Pelos vistos o pioneiro (a nível mundial) Parque das Ondas da Aguçadora, com tecnologia Pelamis, corre sérios riscos de ir por água abaixo. Ou, por outras palavras, morrer de desidratação na praia...
As três máquinas Pelamis do parque de ondas da Aguçadoura, considerado pelo Governo "uma bandeira" da liderança portuguesa nas energias renováveis, foram retiradas do mar por problemas técnicos e estão "em terra", no Porto de Leixões, há quatro meses.
A primeira das três máquinas Pelamis estava no mar desde 15 Julho, enquanto as outras duas foram retiradas apenas dois meses depois de terem sido colocadas, a 25 e 28 de Setembro. O seu custo ascendeu a nove milhões de euros.
Em declarações à agência Lusa, Rui Barros, da Companhia de Energia Oceânica (empresa do grupo Babcock & Brown, detentor do projecto), disse ter sido detectado um problema recorrente nos casquilhos das articulações dos macacos hidráulicos das três máquinas que motivou a sua retirada de alto mar, onde se encontravam cinco quilómetros ao largo da Aguçadoura (Póvoa de Varzim).
A colocação em alto mar de uma das máquinas Pelamis, em Setembro, foi acompanhada "em directo" por uma fragata da Marinha portuguesa e serviu de pretexto para uma cerimónia de inauguração oficial do chamado parque de ondas da Aguçadoura.
A cerimónia contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Pinho, que apontou o projecto como "uma bandeira" da liderança portuguesa nas energias renováveis e "o primeiro projecto no mundo de exploração comercial a energia das ondas para produzir energia eléctrica".
Segundo o responsável, deverá ser necessário cerca de um mês para a substituição dos casquilhos em cada uma das máquinas, após o que estas poderão ser de novo colocadas em posição, em alto mar, para continuação dos testes a que vinham sendo sujeitas.
"Estou convencido que, se não aparecer mais nenhum problema, antes do final do Verão estaremos com as três máquinas totalmente libertas para produção comercial. Mas é tudo se, se, se...", afirmou.
A primeira fase do parque de ondas da Aguçadoura arrancou com uma capacidade inicial de 2,25 megawatts (MW), correspondente às três máquinas instaladas, o equivalente para iluminar 1000 a 1500 habitações. A segunda fase previa, no entanto, um aumento da capacidade para 20 MW e um total de 25 máquinas, o que implicaria um investimento na ordem dos 60 a 70 milhões de euros.
Rui Barros diz que Portugal "perdeu a corrida" pela liderança mundial na área da energia das ondas e o projecto de criação de um cluster a este nível está "seriamente comprometido".
A australiana Babcock & Brown, que lidera o processo, foi seriamente atingida pela crise económica mundial e, para abater dívida, pôs à venda parte dos seus activos para abater, entre os quais o projecto Pelamis.
APREN
18.03.2009 - 12h07 Lusa
A EDP continua "empenhada em manter a liderança na área das energias renováveis" e considera "perfeitamente natural" existirem reveses no processo da energia das ondas, como no caso do parque de Aguçadoura, cujas máquinas estão paradas há quatro meses.
O administrador da EDP Jorge Cruz Morais explicou que o processo da energia das ondas "é algo que ainda está em desenvolvimento" e que "é evidente que existem reveses no processo, o que é perfeitamente natural num processo de investigação como é este caso".
"Neste momento, não estamos ainda perante uma tecnologia completamente estabilizada. As máquinas do Parque da Aguçadoura tiveram um Inverno duro, do ponto de vista marítimo, e vieram para terra fazer algumas reparações, isso não é nada de especial. Não podemos esquecer que isto é um projecto", afirmou o administrador, refutando as declarações de Rui Barros, da Companhia da Energia Oceânica, que considerou estar "seriamente comprometido" o projecto do 'cluster' português da energia das ondas, devido à paragem do parque de ondas de Aguçadoura.
Rui Barros, da Companhia da Energia Oceânica (empresa do grupo de investimento australiano Babcock & Brown) disse estarem há quatro meses paradas no Porto de Leixões as três máquinas fabricadas pelos escoceses da Pelamis com que arrancou o parque de ondas da Aguçadoura, considerado pelo ministro da Economia a "bandeira" da liderança portuguesa neste sector.
"Neste momento está seriamente comprometido" o projecto do 'cluster' português da energia das ondas, considerou Rui Barros, acrescentado que já perdida estará a "corrida" pela liderança de Portugal nesta área das energias renováveis, pois, se o parque de ondas da Aguçadoura era o primeiro do género a nível mundial, "daqui a pouco vai deixar de o ser", concluiu.
EDP negoceia versão actualizada da tecnologia no parque de Aguçadoura
Jorge Cruz Morais garantiu que "a EDP continua empenhada em manter uma liderança na área das energias renováveis e agora, em particular, na energia das ondas" e que a eléctrica portuguesa está a analisar novas tecnologias, nas quais estão já "preparados para investir", estando inclusivamente a negociar com a Pelamis Wave Power para obter a versão II da tecnologia disponível no parque de Aguçadoura.
"Achamos que aquilo que está no mar é um enorme potencial energético do ponto de vista do vento, porque o vento é muito constante e com mais horas do que sopra em terra. Por outro lado, a energia das ondas, que tem um elevadíssimo potencial. Portugal quer ter uma liderança nisso e a EDP quer ter uma liderança nessa área".
"Os projectos em que neste momento estamos empenhados do ponto de vista do mar são os de aproveitamento da energia das ondas, com duas ou três tecnologias, e também o chamado Wind Offshore, em águas mais profundas como são as nossas", explicou o administrador, adiantando que no caso do Wind Offshore está ainda a ser analisada "qual é a melhor tecnologia" para o efeito.
Italianos criam painéis solares que geram energia com cascas de frutas
Plantão | Publicada em 12/03/2009 às 18h35m
Pesquisadores italianos da Universidade Tor Vergata, em Roma, anunciaram ter produzido energia elétrica a partir de painéis solares elaborados com cascas de frutas, verduras e legumes. Os cientistas trabalham no Polo Solar Orgânico, instituto criado dois anos atrás pela região de Lazio e com a participação da iniciativa privada para estudar o emprego de materiais orgânicos em fontes renováveis de energia.
A nova geração de painéis solares substitui o uso do silício por uma mistura de pigmentos de alimentos que podem ser sintetizados biologicamente. A inovação está na elaboração de um material que absorve a radiação solar e a transforma em eletricidade. O grupo de pesquisadores inspirou-se na fotossíntese, processo natural das plantas de absorção de gás carbônico e emissão de oxigênio na atmosfera.
As células solares orgânicas são formadas por corantes naturais extraídos do mundo vegetal. A ciência básica por trás é a mesma do painel tradicional. Mas muda a composição química dos elementos e a espessura da lâmina que pode ser aplicada ao produto final em película, plástico ou vidro. "Em comparação com as atuais células solares, a orgânica é mil vezes mais fina. A diferença de capacidade de absorção da energia solar varia de pigmento para pigmento, mas ela é mínima", afirmou o professor Franco Giannini, diretor do Polo, à BBC Brasil.
Os componentes eletrônicos e químicos do painel localizam-se entre as duas placas de eletrodos e são sobrepostos uns aos outros, em camadas de estratos nas quais ocorrem as reações fotovoltaicas. Durante o processo de transformação da energia, alguns componentes recebem a irradiação solar e outros extraem a carga para a produção de eletricidade. "Trabalha-se essencialmente com o dióxido de titânio. As células ativadas pelos corantes absorvem a radiação solar, permitindo o fenômeno da separação das cargas para a produção da energia", descreve Giannini.
Os principais elementos da nova tecnologia fazem parte de uma longa lista de pigmentos naturais de origem vegetal. Frutas silvestres, ricas em antocianinas (pigmento natural encontrado na berinjela, amoras e uvas), ou folhas de espinafre, com complexos de proteína, por exemplo, possuem propriedades capazes de ajudar na transformação da energia solar em elétrica. "Usamos aquilo que é jogado fora, as cascas da laranja, por exemplo, e a transformamos em matéria básica para a geração de energia elétrica. O Brasil tem uma agricultura forte e pode se interessar por essa tecnologia", afirmou Giannini, que já trabalhou no país.
O painel, semitransparente ou colorido, pode captar a luz independentemente da inclinação e da intensidade dos raios solares. Esses fatores contam no processo, mas menos com a nova tecnologia. "Uma diferença fundamental é que estas células orgânicas são tridimensionais, enquanto as tradicionais são bidimensionais. Isso significa que podem absorver a luz em todas as direções, são mais eficientes. Elas captam a radiação da luz difusa", contou Giannini. Isso significa que o céu encoberto de nuvens continua a ser uma fonte eficiente de energia solar.
A nova tecnologia poderá aumentar a produção dos painéis solares reduzindo o custo do valor da energia transformada. Hoje, os painéis a base de silício custam entre 6 a 12 euros por watt. Com a revolução a caminho, os preços podem cair para 2 euros por watt através dos painéis orgânicos.
O silício é o principal elemento químico encontrado no planeta depois do oxigênio e a matéria-prima básica usada para a elaboração dos semicondutores, usados nos painéis. O mineral, presente na areia do mar, por exemplo, é caro por causa do processo de transformação para a indústria. Ele acaba sendo o responsável por 60% do preço final do produto.
"O custo da aplicação do silício se paga em quatro anos, contra apenas um das células orgânicas", diz Giannini. Além disso, as máquinas para construção dos painéis devem custar cerca de 1 milhão de euros, contra os 15 ou até mesmo 100 milhões necessários para outras formas de painéis fotovoltaicos. Os novos modelos também serão mais seguros. "A manutenção é mais fácil e o roubo não é interessante, pois como alguém vai levar embora uma janela, por exemplo?", pergunta o professor.
O painel incorporado à janela tem ainda a função de repor a energia elétrica em parte usada na iluminação noturna, descarregando-a e acumulando-a em uma bateria. A fonte de calor das lâmpadas aciona o processo de transformação da energia irradiada pela luz em eletricidade.
Um programa para produzir energia em abundância por meio de fusão nuclear e sem poluir o ambiente, usando um jato de laser colossal do tamanho de um estádio de futebol, teve início na Europa. O laser extrairá a energia ao comprimir átomos de hidrogênio - um processo muito semelhante ao que ocorre no Sol.
A Europa já está investindo no projeto de fusão Iter, que busca atingir o mesmo objetivo, porém usando compressão magnética. O novo programa, batizado de Hiper (sigla em inglês de Pesquisa de Energia Laser de Alta Potência) , é visto como uma alternativa necessária e complementar ao primeiro projeto. "Temos duas abordagens por causa do prêmio que está lá - energia de fusão é o Santo Graal das fontes de energia", diz o chefe do Hiper, Mike Dunne. "Esse processo oferece segurança no suprimento de energia porque o combustível vem da água do mar, oferece suprimentos abundantes, é limpo e seguro", acrescenta o pesquisador. "Então, o prêmio é enorme, e acreditamos que precisamos de tantas abordagens quanto possíveis para tornar esse prêmio uma realidade."
O desafio técnico de fazer a energia de fusão se tornar realidade é, no entanto, enorme, e tentativas de encontrar uma solução viável tem deixado os cientistas frustrados há 50 anos. O projeto Hiper vem sendo financiado pela Comissão Européia e envolve a participação de 26 instituições de dez países. A Grã-Bretanha, a República Checa e a França estão entre os mais ativos. A intenção é resolver questões práticas para a construção de um laboratório experimental para demonstrar a chamada energia por fusão inercial confinada. Um laser de alta potência comprimiria o hidrogênio para conseguir uma densidade 30 vezes maior do que a do chumbo. Um segundo laser aumentaria a temperatura do hidrogênio comprimido para acima de 100 mihões de graus Celsius. Nessas condições, os núcleos do hidrogênio se fundiriam para formar hélio. Segundo a teoria, uma pequena quantidade de massa seria perdida e uma quantidade colossal de energia seria liberada. "Imagine o motor de um carro", descreve Dunne. "Primeiro, você injeta o combustível (hidrogênio) e, então, no motor do carro, um pistão vai comprimir o combustível." "No nosso caso, usamos um grande laser para comprimir nosso combustível de fusão", acrescenta. "Então, como no motor do carro, você tem uma vela que acende o combustível." "Também usamos uma vela, mas, no nosso caso, usamos um outro laser - um laser de potência muito alta, um laser de pulso muito curto. Depois você repete o ciclo várias vezes - exatamente como no motor do seu carro."
A "prova do princípio" da fusão laser é aguardada nos próximos anos, baseada em dois lasers de grande escala que estão quase prontos - na National Ignition Facility, na Califórnia (Estados Unidos), e na Laser Megajoule, em Bordeaux, na França. Espera-se que esses laboratórios mostrem em eventos separados que mais energia pode resultar do processo do que a necessária para iniciá-lo. O papel do Hiper vai ser demonstrar os aspectos práticos e técnicos da exploração do princípio, ou seja, como transformar estes eventos separados em um ciclo contínuo que tornará usinas comerciais de energia uma realidade.
Na semana passada, a documentação legal foi assinada para iniciar a fase atual do Hiper. O projeto está sendo financiado com 13 milhões de euros em dinheiro vivo e aproximadamente 50 milhões de euros em assistência material - fornecimento de hardware e de especialistas dos países membros. Se tudo der certo, os estudos de praticabilidade vão ser sucedidos por um período de criação de protótipos, seguido pela construção de uma unidade de demonstração por volta do final da próxima década.
Os prazos envolvidos não são diferentes dos do outro tipo de fusão que está sendo pesquisada pelo Iter (sigla em inglês de Reator Experimental Internacional Termonuclear), em construção em Cadarache, na França. O Iter vai tentar obter a fusão a partir de um volume de gás superaquecido confinado por campos magnéticos em um instrumento em forma de rosca.
... um site a explorar: Biodiesel - Blog destinado a pessoas interessadas em informações sobre biodiesel. Obviamente a favor dos biocombustíveis.
Neste, 'apontar' aos textos recentes Verdades e mentiras em torno dos biocombustíveis e A grande verdade sobre a questão Biocombustiveis X Alimento.
Não deixa de ser curioso constatar que, mais uma vez, cada um só vê aquilo que quer ver...
... há fogo. A versão da inoquidade económica dos biocombustíveis, por muito boa gente apregoada, começa a cair por terra...
Relatório confidencial responsabiliza-os pela crise alimentar mundial
04.07.2008 - 11h06 PUBLICO.PT
Os biocombustíveis forçaram os preços dos alimentos a aumentar 75 % desde 2002, segundo um relatório confidencial do Banco Mundial, que os responsabiliza pela crise alimentar. O jornal britânico “The Guardian” publica hoje excertos do relatório.
O relatório, concluído em Abril mas que ainda não foi publicado, diz que o aumento dos preços da energia e dos fertilizantes foi responsável por um acréscimo de apenas 15 % nos preços dos alimentos.
Este documento, da autoria de Don Mitchell, economista sénior do Banco Mundial, contradiz a tese norte-americana de que os biocombustíveis contribuíram com menos de três por cento do aumento dos preços dos alimentos. Por isto mesmo, vários analistas acreditam que o relatório ainda não foi divulgado para evitar embaraçar a administração Bush. “Iria colocar o Banco Mundial num ‘hot-spot’ político com a Casa Branca”, comentou ontem um analista, citado pelo “The Guardian”.
Segundo o Banco Mundial, o aumento dos preços dos alimentos colocou 100 milhões de pessoas em todo o mundo abaixo do limiar de pobreza. Bush aponta o aumento da procura na Índia e China como causas do aumento dos preços. Mas o Banco Mundial não concorda. “O rápido crescimento dos rendimentos nos países desenvolvidos não originou grandes aumentos no consumo mundial de cereais e não foi um factor responsável pela grande subida dos preços”, revela o estudo. A aposta da União Europeia e dos Estados Unidos nos biocombustíveis teve, de longe, o maior impacto nos “stocks” alimentares e nos preços.
A União Europeia tem como meta dez por cento de biocombustíveis nos transportes, até 2020. Mas este objectivo está debaixo de críticas.
Biocombustíveis distorceram o mercado, diz relatório
“Sem o aumento dos biocombustíveis, os ‘stocks’ mundiais de trigo e milho não teriam registado um declínio tão acentuado e o aumento dos preços devido a outros factores teria sido moderado”, conclui o relatório, citado pelo “The Guardian”.
O relatório explica que a produção de biocombustíveis distorceu o mercado: os cereais destinados à alimentação passaram a ser usados para produzir combustível - mais de um terço do milho norte-americano é agora usado na produção de etanol - e os agricultores têm sido incentivados a dedicar solo agrícola para a produção de biocombustíveis. Além disso geraram especulação financeira no sector dos cereais.
O Governo britânico prepara-se para publicar o seu próprio relatório sobre o impacto dos biocombustíveis, o “Relatório Gallagher”.
A companhia nipónica Japan Airlines (JAL) vai realizar um voo de ensaio com um avião em que utilizará um biocombustível de algas junto do carburante habitual, informou hoje o diário "Japan Times". Esta será a primeira prova deste tipo efectuada na Ásia no início do próximo ano com um Boeing 747-300 "Jumbo", no qual um dos motores utilizará uma mistura de biocombustível, obtido à base de algas e plantas não comestíveis, junto ao combustível convencional para aviões. Nos restantes três motores do avião será utilizado o carburante habitual para aviões. Face à crise alimentar foi decidido substituir neste teste o biocombustível fabricado com arroz e outros alimentos por um criado a partir de algas e plantas não comestíveis, segundo o diário.
A companhia norte-americana Boeing assegurou que conseguiu obter a tecnologia necessária para produzir biocombustível de qualidade semelhante ao dos aviões.
Em Fevereiro, a companhia Virgin Atlantic realizou o primeiro voo do mundo efectuado parcialmente com biocombustível procedente de uma mistura de coco com azeite de babaçu, o que foi qualificado como um passo importante para o desenvolvimento de fontes renováveis de combustíveis para a aviação.
Também a companhia alemã Lufthansa se propõe atingir metas de protecção ambiental para reduzir em 25 por cento as emissões de dióxido de carbono em 2020 utilizando biocombustíveis.
(Também aqui)
A TAP aumenta hoje a sobretaxa de combustível em três euros nos voos para a Europa e em 15 euros nos voos intercontinentais, devido à "contínua escala dos preços dos combustíveis", disse fonte da companhia aérea.
Nos voos efectuados dentro da Europa (médio curso), a sobretaxa de combustível aumenta de 32 para 35 euros por percurso, com excepção das viagens para a Escandinávia, em que esta taxa aumenta para 40 euros, segundo disse à agência Lusa fonte oficial da companhia aérea. Quanto aos voos intercontinentais (longo curso), a sobretaxa de combustível passa de 110 para 125 euros.
A TAP justifica este aumento com "a contínua escala dos preços dos combustíveis" a nível mundial, de acordo com a mesma fonte. Este aumento da sobretaxa de combustível segue-se aos aumentos fixados a 15 de Janeiro, 18 de Março e 08 de Maio.
... anda a CE:
Os estádios, as Fan Zones e as Arenas UBS na Suíça vão utilizar energias renováveis, respeitando a política de sustentabilidade ambiental definida para a fase final do UEFA EURO 2008™.
Certificado de "estrela natural"
Para além da enorme eficiência energética, o fornecimento de "energia verde" é um dos pontos-chave da estratégia de sustentabilidade do UEFA EURO 2008™. Foram efectuados grandes esforços de forma a permitir a utilização de electricidade proveniente de fontes renováveis, certificadas como "estrela natural" pela associação suíça de electricidade amiga do ambiente (VUE), em colaboração com importantes fornecedores de energia.
Subsídio "verde"
Os estádios em Basileia, Berna, Genebra e Zurique e as Fan Zones oficiais nas cidades anfitriãs vão funcionar com energia verde, certificadas como "estrela natural". A Euro 2008 SA, empresa criada para organizar a fase final da competição, apoia o fornecimento de energia amiga do ambiente aos estádios com um subsídio de cinco mil francos suíços por jogo (cerca de 3100 euros). O mesmo sucederá nas Fan Zones com o apoio das cidades anfitriãs e dos fornecedores e operadores de energia.
Energia solar
Os estádios e Fan Zones abastecidos com electricidade amiga do ambiente necessitarão de aproximadamente 850 mil Kwh, o equivalente ao consumo anual de 200 famílias. Um terço da energia consumida pelos estádios será gerado por painéis solares instalados nos telhados dos recintos em Basileia, Berna e Zurique. O restante será oriundo de outras centrais eléctricas solares, eólicas e hidráulicas com o certificado de "estrela natural".
... é que Terra há só uma!
Evento da Comissão Europeia começou hoje
03.06.2008 - 20h55 - Paulo Miguel Madeira
A Comissão Europeia considera ser necessário mudar a maneira como a sociedade produz e consome de modo a que se torne possível ter um desenvolvimento sustentável e pretende impor padrões obrigatórios de produção e consumo com vista a aproximar-se deste objectivo, e é por isso que este ano a sua Semana Verde, que teve início hoje em Bruxelas, decorre centrada no lema do uso sustentável dos recursos.
O mote e o cenário foram dados pelo comissário europeu do Ambiente, o grego Stavros Dimas, que no discurso que fez na sessão de abertura do evento afirmou também que a solução para um consumo sustentável é utilizar menos energia e menos matéria prima, pelo que “precisamos de pôr as nossas economias a fazer mais com menos”. Disse que proteger o ambiente cria empregos, num discurso em que teve um tom muito determinado quanto à necessidade e inevitabilidade de mudar a economia e a sociedade.
Stavros Dimas lembrou que desde 1987 a Terra perdeu cerca de 20 por cento da sua biodiversidade, o que testemunha a enorme pegada ecológica deixada pela produção humana. Para o responsável pela política europeia de Ambiente, “ainda estamos longe dos objectivos ambientais de base”, apesar de hoje “testemunharmos um novo nível de consciencialização das questões ambientais”, segundo a directora executiva do Programa da ONU para o Ambiente, Angela Cropper.
A atestar esta tese, Cropper disse que “vemos agora mais claramente os limites da produção e consumo” e lembrou que o assunto vai estar na agenda do encontro de Julho do G8 (o grupo dos oito principais países industrializados) – a questão ecológica “tornou-se central na sociedade”, rematou.
Mais verdades inconvenientes
Glosando o filme-documentário do ex-Presidente dos EUA Al Gore, a responsável da ONU, com sotaque americano e feições asiáticas, disse que “há mais verdades convenientes que precisam de ser abordadas” além da relativa às alterações climáticas, como é o caso da sustentabilidade da produção e consumo. O caminho, segundo disse, será afastarmo-nos do paradigma da sociedade que deita fora para passarmos a ser uma sociedade que recicla.
O presidente da Cadbury para a Europa, Chris van Steenbergen, deu a perspectiva empresarial da questão. Lembrou que há muitos anos que as empresas têm programas ambientais, mas disse que nos últimos anos a questão tornou-se mais premente.
“Os consumidores interessam-se mais pelo currículo ambiental das empresas, que nunca foram tão escrutinadas como agora”, afirmou, sem esquecer que se não produzirem porque não há, por exemplo água, também não vendem. Por isso a empresa definiu uma série de metas, como a redução em 50 por cento das emissões líquidas de carbono, ou produzir dez por cento menos embalagem. Não disse no entanto dentro de que prazo.
De acordo com os padrões actuais de produção e consumo dos europeus, se toda a população humana vivesse da mesma maneira, seriam nessessários 2,6 planetas Terra, lembrou director executivo da Footprint Nertwoork, Athis Wackernagel, para quem “a sustentabilidade não é só uma questão moral, é uma questão pragmática”.
Educação pública
Mas, lembrou Angela Cropper, um político que tomasse decisões radicias contra o bem-estar da sua base eleitoral seria muito estúpido”, a não ser que o eleitorado percebece as razões e concordasse com elas. Daí a importância que atribuiu à Semana Verde da Comissão Europeia, que apontou como “um exemplo de educação pública”.
E é disso que se trata. Até sexta-feira, largas dezenas de conferencistas abordam questões ligadas aos recursos e gestão dos lixos, consumo e produção sustentáveis, natureza e biodiversidade e alterações climáticas. Responsáveis políticos e da administração pública, académicos, membros de organizações não governamentais, há um pouco de tudo. E de muitas nacionalidades, mas nenhum dos conferencistas é português.
Entretanto, ao fim da tarde foram atribuídos os Prémios Europeus de Negócios para o Ambiente, em quatro categorias. A maior cooperativa de consumo do Reino Unido, o Co-operative Group, ganhou o Prémio de Gestão, atribuído devido à sua abordagem do desenvolvimento sustentável, em que identifica e mede anualmente impactos-chave de âmbito ambiental, social e ético.
Projectos de energia muito premiados
Na categoria Prémio de Produto o vencedor foi a Ertex-solar, da Áustria, pelas suas células fotovoltaicas de alta qualidade para a produção de energia solar, que podem ser aplicadas em edifícios sem necessidade de adaptações especiais de “design”.
O Prémio de Processo e o Prémio de Cooperação Internacional foram ambos para projectos no domínio do biodiesel. O primeiro foi para a Choren, da Alemanha, pelo processo que desenvolveu para “para produzir biofuel com elevado grau de pureza a partir de biomassa”, “que não utiliza plantas destinadas à alimentação”, com poucas emissões poluentes, é quase neutro em dióxido de carbono e compatível com a actual e futura tecnologia de motores diesel”, segundo o comunicado de imprensa distribuído.
Por seu lado, o Real Instituto Tropical dos Países Baixos venceu no domínio da cooperação, juntamente com a Mali BioCarburant. Trata-se de um projecto no Mali de produção de biodiesel sustentável a partir de nozes de jatropha, que é “resistente à seca e que pode crescer em solos não agrícolas”, ajudando a suplementar o rendimento dos agricultores.
Quando a esmola é grande, o pobre desconfia...
Plano Nacional para a Eficiência Energética prevê a redução de energia em dez por cento até 2015
11.04.2008 - 11h31
O Plano Nacional para a Eficiência Energética prevê a redução do consumo de energia em dez por cento até 2015 e será aprovado na próxima semana, anunciou hoje o primeiro-ministro, durante o debate quinzenal no Parlamento.
José Sócrates declarou que ainda este mês ficará disponível o Fundo para as Energias Renováveis, que envolverá cerca de 70 milhões de euros.
Este fundo destina-se a "apoiar projectos apresentados por múltiplas entidades e a promover a formação avançada no domínio da eficiência energética e das energias renováveis".
Em relação ao Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética, Sócrates referiu que a poupança dos consumos na ordem dos dez por cento, até 2015, "permitirá ultrapassar a meta da União Europeia".
Segundo o primeiro-ministro, a estratégia "contará com os contributos dos vários sectores de actividade, com o Estado a liderar em termos de eficiência, com uma economia induzida de cerca de 12 por cento".Perante os deputados, o primeiro-ministro aproveitou também para fazer um breve balanço da política de energia seguida pelo Governo ao longo dos últimos três anos.
De acordo com Sócrates, nos últimos três anos, o seu executivo "resolveu crises nas empresas participadas pelo Estado, dando-lhes orientações claras", razão pela qual "hoje têm estabilidade accionista e condições de concorrência aberta e leal".
"Estabelecemos parcerias internacionais estratégicas no aprovisionamento de petróleo e gás natural; desenvolvemos infra-estruturas de armazenamento e transporte do gás natural e reforçámos a capacidade de interligação eléctrica com Espanha", sustentou o chefe do Governo.
Ainda na perspectiva de Sócrates, desde 2005, Portugal "acelerou o processo de liberalização do mercado e concretizou efectivamente o MIBEL, que se tornou o segundo mercado regional a ser criado na Europa".
"Este Governo adoptou uma política tarifária que defende os consumidores" e "dinamizou a iniciativa empresarial no sector, com o lançamento de sucessivos concursos para a energia eólica, energia hídrica e para a construção de quatro centrais de ciclo combinado", acrescentou.
Terceira fase do concurso das eólicas irá instalar mais 200 megawatts
11.04.2008 - 10h46
O primeiro-ministro afirmou hoje que será lançada a terceira fase do concurso de potência eólica, envolvendo a instalação de mais de 200 megawatts, e que o Governo criará um Pólo da Competitividade da Energia.Estas medidas foram anunciadas pelo primeiro-ministro na abertura do debate quinzenal, na Assembleia da República, dedicado ao tema das políticas de energia.Sócrates disse que a terceira fase do concurso de potência eólica "terá características próprias", já que se dirigirá a pequenos investidores", tendo "um forte componente local", em que serão privilegiados "projectos situados no interior do país".O primeiro-ministro adiantou depois que o Pólo de Competitividade da Energia "será o segundo a ser criado depois do Pólo da Competitividade da Saúde"."Este pólo associará empresas, universidades e centros de inovação, permitindo a realização de acções conjuntas para a promoção de investigação e desenvolvimento", disse.Ainda sobre a criação deste pólo, o primeiro-ministro referiu que se encontram previstos financiamentos no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), visando a "aproximação entre empresas e unidades de ensino e investigação".
Jerónimo de Sousa desafiou o Governo a baixar preço dos combustíveis
11.04.2008 - 12h35
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu hoje “a intervenção” do Governo para baixar os preços dos combustíveis, mas o primeiro-ministro, José Sócrates, rejeitou a ideia porque considera que isso seria à custa do dinheiro dos contribuintes.
“Os portugueses não percebem porque é que o preço do barril do petróleo aumentou 1,5 por cento e o preço da gasolina sobe muito mais”, questionou Jerónimo de Sousa no debate quinzenal com o primeiro-ministro, no Parlamento, hoje centrado na política de energia, por escolha do primeiro-ministro.
O secretário-geral comunista lembrou que as petrolíferas tiveram “lucros fabulosos” de 777 milhões de euros no ano passado, sugerindo que a baixa dos preços se fizesse à sua custa.
A ideia foi recusada pelo primeiro-ministro mas, perante a insistência de Jerónimo de Sousa – “esperemos que no futuro, e face à crise, não tenha que engolir o que disse” –, acabou por dizer: “A não ser que a situação seja de tal forma que tenha um impacto tal num sector que exija a solidariedade dos outros”, disse sem dar mais pormenores.
Já agora: quando é que começamos a instalar sistemas de troleicarros nas nossas cidades para ver se começamos a poupar energia e não enviamos CO2 para a atmosfera?
. Troleicarros
. APETc - Associação Portuguesa dos Entusiastas por Troleicarros
. Troleicarros/tróleibus lusófonos
. Energias Renováveis
. APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis
. Meio-ambiente
. Associação Ambientalista "Campo Aberto"
. APVE - Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico
. O óleo alimentar foi utilizado. E agora?
. Educação Tecnológica
. ANAPET - Associação Nacional de Professores de Educação Técnica e Tecnológica
. ET - Escola Básica 2/3 Jorge de Montemor, Montemor-o-Velho
. ET - Escola Básica 2/3 Luísa Todi, Setúbal
. ET - Escola Básica 2/3 Visconde de Juromenha, Mem Martins
. Moçambique
. Esperanto
. PEA - Portugala Esperanto Asocio
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