Frente Ribeirinha: Rua da Prata e Avenida Ribeira das Naus só para eléctricos?
08.04.2008 - 14h22 Lusa
O Plano Estratégico para a Frente Tejo, elaborado pela Parque Expo, admite vários cenários para limitar o trânsito na zona ribeirinha, entre os quais a retirada dos automóveis da Rua da Prata e Avenida Ribeira das Naus.
Num dos cinco cenários propostos para as acessibilidades entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia, nestas duas ruas passariam a circular apenas os eléctricos.
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Quem dera!
Novelas de Braga #6 - Para uma história dos eléctricos de Braga
Sexta, 28 MAR | 21h30 | convidados - Sr. Bento e Sr. Araújo, antigos cobradores
Em Maio deste ano completam-se quarenta e cinco anos após a viagem do último eléctrico bracarense. Braga, aliás, foi última cidade do país a electrificar a rede de transportes urbanos (1914) e curiosamente a primeira a desactivá-los (1963). Ao contrário das outras cidades portuguesas que também adoptaram este simpático transporte urbano (Porto, Coimbra, Lisboa e Sintra), Braga não conservou nenhum dos seus carros eléctricos, dos seus atrelados e do restante património associado. Todos os 11 eléctricos e atrelados que circularam na cidade foram desmatelados e convertidos em sucata e, mais tarde, foi destruído o próprio edifício onde os eléctricos recolhiam e que se situava no cruzamento da Rua Cardoso Avelino com a Rua Cruz de Pedra (junto à estação de comboios) para no mesmo local se construir mais um centro comercial. Braga tem vindo a perder e a destruir praticamente todo o seu património mais recente, nomeadamente muitas das infraestruturas industriais construídas nos finais do séc. XIX ou inícios do séc. XX, correndo-se o risco de este período apenas ficar documentado por fotografias. Não é por acaso que a maioria dos bracarense de hoje não sabe que Braga já foi servida por uma rede de eléctricos entre Maximinos/Estação da CP e Gualtar/Bom-Jesus e entre o Estádio 1º de Maio e Monte D'Arcos.
Com a participação do Sr. Araújo e do Sr. Bento, que durante alguns anos foram cobradores dos Eléctricos bracarenses, as Novelas deste mês vão procurar traçar a história e estórias deste transporte desaparecido.
Na fotografia (cerca de 1960): o eléctrico (com o atrelado vermelho utilizado no período de Verão) atravessa o Largo da Senhora-a-Branca, passando à porta da futura Velha-a-Branca.
Descobrir a História e as estórias da nossa cidade e registar os testemunhos de quem nas mais diversas áreas ajuda a construir a identidade de Braga é o objectivo destas Novelas.
Nota: a não perder!
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