa, no entanto, um aumento da capacidade para 20 MW e um total de 25 máquinas, o que implicaria um investimento na ordem dos 60 a 70 milhões de euros.
Rui Barros diz que Portugal "perdeu a corrida" pela liderança mundial na área da energia das ondas e o projecto de criação de um cluster a este nível está "seriamente comprometido".
A australiana Babcock & Brown, que lidera o processo, foi seriamente atingida pela crise económica mundial e, para abater dívida, pôs à venda parte dos seus activos para abater, entre os quais o projecto Pelamis.
APREN
18.03.2009 - 12h07 Lusa
A EDP continua "empenhada em manter a liderança na área das energias renováveis" e considera "perfeitamente natural" existirem reveses no processo da energia das ondas, como no caso do parque de Aguçadoura, cujas máquinas estão paradas há quatro meses.
O administrador da EDP Jorge Cruz Morais explicou que o processo da energia das ondas "é algo que ainda está em desenvolvimento" e que "é evidente que existem reveses no processo, o que é perfeitamente natural num processo de investigação como é este caso".
"Neste momento, não estamos ainda perante uma tecnologia completamente estabilizada. As máquinas do Parque da Aguçadoura tiveram um Inverno duro, do ponto de vista marítimo, e vieram para terra fazer algumas reparações, isso não é nada de especial. Não podemos esquecer que isto é um projecto", afirmou o administrador, refutando as declarações de Rui Barros, da Companhia da Energia Oceânica, que considerou estar "seriamente comprometido" o projecto do 'cluster' português da energia das ondas, devido à paragem do parque de ondas de Aguçadoura.
Rui Barros, da Companhia da Energia Oceânica (empresa do grupo de investimento australiano Babcock & Brown) disse estarem há quatro meses paradas no Porto de Leixões as três máquinas fabricadas pelos escoceses da Pelamis com que arrancou o parque de ondas da Aguçadoura, considerado pelo ministro da Economia a "bandeira" da liderança portuguesa neste sector.
"Neste momento está seriamente comprometido" o projecto do 'cluster' português da energia das ondas, considerou Rui Barros, acrescentado que já perdida estará a "corrida" pela liderança de Portugal nesta área das energias renováveis, pois, se o parque de ondas da Aguçadoura era o primeiro do género a nível mundial, "daqui a pouco vai deixar de o ser", concluiu.
EDP negoceia versão actualizada da tecnologia no parque de Aguçadoura
Jorge Cruz Morais garantiu que "a EDP continua empenhada em manter uma liderança na área das energias renováveis e agora, em particular, na energia das ondas" e que a eléctrica portuguesa está a analisar novas tecnologias, nas quais estão já "preparados para investir", estando inclusivamente a negociar com a Pelamis Wave Power para obter a versão II da tecnologia disponível no parque de Aguçadoura.
"Achamos que aquilo que está no mar é um enorme potencial energético do ponto de vista do vento, porque o vento é muito constante e com mais horas do que sopra em terra. Por outro lado, a energia das ondas, que tem um elevadíssimo potencial. Portugal quer ter uma liderança nisso e a EDP quer ter uma liderança nessa área".
"Os projectos em que neste momento estamos empenhados do ponto de vista do mar são os de aproveitamento da energia das ondas, com duas ou três tecnologias, e também o chamado Wind Offshore, em águas mais profundas como são as nossas", explicou o administrador, adiantando que no caso do Wind Offshore está ainda a ser analisada "qual é a melhor tecnologia" para o efeito.
Italianos criam painéis solares que geram energia com cascas de frutas
Plantão | Publicada em 12/03/2009 às 18h35m
Pesquisadores italianos da Universidade Tor Vergata, em Roma, anunciaram ter produzido energia elétrica a partir de painéis solares elaborados com cascas de frutas, verduras e legumes. Os cientistas trabalham no Polo Solar Orgânico, instituto criado dois anos atrás pela região de Lazio e com a participação da iniciativa privada para estudar o emprego de materiais orgânicos em fontes renováveis de energia.
A nova geração de painéis solares substitui o uso do silício por uma mistura de pigmentos de alimentos que podem ser sintetizados biologicamente. A inovação está na elaboração de um material que absorve a radiação solar e a transforma em eletricidade. O grupo de pesquisadores inspirou-se na fotossíntese, processo natural das plantas de absorção de gás carbônico e emissão de oxigênio na atmosfera.
As células solares orgânicas são formadas por corantes naturais extraídos do mundo vegetal. A ciência básica por trás é a mesma do painel tradicional. Mas muda a composição química dos elementos e a espessura da lâmina que pode ser aplicada ao produto final em película, plástico ou vidro. "Em comparação com as atuais células solares, a orgânica é mil vezes mais fina. A diferença de capacidade de absorção da energia solar varia de pigmento para pigmento, mas ela é mínima", afirmou o professor Franco Giannini, diretor do Polo, à BBC Brasil.
Os componentes eletrônicos e químicos do painel localizam-se entre as duas placas de eletrodos e são sobrepostos uns aos outros, em camadas de estratos nas quais ocorrem as reações fotovoltaicas. Durante o processo de transformação da energia, alguns componentes recebem a irradiação solar e outros extraem a carga para a produção de eletricidade. "Trabalha-se essencialmente com o dióxido de titânio. As células ativadas pelos corantes absorvem a radiação solar, permitindo o fenômeno da separação das cargas para a produção da energia", descreve Giannini.
Os principais elementos da nova tecnologia fazem parte de uma longa lista de pigmentos naturais de origem vegetal. Frutas silvestres, ricas em antocianinas (pigmento natural encontrado na berinjela, amoras e uvas), ou folhas de espinafre, com complexos de proteína, por exemplo, possuem propriedades capazes de ajudar na transformação da energia solar em elétrica. "Usamos aquilo que é jogado fora, as cascas da laranja, por exemplo, e a transformamos em matéria básica para a geração de energia elétrica. O Brasil tem uma agricultura forte e pode se interessar por essa tecnologia", afirmou Giannini, que já trabalhou no país.
O painel, semitransparente ou colorido, pode captar a luz independentemente da inclinação e da intensidade dos raios solares. Esses fatores contam no processo, mas menos com a nova tecnologia. "Uma diferença fundamental é que estas células orgânicas são tridimensionais, enquanto as tradicionais são bidimensionais. Isso significa que podem absorver a luz em todas as direções, são mais eficientes. Elas captam a radiação da luz difusa", contou Giannini. Isso significa que o céu encoberto de nuvens continua a ser uma fonte eficiente de energia solar.
A nova tecnologia poderá aumentar a produção dos painéis solares reduzindo o custo do valor da energia transformada. Hoje, os painéis a base de silício custam entre 6 a 12 euros por watt. Com a revolução a caminho, os preços podem cair para 2 euros por watt através dos painéis orgânicos.
O silício é o principal elemento químico encontrado no planeta depois do oxigênio e a matéria-prima básica usada para a elaboração dos semicondutores, usados nos painéis. O mineral, presente na areia do mar, por exemplo, é caro por causa do processo de transformação para a indústria. Ele acaba sendo o responsável por 60% do preço final do produto.
"O custo da aplicação do silício se paga em quatro anos, contra apenas um das células orgânicas", diz Giannini. Além disso, as máquinas para construção dos painéis devem custar cerca de 1 milhão de euros, contra os 15 ou até mesmo 100 milhões necessários para outras formas de painéis fotovoltaicos. Os novos modelos também serão mais seguros. "A manutenção é mais fácil e o roubo não é interessante, pois como alguém vai levar embora uma janela, por exemplo?", pergunta o professor.
O painel incorporado à janela tem ainda a função de repor a energia elétrica em parte usada na iluminação noturna, descarregando-a e acumulando-a em uma bateria. A fonte de calor das lâmpadas aciona o processo de transformação da energia irradiada pela luz em eletricidade.
Condoninho da Renata disponível a partir de hoje
Híbridos mais apetecíveis
A nova geração Prius não é propriamente um gadget de meter no bolso ou na carteira, mas é certamente um objecto de desejo para quem tem preocupações ecológicas. Apresentada no Salão de Genebra, esta nova geração pretende tornar mais apetecíveis os híbridos em que a Toyota tem vindo a apostar, agora com um sistema Hybrid Synergy Drive quase totalmente redesenhado para criar um conjunto mais compacto e mais leve.
O design foi também refrescado, com uma carroçaria de linhas mais dinâmicas e um coeficiente aerodinâmico de apenas 0,25 Cd, mas os principais ganhos estão na potência que aumenta em 22 % face à actual linha enquanto as emissões de CO2 são reduzidas em 14 %.
Esta nova geração só deve chegar ao mercado no segundo semestre deste ano e o preço ainda não foi revelado.
Missão do telescópio Kepler começa esta noite
06.03.2009 - 09h58 Ana Gerschenfeld - Se tudo correr bem, dentro de horas o novo telescópio espacial Kepler da NASA partirá de cabo Canaveral a bordo de um foguetão. A sua missão: descobrir outros "pontinhos azuis"- ou seja, planetas parecidos com o nosso que orbitem em torno de estrelas parecidas com o nosso Sol.
A anos-luz da Terra, algures na nossa galáxia, a Via Láctea, uma anónima e modesta estrela alberga um pequeno planeta, feito de continentes de pedra, oceanos de água líquida e céus azuis. Tal como a Terra, esse planeta completa uma órbita em torno do seu sol em mais ou menos um ano. Não é nem muito quente nem muito frio: tem a temperatura ideal para o desenvolvimento da vida. Quem sabe, talvez já esteja cheio de vida... O que não daríamos para o ver!
O mais provável é que isso nunca venha a acontecer - mesmo um punhado de anos-luz são milhões de quilómetros a mais para os seres humanos lá chegarem em pessoa. Mas os astrónomos acreditam que é, contudo, possível fazer algo que se aproxima disso: estudar a atmosfera de planetas como este - se é que existem -, determinar se são habitáveis e descobrir eventuais sinais da presença de vida.
É um velho sonho da Humanidade, saber se estamos ou não sozinhos no Universo. O nosso "pontinho azul", como lhe chamava o conhecido astrónomo Carl Sagan, será único, ou haverá muitos outros como ele noutros cantos da Via Láctea e até de outras galáxias? E se houver muitos outros, haverá ou não vida neles? E se houver vida neles, será vida inteligente, consciente, ou apenas vida primitiva?
O telescópio espacial Kepler da NASA, que deverá ser lançado por volta das 4h da próxima madrugada (hora de Lisboa) a partir de cabo Canaveral, na Florida, a bordo de um foguetão Delta2, é a concretização da primeira etapa indispensável na exploração desta nova fronteira. Tem por missão descobrir mais pontinhos azuis. "O Kepler é uma importante pedra angular para percebermos que tipos de planetas se formam à volta de outras estrelas", diz Debra Fischer, "caçadora" de planetas extra-solares da Universidade Estadual de São Francisco, citada num comunicado da NASA. "As suas descobertas (...) vão ser o nosso guia para conseguirmos um dia vislumbrar um pontinho azul como o nosso à volta de outra estrela da nossa galáxia."
Até à data, conhecem-se mais de 300 "exoplanetas", mas nenhum deles parece ser muito semelhante à Terra; costumam ser muito maiores e a maioria são bolas gigantes de gases incandescentes. De facto, nem o telescópio espacial Hubble nem os mais potentes telescópios terrestres seriam capazes de detectar planetas do tamanho da Terra a distâncias tão imponentes. Espera-se que as coisas mudem radicalmente com a chegada do Kepler ao espaço, que, para mais, ao contrário dos outros telescópios, se dedicará em exclusividade à pesquisa de exoplanetas (a sonda Corot, lançada pela Agência Espacial Europeia em 2006, também à procura de planetas extra-solares, é menos potente do que o Kepler e menos adequada à detecção de planetas tipo-Terra).
Olhar fixamente as estrelas
O novo telescópio, baptizado em homenagem a Johannes Kepler (1571-1630), pai da astronomia moderna, pesa uma tonelada e custou 478 milhões de euros. É basicamente composto por uma câmara digital de 95 milhões de pixéis - a mais potente de sempre a ser colocada no espaço - e de um espelho com quase um metro e meio de diâmetro. A abertura do telescópio é quase de um metro.
Colocado em órbita à volta do Sol, seguirá o rasto ao nosso planeta e ficará orientado para uma porção do céu visível do Hemisfério Norte da Terra, na direcção das constelações Cisne e Lira. Ao longo dos pelo menos três anos (pode chegar aos seis) que deverá durar a sua missão, vai realizar um gigantesco "recenseamento planetário", segundo as palavras de Jon Morse, director da divisão de Astrofísica da NASA, olhando fixamente e simultaneamente para mais de 100 mil estrelas nessa região da Via Láctea.
Para detectar exoplanetas, o Kepler utilizará o método dito dos trânsitos, que consiste em detectar pequeníssimas flutuações da radiação, "piscadelas" na luz emitida pelas estrelas, devidas à passagem de um planeta à sua frente. O Kepler é um aguçadíssimo olho no céu, como explica James Fanson, responsável da missão, no mesmo documento da NASA: "Se o Kepler olhasse para a Terra à noite a partir do espaço, seria capaz de detectar a diminuição da luz num alpendre se alguém passasse à frente da lâmpada". O que equivale ainda a ser capaz, para recorrer à imagem usada pelo New York Times, de detectar a variação de luz produzida por uma pulga a rastejar à superfície do farol de um carro. O Kepler fará observações em contínuo, sem desviar o olho dos seus alvos e sem pestanejar, e enviará para a Terra os dados recolhidos uma vez por semana.
Como os planetas que o Kepler procura devem ser parecidos com o nosso e a sua estrela parecida com o nosso Sol, isso significa, em princípio, que esses planetas demoram cerca de um ano a completar uma volta em torno da estrela. Portanto, ao longo da sua missão, o novo telescópio deverá ser capaz de confirmar várias vezes a redução periódica da luminosidade de uma dada estrela de forma a garantir que essa variação se deve à passagem de um planeta e não a algum outro fenómeno. Mas isso também quer dizer que só no fim da missão é que se saberá quantos planetas do tipo da Terra é que o Kepler encontrou.
Contudo, os responsáveis da missão têm uma ideia do número em causa. Pensam que o Kepler deverá detectar centenas de planetas de todo o tipo - muitos deles gigantes quentíssimos - e que, se de facto os pontinhos azuis forem moeda corrente na nossa galáxia, umas dezenas dos exoplanetas descobertos serão parecidas com a Terra e estarão situadas na zona "habitável" do seu respectivo sistema solar.
Umas dezenas pode parecer muito pouco, dado o número de estrelas que o telescópio irá perscrutar. Mas o facto é que, entre aquelas 100 mil estrelas e o seu eventual cortejo de planetas, nem todos se vão alinhar com o Kepler para serem "apanhados" pela objectiva. Estima-se que um tal alinhamento apenas se produza em um por cento dos casos. Muitos planetas como o nosso passarão, portanto, despercebidos, mesmo que existam.
Mas nada garante o desenlace: "Se descobrirmos que a maior parte das estrelas possui planetas como a Terra", diz William Borucki, responsável científico da missão, "isso implica que as condições que sustentam o desenvolvimento da vida poderão ser comuns na nossa galáxia. Mas se encontrarmos poucos ou nenhuns planetas destes, isso indicará que talvez estejamos sozinhos."
Espaço: Sonda norte-americana Kepler colocada em órbita
O Kepler foi colocado em órbita heliocêntrica que o faz seguir a Terra em redor do sol. Nenhuma correcção suplementar de trajectória será necessária, precisou a Nasa. Este telescópio de 1,03 ton está dotado de um espelho principal de 1,4 m de diâmetro e de uma abertura de 0,95 m. O fotómetro, aparelho que serve para medir as grandezas luminosas, está munido de um plano focal com 95 milhões de pixeis que se assume como a maior objectiva fotográfica lançada no espaço pela Nasa. Este telescópio ultra-sensível às variações luminosas vai fotografar durante pelo menos três anos mais de 100 000 estrelas que se assemelham ao nosso Sol, mais quentes ou menos quentes, situadas na região do Cisne e da Lira da Via Láctea.
Site oficial da missão Kepler: http://kepler.nasa.gov/
Alternativa ao petróleo : Prepara-se política de biocombustíveis Maputo, Sexta-Feira, 6 de Março de 2009O documento, cuja elaboração se encontra numa fase conclusiva, espelha aquilo que são as potencialidades do país em matérias de bio-combustíveis, procurando, deste modo, reduzir os riscos de conflitos com outras áreas de desenvolvimento agrícola, como a produção de alimentos. Notícias - A elaboração desta política segue-se a outras acções já desenvolvidas pelo Governo visando a implementação de um programa sólido de produção e uso de bio-combustíveis em Moçambique, com destaque para a preparação da legislação direccionada à introdução gradual da mistura da gasolina com o etanol e o diesel com o biodisel. Em 2007, foi elaborado um estudo de base dedicado à avaliação da viabilidade técnica, sócio-económica e ambiental dos bio-combustíveis em Moçambique, incluindo a selecção das culturas a serem usadas como matéria-prima, tendo para o efeito, sido recomendada a cana-de-açúcar para a produção do etanol e jatropha e o coco para a produção do biodisel. Intervindo ontem na sessão de abertura duma conferência internacional subordinada ao tema: “Desenvolvimento Energético em África: A opção dos Bio-combustíveis”, o Ministro da Energia, Salvador Namburete, referiu-se também ao facto de Moçambique ter avançado para o zoneamento agrário, o que permitiu a identificação de sete milhões de hectares a serem usados para os vários projectos de uso e aproveitamento de terra, incluindo os bio-combustíveis. A conferência, que decorre na capital moçambicana, junta representantes de governos africanos a nível de ministros, directores nacionais, representantes de empresas e instituições viradas para o desenvolvimento de bio-combustíveis e de organizações internacionais. O principal objectivo do encontro é a troca de experiências relativamente a assuntos relacionados com a indústria de bio-combustíveis, para além de analisar o impacto destes combustíveis nas economias de escala. Estudos recentes indicam que a produção e consumo globais de energia a nível mundial rondam os 116,8 biliões de Giga Joules, dos quais 115,7 biliões referentes a fontes fósseis e, dentre estas, a gasolina, com 48,1 biliões, o gasóleo com 53,8 biliões, o gás de petróleo liquifeito (GPL) ou gás de cozinha com 11,9 biliões, o querosene, que comporta o petróleo de iluminação e o combustível de aviação, com 3,9 biliões e os combustíveis renováveis, incluindo os biocombustíveis, tais como bioetanol e o biodiesel, com apenas 1,1 bilião de Giga Joules. Estes dados ilustram que os bio-combustíveis representam somente 0,9 % do total da energia produzida e consumida anualmente no mundo, sendo 0,8 % provenientes do bioetanol e 0,1 % proveniente do biodiesel. Para Salvador Namburete, este facto demonstra uma clara janela de oportunidades para a exploração e desenvolvimento desta fonte limpa de energia, num momento em que o mundo inteiro se confronta com o fenómeno do aquecimento global, cuja resposta requer uma interacção contínua de diversos intervenientes aos níveis local, regional e global.
Surfando ao acaso na net descubro Technorati.com: um buscador de blogues com a particularidade de, além de uma chamada mais ou menos extensa dos últimos três posts, ter - aí a parte mais original - as citações que são feitas a partir do blogue.
No caso do et verde, descubro 4 citações: duas já minhas conhecidas n'A baixa do Porto e duas outras orignais - no Vamos Salvar nosso Planeta e no Gira-discos.
Como diria o falecido Fernando Pessa: e esta, hein?
Relíquia foi encontrada numa garrafa abandonada num aterro
Acto 1 - Quadro 1: Anúncio de Sócrates no debate quinzenal no Parlamento
Painéis solares térmicos terão benefício triplo para as famílias
Daniel Rocha (arquivo) |
Sócrates dedicou a sua intervenção a enunciar as medidas já anunciadas para este ano, com a excepção do incentivo aos painéis solares |
Acto 1 - Quadro 2: Energia
CGD, BES e BCP preparados para apoiar investimento em painéis solares
O primeiro-ministro José Sócrates disse hoje no Parlamento que "haverá vários bancos já preparados para assistir este investimento".
Num documento do Ministério da Economia são identificadas aquelas três instituições de crédito como as que têm condições para suportar aquele investimento.
O chefe do Governo anunciou hoje, no debate quinzenal, benefícios fiscais e facilidades no acesso ao crédito bancário para as famílias que instalem painéis solares, programa que pretende atingir 65 mil habitações em 2009, num investimento de 225 milhões de euros. Segundo o líder do executivo, as famílias que entenderem instalar em 2009 painéis solares térmicos nas suas casas contarão "com um triplo benefício". "Pagarão menos de metade do custo do equipamento; verão a sua factura energética anual reduzir-se em mais 20 por cento; e terão ainda um benefício fiscal de 30 por cento do custo de investimento do primeiro ano", apontou.
A CGD informa que já tem uma "política de sustentabilidade que promove o crédito a painéis solares já há algum tempo", apesar de não fornecer dados sobre o crédito concedido neste âmbito.
Acto 2: Irmãos Martins e Vaz Guedes aliam-se no negócio do solar Na semana em que arrancam os incentivos à compra de painéis solares térmicos, a indústria do sector agita-se: o grupo Martifer e a Ao Sol, empresa de Diogo Vaz Guedes, preparam-se para anunciar uma parceria no negócio dos painéis solares térmicos.Painéis solares: dois terços do mercado para uma única empresa
António Carrapato (arquivo) A APISolar está contra a lista de condições de acesso aos incentivos por parte das empresas
A Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISolar) poderá avançar com uma providência cautelar contra os novos incentivos do Governo aos painéis solares; e os fornecedores austríacos, que representam uma boa parte do mercado, poderão também contestar a medida anunciada por José Sócrates há pouco mais de duas semanas no Parlamento.
A parceria entre o grupo dos irmãos Martins e a empresa que Diogo Vaz Guedes comprou há mais de três anos à Galp Energia está a ser negociada, e poderá levar mesmo a uma fusão desta com a primeira, segundo admitem fontes do mercado. Não foi possível uma resposta dos respectivos gestores.
Nos últimos dias, o ministro da Economia, Manuel Pinho, foi acusado de beneficiar os interesses do grupo Martifer - que não produz até agora painéis solares térmicos. Embora tenha a Martifer Solar, o grupo dos irmãos Martins dedicou-se até agora apenas à montagem de módulos fotovoltaicos, importados da Alemanha (Kuka) e da China (Solarfun), como consta da sua página na Internet. Para a produção de solar térmico, o grupo com sede em Oliveira de Frades tem pronta a lançar a Martifer Ener-Q. A sua apresentação ao mercado já esteve prevista na semana passada, mas os protestos liderados pela APISolar adiaram o evento.
É com a nova participada para o solar térmico que a Martifer deverá avançar com a aliança com a Ao Sol. Esta empresa foi fundada por Manuel Collares Pereira, investigador do INETI que desenvolveu a tecnologia. Tem hoje como accionista Diogo Vaz Guedes, o gestor que vendeu o grupo Somague aos espanhóis da Sacyr Vallhermoso e é hoje presidente da Privado Holding. Também Nuno Ribeiro da Silva, actual presidente da Endesa Portugal e da SPES-Sociedade Portuguesa de Energia Solar, esteve inicialmente ligado ao projecto, tendo-se entretanto afastado.
Se para a Martifer esta pode ser uma nova fonte potencial de receita, depois de um rápido crescimento que culminou com a entrada recente no negócio das minas e a consolidação de uma grande proximidade ao actual Governo, também a é para a Ao Sol. A empresa de Vaz Guedes encontra-se numa crise que tem afectado a sua laboração.
Aparentemente, a aliança entre as duas empresas está já assumida, já que documentos do Governo em circulação desde a semana passada colocam-nas lado a lado. Outra grande empresa considerada favorecida pela medida do Governo é a Vulcano, do grupo alemão Bosch, que foi, aliás, a primeira a manifestar a sua satisfação pela iniciativa do executivo, logo após o seu anúncio.
Face às condições impostas pelo Governo para as empresas poderem fazer parte da lista de entidades com equipamentos abrangidos pelos subsídios à aquisição por parte dos consumidores, a direcção da APISolar terá já decidido avançar, segundo um dos seus membros, com uma providência cautelar. As empresas austríacas que vendem equipamentos no mercado nacional, através de representações, também poderão avançar com processos contra a medida do Governo.
As empresas austríacas contam com o acompanhamento da situação por parte da respectiva embaixada em Lisboa. Contactada pelo PÚBLICO sexta-feira passada, a representação diplomática respondeu que primeiro é necessário ver os termos exactos em que as novas regras vão funcionar, a partir de hoje. Com uma forte presença de negócios neste sector em Portugal, os austríacos querem ver "aplicadas as regras europeias da concorrência".
Depois dos protestos de sexta-feira, a APISolar, que representa um sector disperso por cerca de quatro mil empresas, poderá decidir-se por uma providência cautelar contra a medida do Governo, caso o ministro da Economia continue a recusar a receber a associação em audiência. A entidade está contra a lista de condições de acesso aos incentivos por parte das empresas, sobretudo o ponto que obriga a empresa a uma capacidade de produção e instalação anual acima de 50 mil metros quadrados de colectores solares. É mais do que os estimados 47 mil metros quadrados instalados no país todo em 2007 e abaixo dos 80 mil metros quadrados instalados no ano passado, também em estimativa. Se este valor for levado à letra, significa que uma única empresa terá que responder por mais de dois terços do actual mercado nacional, tendo em contrapartida a expectativa de um volume de vendas entre 20 a 30 milhões de euros anuais. E estes são números que estão fora do alcance das pequenas empresas do sector.
De acordo com as contas das próprias empresas, apenas a Vulcano estaria teoricamente em condições de aceder aos subsídios. A empresa diz ter produzido no ano passado 160 mil metros quadrados de colectores solares (o dobro dos instalados no país, o que indica produção para exportação e para stock). Quanto à Ao Sol, diz instalar anualmente entre seis mil e oito mil metros quadrados.
Efeito desperdiçado
Os incentivos à instalação de colectores solares em 65 mil habitações individuais não vão ter impacto no abastecimento energético do país, gerando apenas negócio para algumas empresas, garante o dirigente do Geota, Manuel Ferreira dos Santos, convicto de que "o Governo não fez o trabalho de casa". Lamenta que se tenha desperdiçado a oportunidade para dirigir o consumo de energia solar para onde é mais necessária - para os condomínios/prédios onde mora 60 por cento da população -, o que "obrigaria a uma revolução" e a um salto na eficiência energética do país. Dessa "revolução" faz parte a introdução de máquinas de lavar roupa bitérmicas (duas fontes de aquecimento).
É evidente que esta opera buffa não fica por aqui...
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