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O Parlamento Global apresenta a linha do Tua que o Governo e a EDP querem afogar: aqui, aqui e aqui. Não perder, p.f.: grande parte das imagens são históricas; mas algumas ainda são actuais. Se nos mantivermos calados e quietos, dentro em breve todas passarão a ser históricas!
O Bloco de Esquerda vai contestar a construção da barragem do Tua no próximo debate do estado da Nação, no Parlamento. Para preparar argumentos, o dirigente Francisco Louçã viajou terça-feira de metro, entre Foz-Tua (Carrazeda) e Mirandela.
O deputado concede que é necessário fazer algumas barragens no país, mas "por razões de sensatez" refuta o empreendimento hidroeléctrico do Tua. Primeiro "porque faz desaparecer a linha ferroviária do Tua". Considera-a uma "obra de arte", com 120 anos de existência, e com "elevada potencialidade turística". Depois, "porque afecta terrenos agrícolas".
Louçã realça que esta barragem representa "apenas 0,5 por cento do potencial hidroeléctrico do país" e está convencido que Portugal teria muito mais a ganhar "apostando na eficiência energética". Exemplificando: "Um euro investido para evitar perdas de energia ou para substituir as formas de iluminação corresponde a oito euros de poupança". Contas feitas, assume que "uma boa política energética tem essas prioridades e não passa por atropelar o património cultural e paisagístico", disse.
Francisco Louçã reconhece que a linha do Tua até pode nem ser rentável do ponto de vista comercial, no entanto, classifica-a como uma mais-valia turística que deve ser aproveitada para desenvolver a região. "A rentabilidade também se vê pelas pessoas que visitam, que comem, que ficam e que querem conhecer", frisa.
O dirigente do Bloco de Esquerda considera ainda uma boa ideia a extensão da linha do Tua desde Mirandela até Puebla de Sanábria, em Espanha, passando por Macedo de Cavaleiros e Bragança. No entanto, para que tal aconteça, "é preciso que a linha não seja encerrada no último troço".
Pelo menos desta vez...
A circulação ferroviária na linha do Tua foi hoje de manhã restabelecida, após o descarrilamento ocorrido sexta-feira, de acordo com o Metropolitano de Superfície de Mirandela. O presidente do metro de Mirandela, José Silvano, disse que o primeiro comboio saiu hoje de Mirandela às 10h00 com chegada prevista ao Tua ao meio-dia.
Segundo a mesma fonte, o metro recebeu indicação da Refer que foi feita uma vistoria à linha e que estavam reunidas as condições de segurança para a circulação. Não se sabe ainda o que causou o descarrilamento de sexta-feira, disse a mesma fonte.
A reabertura da linha do Tua surge numa altura em que decorre ainda um inquérito ao acidente feito por técnicos da Refer e cujas conclusões deverão constar de um relatório. Uma carruagem do metro de Mirandela descarrilou sexta-feira de manhã, exactamente na mesma zona da linha do Tua onde já ocorreram dois acidentes desde Fevereiro de 2007, provocando dois feridos ligeiros. O acidente ocorreu cerca das 12h00, envolvendo uma carruagem do metro que fazia a ligação daquela cidade ao Tua, a quatro quilómetros do final da viagem.
Em 120 anos de existência, a linha do Tua nunca tinha registado acidentes graves até 12 de Fevereiro do ano passado, quando descarrilou uma carruagem do metro de Mirandela por uma ravina de 60 metros para o rio, matando três pessoas. A linha esteve encerrada entre Abrunheda e o Tua durante quase um ano e foi alvo de diversas intervenções, tendo reaberto no final de Janeiro.
Passado pouco tempo, em Abril, houve mais um acidente com uma dresina (veículo de segurança), tendo provocado dois feridos. A linha voltou a encerrar no mesmo troço, tendo apenas reaberto no dia 23 de Maio.
JN, 08.06.08 00h15m - Eduardo Pinto
A Polícia Judiciária está a investigar o acidente de anteontem na Linha do Tua, em Carrazeda de Ansiães. As causas do descarrilamento de uma automotora do Metro de Mirandela ainda não são conhecidas. Reabertura da linha sem data.
O administrador-delegado do Metro de Mirandela, Milheiros de Oliveira, confirmou ao JN que "inspectores da PJ estiveram no local do acidente, sexta-feira à tarde". Terão ido "despistar qualquer suspeita de sabotagem na linha". Afinal, a via reabrira há menos de duas semanas, depois de ser reparada e inspeccionada. O acidente de anteontem provocou três feridos ligeiros. Milheiros de Oliveira não vê, no entanto, "motivos que justifiquem a investigação", uma vez que "os estragos na linha são mínimos e os que há foram provocados pelo descarrilamento". O administrador desmentiu igualmente que a dresina, responsável por uma primeira viagem diária de inspecção à linha, não tenha efectuado o trajecto. "Passou no local do acidente minutos antes deste ter ocorrido", afirmou Milheiros de Oliveira. Entretanto, foi constituída uma comissão de inquérito que já esteve no local do acidente para recolher elementos. A reunião para apurar as causas só vai acontecer durante esta semana e o administrador-delegado do Metro não prevê um relatório final para antes da segunda semana deste mês O transbordo entre Abreiro (Mirandela) e Foz-Tua (Carrazeda de Ansiães) é assegurado por táxi fretado pela CP. A carruagem acidentada foi, ontem, recolocada nos carris e rebocada para a Estação do Tua. De lá seguirá para as oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, em Guifões, onde será sujeita a uma vistoria e reparações. "Dentro de 15 dias, deverá estar de regresso a Mirandela", anunciou Milheiros de Oliveira. Até lá, o Metro de Mirandela tem disponíveis apenas duas das quatro carruagens iniciais - uma foi desmantelada depois de cair ao rio.
Ontem
A linha do Tua está novamente interdita. Uma carruagem do Metro de Mirandela descarrilou, ontem, perto da Estação de Foz-Tua, em Carrazeda de Ansiães. As causas não são conhecidas. O acidente provocou três feridos ligeiros.
Faltavam 20 minutos para o meio-dia. Joaquim Pereira e um amigo, ambos de Vila Real, pescavam no rio Tua perto do local onde a máquina saiu da via. "Estávamos a seguir o comboio e de repente vimo-lo tombar", contaram ao JN. "Ele vinha muito devagar e tombou lentamente", asseguraram os pescadores, que até apuraram junto de um dos ocupantes que "a linha terá cedido um pouco". No local que não havia pedras nem terra na via, o que descarta que as causas deste acidente sejam as mesmas que provocaram os dois anteriores. No total, três no espaço de 16 meses. A carruagem seguia em direcção à Estação do Tua e transportava três passageiros e três funcionários do Metro, segundo um ocupante. Ao sair da linha tombou para o lado da escarpa, caso contrário teria ido parar ao rio. Pedro Luís Sequeira, residente no Porto, era um dos três passageiros. "Eu vinha muito bem sentado no Metro e, de repente, caímos para o lado. Uns por cima dos outros. Foi um grande susto. Acho que foi Deus que nos deitou a mão, senão íamos parar ao rio". No imediato vai ser aberto um inquérito para apurar o que causou o acidente e só depois disso é que a Refer e o Instituto da Mobilidade dos Transportes Terrestres (IMTT) vão decidir a data de reabertura da via-férrea, entre Abreiro (Mirandela) e Foz-Tua. Curiosamente, este troço tinha reaberto no passado dia 24 , depois de mês e meio encerrado devido aos danos na linha provocados pelo descarrilamento de uma dresina, no dia 10 de Abril deste ano. O presidente do Metro de Mirandela, José Silvano, não arrisca uma data para que a ligação Mirandela-Tua seja reatada. Para já, é necessário retirar do local a máquina e depois aguardar pela autorização da Refer e do IMTT, "o que pode demorar alguns dias". Na próxima semana, Silvano promete tomar uma posição sobre a circulação do Metro na linha do Tua. Confessa que ainda não percebeu porque é que "cada vez que reabre volta a haver acidentes". E isto depois de aturadas inspecções por parte do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e da Refer, que a seguir deram luz verde para ser retomada a circulação em toda a extensão. "Isto é muito estranho. Tenho de saber o que se passou no acidente de hoje [ontem] para tirar conclusões", notou. O também presidente da Câmara de Mirandela não entende que a linha do Tua, em 120 anos de existência, "não tivesse tido nenhum acidente relevante e, agora, nos últimos tempos já houve três". Silvano só admite a possibilidade de encerramento definitivo da linha "se a falta de segurança se impuser". Pela sua parte vai continuar a lutar pela sua manutenção, sobretudo numa altura é que está prevista a construção de uma barragem que vai inundar, pelo menos, os últimos 16 quilómetros. Porém, admite que esta sequência de acidentes possa criar um clima de desconfiança nos passageiros. "Temo que a partir de agora as pessoas possam ter medo de andar no Metro e , também receio, que o Governo aproveite a situação para acabar com a linha do Tua", disse ao JN.
Movimento Cívico pela Linha do Tua considera acidente «inqualificável»
IOL Diário, 07-06-2008 - 20:17h
O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) considerou este sábado «inqualificável» a ocorrência, sexta-feira, de mais um descarrilamento do metro de Mirandela, exigiu «clareza» quanto às causas do acidente e acusou o Governo de esconder partes dos relatórios dos acidentes, noticia a Lusa.
Em comunicado, o MCLT exigiu também que «os responsáveis pela situação em que se encontra a Linha do Tua sejam de uma vez por todas responsabilizados em conformidade, e que se pare de culpar de forma facilitista a própria via férrea».
Uma carruagem do metro de Mirandela descarrilou sexta-feira de manhã, exactamente na mesma zona da linha do Tua onde já ocorreram dois acidentes desde Fevereiro de 2007, provocando dois feridos ligeiros.
O acidente ocorreu cerca das 12:00, envolvendo uma carruagem do metro que fazia a ligação daquela cidade ao Tua, a quatro quilómetros do final da viagem. Para o movimento, «nada do que se tem feito nos últimos meses na Linha do Tua tem sido transparente» e até «legal e ético».
«Basta deste empurra com declarações feitas a martelo. Exigimos clareza, exigimos ética, exigimos acção», reclama o MCLT.
Considerando que «o governo esconde parcimoniosamente a íntegra dos relatórios sobre os acidentes e estudos realizados na linha», o movimento apela ao Presidente da República e «às entidades legais responsáveis em matéria» para que possam clarificar todas as situações.
Em 120 anos de existência, a linha do Tua nunca tinha registado acidentes graves até 12 de Fevereiro do ano passado, quando descarrilou uma carruagem do metro de Mirandela por uma ravina de 60 metros para o rio, matando três pessoas.
Afastada hipótese de aluimento de terras
O descarrilamento da automotora, esta manhã, na Linha do Tua, não foi provocado por um aluimento de terra, nem qualquer outro problema ao nível da infra-estrutura, apurou o PÚBLICO. O acidente provocou um ferido ligeiro.
Ao contrário do que foi inicialmente noticiado, a linha não foi atingida por qualquer deslizamento de terra ou queda de pedras, nem se registou qualquer problema ao nível dos carris.
O acidente ocorreu a cerca de dois quilómetros da estação do Tua, num troço que tinha sido modernizado depois do descarrilamento ocorrido em Fevereiro do ano passado, quando uma automotora caiu ao rio, provocando a morte de três pessoas.
Ao que foi possível apurar, não há vestígios na infra-estrutura que pudessem ter provocado o acidente, pelo que restam a possibilidade de este ter sido motivado por falha do material circulante (automotora), embora esteja excluída a hipótese de excesso de velocidade. Outra hipótese seria intervenção externa, ainda que esta possibilidade seja considerada mais remota.
Não tendo sido detectada qualquer problema ao nível da infra-estrutura, a Refer já não está tão convicta do encerramento definitivo da linha, que esta manhã chegou a ser apontado como provável.
O acidente, que feriu sem gravidade um passageiro, não foi mais grave porque a automotora descarrilou para o lado oposto ao rio. Na composição seguiam um maquinista e cinco passageiros.
intervenção externa?!?
Terá sido algum et (extra-terrestre) verde que não gosta que as composições ferroviárias sejam também verdes?
Estas duas fotos fotam feitas por mim em 1 e 2 de Maio de 1987: a de cima no trecho da linha que agora querem afogar - reparem no número de carruagens! - e a de baixo no já há muito encerrado tercho Bragança - Mirandela.
Entretanto soube de mais esta notícia, com origem às 17h42:
Já foi aberto um inquérito para averiguação de culpas
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações já reagiu ao acidente desta sexta-feira na Linha do Tua, do qual resultaram dois feridos ligeiros. Para Mário Lino, estas situações podem «ocorrer com alguma facilidade», devido à instabilidade dos terrenos da zona, noticia a Lusa.
«Este acidente em particular não sei qual foram as razões, mas a Refer com certeza que está a analisar, mas não é uma linha onde esse tipo de problemas não possam ocorrer com alguma facilidade, há muitos desmoronamentos nas encostas, há instabilidade, não são problemas fáceis de resolver», declarou o ministro.
No lançamento do programa PO Valorização do Território, inserido no QREN, Mário Lino concordou que «os comboios têm limitações na forma como se deslocam» no Tua.
Também o Partido «Os Verdes» já reagiu ao descarrilamento no Tua, sublinhando a «estranheza com a sucessão de acidentes». Recorde-se que os ecologistas têm lutado pela manutenção da linha contra a construção de uma barragem na zona. «Esta situação é tanto mais estranha pela coincidência destes acidentes ocorrerem todos num momento em que muitos interesses se movem no sentido de encerrar definitivamente esta linha», declaram em comunicado.
Linha suspensa até terminar o inquérito
Para já, fica a promessa da exigência de esclarecimentos na Assembleia da República por parte das entidades responsáveis. «Os Verdes» querem perceber, finalmente, o porquê de tantos acidentes na Linha do Tua em tão pouco tempo.
José Silvano, presidente do Metro de Mirandela, também confessou a sua «estranheza». «Cada vez que a linha reabre acontecem, passado pouco tempo, acidentes no mesmo local, que já foi alvo de intervenções de segurança por parte do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e da Refer (proprietária da linha)», revelou.
Entretanto, a empresa de caminhos-de-ferro emitiu um comunicado, onde admite a abertura de um inquérito e confirma a suspensão da circulação até à conclusão do mesmo. Os passageiros que queiram deslocar-se entre a Brunheda e o Tua terão agora ao ser dispor de automóveis da CP.
Pergunta a minha curiosidade:
1. se os terrenos da zona são tão instáveis, como diz o Sr. Ministro, será seguro fazer ali uma barragem?
2. saberá o Sr. Ministro que os terrenos permaneceram estáveis durante 120 anos - até ao momento em que se começou a falar de uma barragem para a zona?
Tua, Bragança, 06 Jun, 13h06m (Lusa) - Uma carruagem do metro de Mirandela descarrilou hoje de manhã exactamente na mesma zona da linha do Tua onde já ocorreram dois acidentes desde Fevereiro de 2007, provocando dois feridos ligeiros.
O presidente do metro de Mirandela, José Silvano, afirmou à Lusa que há apenas a registar um ferido, o maquinista, que sofreu um traumatismo no sobrolho.
Contactada pela Lusa, fonte dos Bombeiros de Alijó salientou, contudo, que aquela corporação transportou um ferido que acusava "dores nas costas" até ao centro de saúde de Alijó para avaliação.
O acidente ocorreu cerca das 12:00, envolvendo uma carruagem do metro que fazia a ligação daquela cidade ao Tua, a quatro quilómetros do final da viagem.
O presidente do metro não soube precisar o número de ocupantes no veículo, nem as circunstâncias em que ocorreu o acidente, tendo apenas referido que "a carruagem descarrilou e ficou caída na berma da encosta".
O responsável considerou ainda prematuro pronunciar-se mais sobre o assunto sem conhecer as conclusões de um relatório que será efectuado sobre o acidente.
No entanto, José Silvano estranhou que cada vez que a linha reabre aconteçam passado pouco tempo acidentes no mesmo local, que já foi alvo de intervenções de segurança por parte do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e da Refer (proprietária da linha).
Em 120 anos de existência, a linha do Tua nunca tinha registado acidentes graves até 12 de Fevereiro do ano passado, quando descarrilou uma carruagem do metro de Mirandela por uma ravina de 60 metros para o rio, matando três pessoas.
A linha esteve encerrada entre Abrunheda e o Tua quase um ano e foi alvo de diversas intervenções, tendo reaberto no final de Janeiro.
Passado pouco tempo, em Abril, houve mais um acidente com uma dresina (veículo de segurança), tendo provocado dois feridos.
A linha voltou a encerrar no mesmo troço, tendo apenas reaberto no dia 23 de Maio.
Os passageiros que hoje seguiam na carruagem do metro tiveram que fazer os últimos quatro quilómetros a pé até à estação do Tua.
HFI/PLI
Lusa/fim
Porque será que agora, desde que se fala numa Barragem para a zona, as pedras decidiram cair para a linha - coisa que não aconteceu durante mais de 100 anos enquanto os terrenos da zona não valiam um centavo?!?
Serão estas as faladas "razões de interesse público"?
segunda-feira, 21 de Abril de 2008, http://static.publico.clix.pt/carga_transportes/noticias.asp?id=1326417&idCanal=1670
A barragem do Rio Tua pode ser um investimento interessante para a empresa que a vai explorar, a EDP, mas provocará, sem dúvida, uma perda irrecuperável do transporte público, da paisagem e da agricultura de Trás-os-Montes, que se tornará mais pobre e despovoada.
Rui Rodrigues, http://www.maquinistas.org
A linha de via estreita do Tua foi construída no final do século XIX e início do século XX, desde a foz do Rio Tua até Bragança, numa extensão total de cerca de 133,8 quilómetros (Km), tendo sido desactivado o troço de Mirandela a Bragança, de 81 Km, no ano de 1991. A construção da linha desde a Foz do Tua até Mirandela, sobretudo os vinte quilómetros iniciais, comparável a algumas vias nos Alpes, foi uma obra de muito difícil execução, tendo sido concluída em 1887. Durante vinte anos, Mirandela foi o fim da linha mas, a partir de 1905, chegou a Bragança o que, naquela época, representou uma grande melhoria da mobilidade para as populações daquela região.
O transporte de mercadorias que o comboio facultava foi outra das grandes perdas para aquela região. Esta é, aliás, uma das maiores queixas de algumas povoações. Para se ter uma ideia desta situação basta dizer que um construtor perto de Azibo (30 km a norte de Mirandela), para encomendar cimento, só pelo serviço do transporte de camião até ao Pocinho, paga cerca de 500 euros. Outro tipo de mercadorias, tais como adubos, cereais, cortiça etc., eram transportadas por via férrea. A perda deste modo causou graves danos na economia local e as consequências, hoje, são visíveis porque o abandono das estações ferroviárias, que existiam, provocaram desemprego e emigração e consequente despovoamento.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA BARRAGEM
Recentemente foi anunciada a intenção da construção de uma barragem no Rio Tua, o que poderá representar o desaparecimento do único troço ainda em funcionamento da linha, com mais de 120 anos de existência. A linha ferroviária do Tua ficará praticamente toda submersa, se for aprovado o projecto da EDP para a construção da barragem, com uma cota de 195 metros. Mesmo que se opte pela cota mínima, os últimos 15 quilómetros da via do lado da Foz do Tua irão desaparecer.
Para a EDP que a irá explorar, pelo período de 75 anos, este é um investimento interessante, porque a nova barragem terá uma capacidade de 324 megawatts, embora, neste caso, a energia eléctrica que vai ser produzida seja insignificante para colmatar as necessidades do País. Uma das ideias que têm sido propostas, antes de se construir novas barragens, seria aumentar a potência das que já existem, o que permitirá, com baixos investimentos, obter maiores proveitos.
Um dos problemas de Portugal é a baixa eficiência energética, devido aos grandes desperdícios que se verificam no nosso país. Esta deveria ser a maior aposta a cumprir nos próximos anos. A nova barragem só iria criar postos de trabalho durante a sua construção. Terminada esta, o número de pessoas necessárias será quase nulo.
Os grandes prejudicadas com este projecto são, sem dúvida, as populações locais, uma vez que o encerramento definitivo da linha do Tua vai eliminar um serviço público de transporte, no acesso ao Porto (via linha do Douro) e a Mirandela. Outra consequência consistiria na perda de rendimento para os agricultores, vinicultores e outros trabalhadores agrícolas na inundação das terras que são a sua única base de sustentação económica. O turismo seria afectado porque, actualmente, a linha do Tua atrai milhares de visitantes nacionais e estrangeiros.
O turismo e agricultura da região são duas actividades não deslocalizáveis que a região não pode perder; caso contrário, toda aquela zona do país ficará mais pobre. Se a linha do Tua desaparecer, provavelmente vão ocorrer as mesmas consequências que se verificaram no troço encerrado entre Mirandela e Bragança, onde algumas promessas feitas às populações não foram cumpridas.
A construção de uma barragem gera sempre impacte ambiental e cada caso é um caso, sendo este bastante digno de estudo e de ponderação.
A LINHA DO TUA E O TURISMO
Estão previstos alguns investimentos, em Espanha, que indirectamente irão beneficiar a região de Trás-os-Montes. Nos próximos anos, com a conclusão da nova rede ferroviária espanhola, vai ser possível ligar Madrid a Puebla de Sanábria, em 1 hora e 40 minutos e a capital espanhola a Salamanca, em 1 hora e 30 minutos. Está também prevista a reabertura do troço de Fuente de S. Estéban até Barca de Alva, que ligará a fronteira portuguesa a Salamanca. Se do lado português for reaberta a via desde Barca de Alva até ao Pocinho, a linha do Douro terá ainda maiores potencialidades turísticas.
Quanto mais tráfego tiver a linha ferroviária do Rio Douro e melhor funcionar, maior beneficio resultará para a linha do Tua, que dela depende, e que já foi considerada, por revistas estrangeiras, como uma das cinco mais belas linhas turísticas da Europa. Em Portugal, existem poucos locais com aquela beleza, sendo difícil descrever, por palavras, os cerca de 54 quilómetros de via férrea, que separam Mirandela da foz do Tua, pois é uma experiência inesquecível, que fica na memória de qualquer visitante e com o desejo de um dia lá voltar. Para se ter uma ideia da beleza ao longo deste itinerário, podem-se ver as fotos no seguinte ‘site’: http://picasaweb.google.pt/rodrigues.rui1/LinhaDoTua03?authkey=rk1Bwb8VOgY
Já aqui me referi por várias vezes a este triste assunto...
Devido à poluição no rio Tâmega
Amarante: Barragem de Fridão pode provocar desastre ambiental na cidade
21.04.2008 - 18h01 - Lusa
A cidade de Amarante corre o risco de sofrer um desastre ambiental devido à elevada poluição do rio Tâmega, se a barragem de Fridão for transformada em aproveitamento reversível, ficando emparedada entre dois açudes e duas barragens, alertou hoje um especialista ambiental. A afirmação foi feita num debate, em Amarante, por Rui Cortes, professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e especialista em estudos de impacte ambiental.
Segundo o técnico, que tem colaborado em estudos ambientais de diversas barragens - nomeadamente Alqueva, Sabor e Foz Tua - o Tâmega é o curso de água, dos rios internacionais, que apresenta maior grau de poluição, devido à eutrofização (formação de algas tóxicas).
Rui Cortes sustenta, ainda, que se for construído um contra-embalse/açude a jusante da barragem, para permitir a recolocação da água na albufeira principal durante a noite, aproveitando a energia das eólicas, a qualidade da água colocada no curso de água (caudal ecológico) será de pior qualidade.
Outro problema crucial a debater no âmbito do estudo de impacte ambiental (EIA), a cargo do consórcio que ganhar o concurso, será a profundidade a que a água será turbinada. "Quanto mais fundo for turbinada mais poluição terá o caudal libertado. Será necessário diminuir as fontes de poluição, a montante, se não vamos ter em Amarante um desastre ambiental", avisou o professor da UTAD.
Linha de alta tensão traz mais problemas
Participaram também no debate Hélder Leite, que chamou a atenção para os problemas da construção de uma linha de alta tensão de 400 kVA com 22 km de extensão, e Berta Estevinha, que considerou preocupante o aumento da eutrofização das águas do rio, devido à poluição. A eutrofização é um problema que afecta o rio Tâmega há quase uma década, sobretudo na albufeira formada pela actual barragem do Torrão, localizada na foz do rio.
Durante o debate, o deputado municipal por Amarante, Emanuel Queirós, alertou para o perigo dos sismos induzidos, um problema que, afirmou, "está completamente desvalorizado e foi até descurado" na análise dos dez empreendimentos considerados prioritários.
Dos dez aproveitamentos seleccionados pelo Governo, a barragem de Fridão é a segunda infraestrutura em potencial hidroeléctrico, logo a seguir a Foz Tua, já adjudicada à EDP. O Ministério do Ambiente anunciou que o concurso para a concessão da barragem de Fridão será lançado a 30 de Abril.
... do encerramento:
Descarrilamento na Linha do Tua faz três feridos
10.04.2008 - 13h03
Ao início desta manhã, a queda de uma barreira de sustentação provocou o descarrilamento de uma composição na Linha do Tua, fazendo três feridos, avançou a RTP.
Os três feridos estão a ser assistidos no Centro de Saúde de Alijó.
Acidente na Linha do Tua provocou três feridos ligeiros
2008-04-10 12:31:50 - Cristina Sambado, RTP
Um acidente com uma máquina de manutenção de carris, em São Mamede de Riba Tua, provocado pelo desabamento de uma barreira de sustentação, provocou três feridos ligeiros e interrompeu a circulação na Linha do Tua.
O acidente aconteceu ao início da manhã ao quilómetro 2,5 no sentido Tua – Mirandela e envolveu uma máquina utilizada para o serviço na linha, a chamada Dresin.
Os três feridos, trabalhadores da REFER empresa proprietária da linha, foram transportados para o centro de Saúde de Alijó de onde foram transferidos para o Hospital de Vila Real.
Três mortos e dois feridos em acidente há um ano
A 12 de Fevereiro de 2007, um desabamento de pedras fez descarrilar uma carruagem do Metro de Mirandela, que fazia a ligação entre o Tua e Mirandela, com cinco pessoas a bordo.
A carruagem tinha saído no final do dia 12 de Fevereiro da estação do Tua em direcção a Mirandela e transportava dois passageiros, um funcionário da CP que terminara o dia de trabalho na estação do Tua, o motorista e um revisor.
No acidente ficaram feridos os dois passageiros, ambos estudantes, e morreram o motorista e o revisor funcionários do metro de Mirandela, e o funcionário da CP.
. Troleicarros
. APETc - Associação Portuguesa dos Entusiastas por Troleicarros
. Troleicarros/tróleibus lusófonos
. Energias Renováveis
. APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis
. Meio-ambiente
. Associação Ambientalista "Campo Aberto"
. APVE - Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico
. O óleo alimentar foi utilizado. E agora?
. Educação Tecnológica
. ANAPET - Associação Nacional de Professores de Educação Técnica e Tecnológica
. ET - Escola Básica 2/3 Jorge de Montemor, Montemor-o-Velho
. ET - Escola Básica 2/3 Luísa Todi, Setúbal
. ET - Escola Básica 2/3 Visconde de Juromenha, Mem Martins
. Moçambique
. Esperanto
. PEA - Portugala Esperanto Asocio
. ...