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Sábado, 8 de Novembro de 2008

Dia Europeu da Saúde na Cozinha

Hábitos alimentares saudáveis devem ser incutidos ainda no útero

08.11.2008 - 11h35 Lusa
Os hábitos alimentares saudáveis devem ser incutidos nas crianças o mais cedo possível, tarefa que passa acima de tudo pelos pais, embora a escola também tenha um papel importante, defendem especialistas, por ocasião do Dia Europeu da Saúde na Cozinha, que hoje se assinala.

“É necessário educar o mais precocemente possível, desde que a criança está ‘in útero’”, disse à Lusa a nutricionista Ana Rito, dedicada à nutrição infantil.

De acordo com a especialista, os pais devem “manter os hábitos saudáveis que a criança faz no primeiro ano” como dar-lhe o leite a horas certas, por exemplo. “A partir dos dois anos há uma negligência em relação a alguns aspectos e estas pequenas alterações tornam-se um problema”, referiu.

Ana Rito defende que “a escola é um meio importante de educação alimentar”, mas que os pais “não podem delegar toda a responsabilidade nos professores e educadores”.

Também o director da escola superior de educação João de Deus defende que “tem de haver regras”. “Famílias excessivamente permissivas causam malefícios às crianças, que se notam aos 14/16 anos, altura em que já não dá para voltar atrás”, disse António Ponces de Carvalho.

Nos jardins-escola João de Deus, a alimentação é variada e quando as crianças não apreciam determinado alimento tenta sempre contornar-se a situação.

“No caso do peixe cozido, por exemplo, esmigalhamos as batatas e o peixe, misturamos e colocamos um pouco de azeite ou molho de manteiga. Alteramos a forma e misturamos os sabores, porque há texturas que provocam desconforto e sabores que não são apetecíveis”, explicou Ponces de Carvalho.

No caso de haver “repulsa”, o director defende que se “force um pedacinho, porque as crianças não podem comer apenas o que querem”. 

O complemento é ensinado nas aulas com ajuda da roda ou da pirâmide dos alimentos. Assim as crianças aprendem o que faz bem e o que deve ser evitado, “mas pode ser comido de vez em quando”.

“Se alguém ensinar, temos a certeza que a criança aprende. Através do estudo conseguimos concluir que aos quatro anos, os miúdos já têm noção do que devem comer”, disse em Junho à Lusa a professora Rosário Dias, aquando da apresentação do estudo de comportamento alimentar “Mais olhos que barriga”, que na fase 1 teve como “objecto de estudo” 373 crianças de 4, 5 e 6 anos.

Para a professora e uma das autoras do estudo, “os pais devem ser os primeiros a aprender, para depois ensinarem os filhos”.

As horas das refeições servem também para os mais pequenos aprenderem hábitos de higiene, a comer de garfo e faca, a beber de copos de vidro e a saber estar à mesa.
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publicado por ehgarde às 15:18
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Quinta-feira, 6 de Novembro de 2008

Os nosso filhos nos acusarão

Um filme ao serviço de uma verdade que dói

«Nos enfants nous accuseront» estreou ontem em França

A cada ano, na Europa, cem mil crianças morrem de doenças causadas pelo meio ambiente. A poluição e a alimentação provocam 70 por cento dos cancros. Em França, constatou-se que o incidente aumentou em 93 por cento nos últimos 25 anos. 

“Nos enfants nous accuseront” - “As nossas crianças irão acusar-nos” - é um filme que conta a corajosa iniciativa do município de Gard, em Barjac (França), que decide introduzir alimentos biológicos na cantina escolar da aldeia. A longa-metragem documental, totalmente francesa, sobre meio ambiente e a alimentação, realizada por Jean-Paul Jaud tem estreia marcada para amanhã, em França e vai mexer com sensibilidades.

O realizador pinta um retrato sem concessões da tragédia ambiental que espreita a jovem geração: o envenenamento dos campos com químicos agrícolas (76 mil toneladas de pesticidas diversas sobre o país) e os prejuízos causados na saúde pública. Uma palavra de ordem: não só constatar os males, mas encontrar desde já os meios de acção para que, amanhã, as nossas crianças não nos acusem. 

É a primeira vez desde “Le Monde du Silence”, de Jacques Yves Cousteau (palma de Ouro do festival de Cannes em 1956), que o cinema francês se debruça sobre o meio ambiente. Se a preservação do universo marinho era já uma causa preciosa, a da alimentação das crianças ainda está longe de ser lembrada. Para não dizer urgente. 

Depois de percorrer as paisagens sensoriais francesas com a série “As quatro estações para…”, Jean-Paul Jaud fixa a objectiva da sua câmara na tragédia ambiental.

Um autarca exemplar

Consciente do perigo, um autarca decide encarar de frente o problema dando o exemplo com um passo político sem comparação – alertar a opinião e poderes públicos das consequências escandalosas de um sistema económico que deixa passar os interesses à frente da saúde da população. 

O realizador distingue a alimentação biológica, dizendo que “essa é natural”, da convencional que assinala de “química”, alertando para a obesidade infantil e o cancro do cólon. 

Os diferentes intervenientes do filme, crianças, pais, professores, enfermeiros, jornalistas, agricultores, eleitos, cientistas, investigadores, deixam as suas opiniões, análises, angústias, ira, o fruto do seu trabalho para a câmara. Cada um conta a sua experiência, denuncia os abusos, colocam questões, mas todos propõem soluções, com a condição que os diferentes organismos de decisão assumam as suas responsabilidades. Testemunhos concretos e inquietantes sobre uma realidade que se torna urgente. Quantas doenças, de tumores, enfermidades, tragédias proliferam sem que se faça nada?

 O filme começou na Unesco aquando de um colóquio que reuniu nomes sonantes a nível mundial da medicina e assinaturas da Appel de Paris.

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publicado por ehgarde às 11:33
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