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Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2009

Regresso às origens

Arquitetos constroem casa carbono zero com técnica medieval

A casa em 2009.02.03 (Foto de www.crossway.tumblr.com)

Arquitetos da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, apresentaram nesta quarta-feira uma casa de carbono zero que pode vir a ser produzida em série no país em um futuro próximo.

A casa de quatro quartos, localizada nas proximidades da cidade de Staplehurst, utiliza uma técnica aplicada na construção de casas da época medieval e vista como mais eficiente na contenção de emissões de gases causadores do efeito estufas.

"O design é econômico, já que a casa é relativamente fácil de ser construída e, a partir do momento em que você sabe o que está fazendo, é rápido", afirmou o desenhista Michael Ramage, do Departamento de Arquitetura da Universidade de Cambridge.

Mais de um quarto (27%) das emissões de gases causadores do efeito estufa da Grã-Bretanha é gerado por residências, o que contribui de forma significativa para o aquecimento global. Poucas casas são movidas unicamente por energia solar e muitos designs são muito caros, inviabilizando a produção em massa.

O governo britânico quer que todas casas novas sejam livres de emissões de gases causadores do efeito estufa em 2016.

A casa em 2009.02.17

A construção em forma de arco é basicamente uma câmara de 20 metros coberta com terra e plantas, que servem de camuflagem e ajudam a construção a se mesclar com o ambiente rural.

O projeto é uma adaptação de uma técnica medieval que utiliza tijolos finos para criar construções leves e duráveis. Assim, a casa adquire resistência estrutural e, ao mesmo tempo, evita a utilização de materiais que consomem muita energia na sua produção, como concreto armado. A estrutura também fornece uma grande quantidade de massa térmica, permitindo a casa a reter calor, absorver flutuações de temperatura e reduzir a necessidade de sistemas de aquecimento ou resfriamento. Qualquer aquecimento adicional é provido pela combinação de sistemas fotovoltaico e térmico de aquecimento, que capta energia solar. Além disso, um aquecedor de 11kW de biomassa foi instalado na casa para fornecer energia quando o sol tiver aparecido por alguns dias. O isolamento térmico é feito com papel de jornal reciclado.

"A construção mostra como o design contemporâneo pode promover materiais locais e integrar novas tecnologias para produzir um prédio altamente auto-sustentável", afirmou o arquiteto responsável pelo projeto, Richard Hawkes, que será o primeiro ocupante da casa.


Mais fotos e notícias em www.crossway.tumblr.com 

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Segunda-feira, 10 de Novembro de 2008

TV Energia

Mudança de comportamentos no uso doméstico
10.11.2008 - 15h00 Lusa

A primeira televisão portuguesa online dedicada a promover a mudança de comportamentos no consumo doméstico de energia foi hoje apresentada oficialmente.
"O objectivo principal da TV Energia é promover a mudança de comportamentos e a utilização racional da energia, que é um recurso finito", referiu Vasco Ferreira um dos coordenadores do projecto à margem da apresentação do canal, que decorreu hoje em Lisboa. 
A "falta de informação" foi uma das razões que levou a equipa coordenada por Vasco Ferreira a criar um canal online onde serão exibidos três programas principais. 
O "Inova Energia" é um magazine de informação que inclui rubricas como "estilo de vida eficiente", em que figuras públicas partilham práticas sustentáveis. 
No "Cinema ao Ar Livre", o canal disponibiliza documentários e curtas-metragens sobre energia e alterações climáticas. 
Já no "Eventos Energia" está garantida a cobertura de conferências e eventos sobre sustentabilidade energética. 
O projecto é financiado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), através do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC)
Ao abrigo do PPEC 2008, a TV Energia recebeu um financiamento 313 mil euros. 
A TV Energia estará "no ar" até 31 de Dezembro de 2009, mas a ideia da equipa é "continuar o projecto" e para tal já estão a "estudar alternativas de financiamento". 
O PPEC teve início em 2007, tendo nesse ano sido gastos dez milhões de euros no programa, que geraram benefícios estimados em cerca de 52 milhões e uma poupança energética equivalente aos gastos de 195 mil famílias, de acordo com o presidente do conselho de Administração da ERSE, Vítor Santos, presente na apresentação.

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Quinta-feira, 31 de Julho de 2008

Tu quoque, ONU?

Clima

ONU recomenda aos funcionários vestuário informal para poupar energia

31.07.2008 - 09h31 Lusa

A ONU recomendou ontem à noite aos funcionários e corpo diplomático que deixem nos armários a roupa tradicional e optem por uma indumentária informal que se adapte melhor ao novo plano de poupança energético a implementar na sede da organização. É a iniciativa "Cool UN".

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, autorizou a que se flexibilize o código de vestuário para que os cerca de cinco mil funcionários possam adaptar-se ao aumento da temperatura ambiente, já que a temperatura na sede da Secretaria da ONU vai passar de 22,2 para 25 ºC e de 21,1 para 23,9 ºC no anexo que alberga as salas de conferências da organização.

"Não nos vamos meter a polícias da moda mas o que procuramos é que as pessoas possam vestir roupas mais frescas", indicou, numa conferência de imprensa, Michael Adlerstein, responsável pelo projecto de modernização da sede da ONU.

Adlerstein deu o exemplo escolhendo para a ocasião uma camisa branca e calças caqui, em vez do tradicional fato escuro e gravata com que costuma luzir o reconhecido arquitecto nova-iorquino.

A ONU calcula que a diminuição do consumo de energia com o desligar do ar condicionado permitirá reduzir em cem mil dólares a factura energética do edifício e evitar a emissão de 300 toneladas de dióxido de carbono, um dos gases com efeito de estufa.

Adlerstein indicou que se a iniciativa der bons resultados, ela poderá estender-se para além de mês de Agosto e ser aplicada nos meses de Inverno, embora neste caso a recomendação seja usar roupas que conservem o calor corporal.

A ONU recordou, num comunicado, que os participantes na conferência internacional sobre alterações climáticas realizada no Verão passado na Ilha indonésia de Bali já acordaram adoptar uma indumentária mais adequada ao clima tropical.

O novo plano de poupança faz parte do projecto de remodelação da sede da ONU avaliado em 1900 milhões de dólares (1200 milhões de euros), que pretende converter o edifício conhecido como o "Palácio de Cristal" num modelo de modernidade e sensibilidade ecológica. O imóvel passou por reparações gerais desde a sua inauguração há meio século mas nunca a uma remodelação completa. As infiltrações são uma realidade no edifício, cuja estrutura contém amianto (mineral considerado cancerígeno), carece de um sistema moderno de risco contra incêndios e a potência do aquecimento e do ar condicionado é insuficiente.

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Quarta-feira, 23 de Julho de 2008

Oscilante

O preço do petróleo continua a baixar "à procura do ponto de equilíbrio", já que está a deixar de ser um "investimento interessante".Quando o mar bate na rocha...

Porque quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão, já é hora de nós, consumidores do petróleo energético, começarmos a encontrar formas de cada vez mais prescindir - ou, no mínimo, a reduzir a dependência - desse papel de mexilhão.

 

Tempestade tropical sem efeito no Golfo do México

Petróleo mantém marcha descendente ao sabor da procura 

23.07.2008 - 10h11 -Por Reuters, PÚBLICO
Greg Locke/Reuters (arquivo)
A procura por petróleo abrandou e reduziu a pressão sobre os preços

O preço do petróleo de “Brent” cotado em Londres continuava hoje de manhã a sua marcha descendente das últimas semanas e baixava quase dois dólares (1,27 euros), para 127,62 dólares (81 euros) o barril, acompanhando a evolução da procura mundial.
Em Nova Iorque, o preço do petróleo “light” recuava dos 127 dólares o barril, beneficiando da diminuição da procura energética dos principais consumidores mundiais e da redução do impacto da tempestade tropical no Golfo do México.
Apesar do aumento do valor do dólar em relação às principais divisas mundiais, o preço da principal matéria-prima mundial continuava a demonstrar uma tendência para se ajustar em baixa, porventura à procura de novos pontos de equilíbrios.
A Reuters adianta que para alguns investidores o petróleo pode ter deixado de ser um investimento atractivo e parte do dinheiro que afluiu para esta matéria-prima no último ano pode, agora, estar a ser desviado para outros alvos.
A 11 de Julho, o preço do petróleo em Nova Iorque atingiu o valor recorde de 147,27 dólares (93,48 euros) o barril, mais 20 dólares (12,70 euros) sensivelmente do preço de hoje e representando uma subida de 30 por cento no ano, em comparação com 2007.
Em 2002, o preço do petróleo chegou a custar 20 dólares. De lá para cá, o incremento da procura mundial de petróleo, principalmente dos gigantes China e Índia, fez agravar sustentadamente os preços do petróleo em Londres e Nova Iorque até aos valores máximos atingidos já este mês.

 

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O nuclear volta ao ataque - 2

2.º round - o científico:

Carlos Varandas diz que abertura do debate sobre o nuclear é «extremamente oportuna»

:: 2008-07-16 - CiênciaHoje

Varandas diz que fusão nuclear demora décadas
Varandas diz que fusão nuclear demora décadas
A abertura do debate sobre o nuclear é "extremamente oportuna", mesmo tendo em conta apenas a fissão nuclear e não a fusão, um processo mais limpo e mais barato mas ainda a décadas de distância. A afirmação é de Carlos Varandas, presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN), associado ao projecto do Reactor Termonuclear Internacional Experimental (ITER) actualmente em construção em Cadarache, perto de Marselha (França).
O investigador justificou hoje a sua posição à agência Lusa com as repercussões dos aumentos do preço do petróleo no custo da energia e porque "está agora a ser lançada no mercado uma nova geração de reactores de fissão nuclear, chamados de 'Geração 3', bastante mais seguros do que os anteriores e muito mais eficientes e limpos".
Na sua perspectiva, a electricidade de base "só pode ser produzida de duas maneiras: ou através das centrais hidroeléctricas, em que o governo investe muito, ou por centrais térmicas a gás natural, um processo poluente, embora menos do que o petróleo, mas cujos custos sobem com os deste, ou através de centrais nucleares". "Em Portugal, se vamos esgotar a nossa capacidade hidroeléctrica, se não queremos poluir e estar dependentes do preço do gás natural, então só temos a opção nuclear", considerou.
"Estou convencido de que em Portugal, tal como no resto da Europa, é vital relançar o debate sobre o nuclear e tomar as medidas que permitam ao governo, mais cedo ou mais tarde, tomar uma decisão", afirmou.
No entanto, o reacender do debate nada tem a ver com a fusão nuclear, e nomeadamente o projecto ITER, "que está a percorrer o seu percurso normal", tendo em vista a sua entrada em operação entre 2018 e 2020, salientou.

Daqui a quatro ou cinco anos

Depois de concluído, espera-se que, num período de quatro a cinco anos, o ITER demonstre a viabilidade científica e técnica da energia de fusão, apontando-se o início da produção comercial de energia para dentro de 40 a 60 anos, dependendo da vontade política.
A construção daquele reactor experimental arrancou este ano, estando neste momento já instalados edifícios provisórios, onde trabalham cerca de 200 pessoas, e estão a ser feitas escavações para os blocos finais.
Sobre a participação de Portugal no projecto, o investigador referiu duas vertentes, uma a nível internacional, com a negociação do primeiro contrato para toda a Europa na área do controlo e da aquisição de dados, a concluir no final do mês, e outra europeia, com a presença de um português a trabalhar já com funções de responsável na Agência Europeia de Fusão Nuclear.
"Por outro lado, estamos a aguardar que sejam lançados os concursos para os contratos de investigação a realizar em Portugal para o ITER, onde esperamos que Portugal possa assinar dois ou três até ao final do ano", acrescentou.

Fusão mais segura

Interrogado sobre as principais diferenças entre a fissão e a fusão nuclear, Carlos Varandas disse que "a fusão é ainda mais segura do que a fissão e praticamente não produz lixos radioactivos". Outra diferença é que "os combustíveis usados, a água e o lítio, são muito abundantes na Terra, e muitos baratos, em particular a água".
Para o investigador, as vantagens da fusão nuclear face à fissão nuclear são óbvias, nomeadamente porque "os elementos utilizados na fissão só existem em reservas para 100 a 200 anos, enquanto os da fusão nuclear, extraíveis da água do mar, "são praticamente inesgotáveis". A fusão nuclear é também, de acordo com Carlos Varandas, cerca de 100 vezes mais poderosa que a reacção de fissão.
Segundo os peritos, um quilograma de combustível de fusão permitirá produzir uma energia equivalente a 10 milhões de litros de petróleo. "Quando a central estiver construída será mais barata, mais limpa, mais segura e mais amiga do ambiente", afirmou, resumindo o processo como “a reprodução na Terra da produção energética do universo, onde toda a energia é gerada por reacções de fusão". "A seguir, dependendo das decisões políticas, vai ser necessário construir uma máquina que transforme em electricidade a energia térmica de fusão produzida no ITER", afirmou. "Se os políticos decidirem avançar desde já com a construção dessa máquina, chamada Demo, em paralelo com o ITER, poderemos ter electricidade dentro de 40 anos, caso seja decidido construí-la só depois de se ter a certeza de que a fusão é uma realidade, serão necessários mais 20 anos", explicou.
O ITER é um projecto de mais de 12 mil milhões de euros que agrega sete parceiros (União Europeia, EUA, China, Índia Japão, Coreia do Sul e Rússia), sendo a participação portuguesa coordenada pelo Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear, um Laboratório Associado com sede no Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa.

 

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Quarta-feira, 16 de Julho de 2008

Nuclear volta ao ataque!

Boletim económico de Verão do Banco de Portugal

Vítor Constâncio defende inclusão do nuclear no debate sobre dependência energética

15.07.2008 - 19h40 - Por Lusa

Daniel Rocha

Vitor Constâncio diz que é preciso reduzir a dependência de energia

O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, defendeu hoje a necessidade de estudar todas as hipóteses que permitam reduzir a dependência energética, incluindo a opção pela energia nuclear.
Vítor Constâncio, que falava na Assembleia da República durante a apresentação do Boletim Económico de Verão do banco central, sublinhou a importância de Portugal adoptar "uma política energética diferente" que permita fazer frente à "alteração estrutural dos preços da energia".
"A alteração estrutural dos preços da energia está para ficar e tudo tem de ser discutido, incluindo o nuclear", afirmou o governador do banco central, defendendo que "tudo tem de ser feito para evitar a dependência energética". De acordo com o boletim económico de Verão do Banco de Portugal, o crescimento económico deste ano para 1,2 por cento, uma diminuição de oito décimas em relação à previsão anunciada em Janeiro e que era de dois por cento.
Quanto aos preços, o Banco de Portugal acompanha a tendência actual e revê em alta a inflação (indicador harmonizado com a Zona Euro, IHPC) para três por cento, contra os 2,4 por cento de Janeiro. O agravamento dos preços dos produtos alimentares, dos transportes e da energia é uma realidade que se acentuou no final do primeiro trimestre e início do segundo e que está traduzida nas novas previsões do banco central.

Quercus acusa Constâncio de ingenuidade e desconhecimento ao relançar debate sobre o nuclear

16.07.2008 - 09h24 - Por Lusa, PÚBLICO

Paulo Ricca

A Quercus alega que uma central em Portugal teria uma dimensão que não conseguia ser suportada pela rede eléctrica nacional

A Quercus acusou hoje o governador do Banco de Portugal de "ingenuidade e desconhecimento" ao relançar o debate sobre o nuclear em Portugal, uma vez que os ambientalistas consideram esta opção errada também do ponto de vista financeiro. LPN alerta para risco de “debate inquinado”.
Em declarações no Parlamento, o governador Vítor Constâncio defendeu ontem que "a alteração estrutural dos preços da energia está para ficar e tudo tem de ser discutido, incluindo o nuclear".
Para os ambientalistas da Quercus, "se o problema do país é financeiro, então incluir o nuclear nas questões energéticas é um erro". "Um dos principais argumentos contra o nuclear é que é muito insustentável do ponto de vista de custos", declarou o dirigente ecologista Francisco Ferreira, apontando o exemplo das "enormes derrapagens" da central nuclear finlandesa.
A Quercus alega ainda que uma central em Portugal teria uma dimensão que não conseguia ser suportada pela rede eléctrica nacional, além dos tradicionais argumentos dos problemas do tratamento dos resíduos gerados pelo nuclear e da questão do risco. "O debate do nuclear foi feito nos últimos dois anos e extinguiu-se. Muito porque Portugal é o país da Europa onde a população acha que se deve apostar menos no nuclear", referiu Francisco Ferreira. "Só por ingenuidade sobre o sistema energético ou por desconhecimento das prioridades do ponto de vista de custo é que podem ter sido feitas as declarações do governador do Banco de Portugal", acrescentou.

LPN alerta para debate inquinado

Eugénio Sequeira, presidente da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), diz que a questão da energia nuclear pode ser debatida, mas com informações claras e detalhadas e tendo em conta os custos e os impactos para o ambiente. “O debate é sempre útil, e não faz mal nenhum. Mas é preciso que o debate não esteja inquinado”, disse hoje à rádio TSF. “Temos de ver a valia de uma solução, qualquer que se faça, face aos custos totais, coisa que nunca se fez. Porque tem que se medir, quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista social, quer do ponto de vista ambiental, do berço à cova”, comentou.
O dirigente defende que se deve incluir no custo de produção de energia eléctrica o “custo da execução da central, o custo total do desfazer dos resíduos finais e quanto é que isso vale em termos de risco ambiental, e o risco para a saúde pública, na sua totalidade”.

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Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

Voilà!

 

08-07-2008 15:06:00 - Foto: Bazuki Muhammad/Reuters

G8 faz pouco pela eficiência energética

Os representantes dos oito países mais industrializados do mundo, conhecido pelo G8, preocupam-se mais com o aumento da produção de petróleo do que em reduzir o seu consumo e apostar em alternativas energéticas. Numa ilha paradisíaca do Japão, o G8 aprovou uma declaração conjunta que atribui prioridade ao aumento da produção e refinação por parte dos maiores exportadores mundiais de petróleo e remete para segundo plano a necessidade de desenvolver alternativas energéticas ao crude. Fala-se apenas em “esforços de melhorar a eficiência energética e de diversificar as fontes energéticas. Entretanto, o preço do petróleo duplicou no espaço de um ano e os alimentos dispararam nos últimos trimestres.


Como dizem os nossos irmãos brasileiros, "pimenta no cu dos outros é refresco"...

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Segunda-feira, 7 de Julho de 2008

Opinião

"Não há nada mais eficaz de que o preço elevado da energia para promover a maior eficiência no seu uso"

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Sábado, 14 de Junho de 2008

Estavam à espera de quê?

Mês do Ambiente

Bem na energia, mal nos transportes

As medidas para reduzir as emissões de CO2 em Portugal estão a dar resultados na energia, mas nos transportes a situação é um desastre.

Virgílio Azevedo, Expresso, 20:59 | Quinta-feira, 12 de Jun de 2008

Há males que vêm por bem. A subida dos preços do petróleo está a ter um impacto importante na redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) do sector energético português. É o que indicam os resultados da Monitorização Semestral do PNAC (Plano Nacional para as Alterações Climáticas) recentemente divulgados, que fazem um balanço de 2007.

"Acho que Portugal vai cumprir as metas do Protocolo de Quioto", afirma ao Expresso, com convicção, o secretário de Estado do Ambiente. Humberto Rosa constata que "há medidas do PNAC que estão a avançar a velocidade de cruzeiro, como acontece no sector da energia, onde se registaram avanços consideráveis". Em todo o caso, noutras áreas fundamentais da actividade económica há resultados da monitorização que o preocupam: "De facto, nos transportes há medidas que estão atrasadas", reconhece o governante.

Humberto Rosa rebate, mesmo assim, os argumentos de quem diz que Portugal tem uma boa margem de manobra porque conseguiu negociar no Protocolo de Quioto um aumento de 27 % nas emissões no período de 2008-2012, em comparação com os valores de 1990, o ano de referência das negociações. "Este valor não é uma folga fantástica, como alguns querem fazer crer, porque temos as emissões de CO2 per capita mais baixas da UE a 15 países e das mais baixas a 27 países".

O mais marcante na avaliação do PNAC é que "não se consegue fazer, na maior parte dos casos, uma correcta avaliação dos objectivos", critica entretanto Francisco Ferreira. O dirigente da Quercus sublinha ainda que "o que está a funcionar melhor, infelizmente, é a subida do preço do petróleo e não as políticas pró-activas do Governo, ou seja, é um factor externo que não está a contribuir para a melhoria da mobilidade nos transportes".

O líder ambientalista insiste que a situação neste sector "é um verdadeiro desastre, onde o Governo e as autarquias não têm conseguido simplesmente concretizar as medidas estabelecidas no PNAC". E o dinheiro que está a ser investido nas infra-estruturas, como a expansão das redes de metro de Lisboa e do Porto, "não tem impacto em termos de transferência do transporte privado para o transporte público".

Mas olhemos para as conclusões da Comissão para as Alterações Climáticas nesta monitorização. Na energia, houve progressos em áreas como a melhoria da eficiência energética do sector electroprodutor, aumento da carga fiscal sobre o gasóleo de aquecimento e os combustíveis industriais, avanços na geração de electricidade a partir de fontes renováveis - onde a meta é chegar aos 45%.

Nos transportes, em contrapartida, em 23 medidas só três tiveram uma evolução favorável: as alterações da oferta da CP e redução do tempo de viagem nos seus comboios, e a ampliação das frotas de autocarros a gás natural da Carris (Lisboa) e dos STCP (Porto).

Mesmo assim, na energia o Programa Água Quente Solar continua a marcar passo. É um programa importante para a mudança de comportamento dos consumidores, mas Francisco Ferreira recorda que o ambicioso objectivo de 2004 para promover a instalação de um milhão de metros quadrados de painéis solares térmicos em todo o país foi reduzido para meio milhão, "mas para isso precisávamos que estivessem a ser instalados 100 mil metros quadrados por ano, o que não está a acontecer".

Entretanto, a Agência Portuguesa do Ambiente divulgou esta semana o balanço dos primeiros dois anos (2005/2007) de aplicação do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), um instrumento comunitário de regulação dos sectores industriais com maiores emissões (energia, metais, cimentos, vidro, cerâmica, papel), onde se conclui que houve uma atribuição de licenças em excesso face ao valor total das emissões verificadas (100,7 milhões de toneladas de CO2). O Ministério do Ambiente anunciou também esta semana um novo programa de 30 milhões de euros destinado ao apoio a projectos de redução de gases com efeito de estufa não contemplados pelo PNAC e pelo CELE, que será financiado pelo Fundo Português de Carbono. O programa dirige-se aos transportes e mobilidade, eficiência energética, gestão de resíduos e efluentes, processos industriais, uso do solo e florestas.

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