Italianos criam painéis solares que geram energia com cascas de frutas
Plantão | Publicada em 12/03/2009 às 18h35m
Pesquisadores italianos da Universidade Tor Vergata, em Roma, anunciaram ter produzido energia elétrica a partir de painéis solares elaborados com cascas de frutas, verduras e legumes. Os cientistas trabalham no Polo Solar Orgânico, instituto criado dois anos atrás pela região de Lazio e com a participação da iniciativa privada para estudar o emprego de materiais orgânicos em fontes renováveis de energia.
A nova geração de painéis solares substitui o uso do silício por uma mistura de pigmentos de alimentos que podem ser sintetizados biologicamente. A inovação está na elaboração de um material que absorve a radiação solar e a transforma em eletricidade. O grupo de pesquisadores inspirou-se na fotossíntese, processo natural das plantas de absorção de gás carbônico e emissão de oxigênio na atmosfera.
As células solares orgânicas são formadas por corantes naturais extraídos do mundo vegetal. A ciência básica por trás é a mesma do painel tradicional. Mas muda a composição química dos elementos e a espessura da lâmina que pode ser aplicada ao produto final em película, plástico ou vidro. "Em comparação com as atuais células solares, a orgânica é mil vezes mais fina. A diferença de capacidade de absorção da energia solar varia de pigmento para pigmento, mas ela é mínima", afirmou o professor Franco Giannini, diretor do Polo, à BBC Brasil.
Os componentes eletrônicos e químicos do painel localizam-se entre as duas placas de eletrodos e são sobrepostos uns aos outros, em camadas de estratos nas quais ocorrem as reações fotovoltaicas. Durante o processo de transformação da energia, alguns componentes recebem a irradiação solar e outros extraem a carga para a produção de eletricidade. "Trabalha-se essencialmente com o dióxido de titânio. As células ativadas pelos corantes absorvem a radiação solar, permitindo o fenômeno da separação das cargas para a produção da energia", descreve Giannini.
Os principais elementos da nova tecnologia fazem parte de uma longa lista de pigmentos naturais de origem vegetal. Frutas silvestres, ricas em antocianinas (pigmento natural encontrado na berinjela, amoras e uvas), ou folhas de espinafre, com complexos de proteína, por exemplo, possuem propriedades capazes de ajudar na transformação da energia solar em elétrica. "Usamos aquilo que é jogado fora, as cascas da laranja, por exemplo, e a transformamos em matéria básica para a geração de energia elétrica. O Brasil tem uma agricultura forte e pode se interessar por essa tecnologia", afirmou Giannini, que já trabalhou no país.
O painel, semitransparente ou colorido, pode captar a luz independentemente da inclinação e da intensidade dos raios solares. Esses fatores contam no processo, mas menos com a nova tecnologia. "Uma diferença fundamental é que estas células orgânicas são tridimensionais, enquanto as tradicionais são bidimensionais. Isso significa que podem absorver a luz em todas as direções, são mais eficientes. Elas captam a radiação da luz difusa", contou Giannini. Isso significa que o céu encoberto de nuvens continua a ser uma fonte eficiente de energia solar.
A nova tecnologia poderá aumentar a produção dos painéis solares reduzindo o custo do valor da energia transformada. Hoje, os painéis a base de silício custam entre 6 a 12 euros por watt. Com a revolução a caminho, os preços podem cair para 2 euros por watt através dos painéis orgânicos.
O silício é o principal elemento químico encontrado no planeta depois do oxigênio e a matéria-prima básica usada para a elaboração dos semicondutores, usados nos painéis. O mineral, presente na areia do mar, por exemplo, é caro por causa do processo de transformação para a indústria. Ele acaba sendo o responsável por 60% do preço final do produto.
"O custo da aplicação do silício se paga em quatro anos, contra apenas um das células orgânicas", diz Giannini. Além disso, as máquinas para construção dos painéis devem custar cerca de 1 milhão de euros, contra os 15 ou até mesmo 100 milhões necessários para outras formas de painéis fotovoltaicos. Os novos modelos também serão mais seguros. "A manutenção é mais fácil e o roubo não é interessante, pois como alguém vai levar embora uma janela, por exemplo?", pergunta o professor.
O painel incorporado à janela tem ainda a função de repor a energia elétrica em parte usada na iluminação noturna, descarregando-a e acumulando-a em uma bateria. A fonte de calor das lâmpadas aciona o processo de transformação da energia irradiada pela luz em eletricidade.
A Toyota confirmou à Energías Renovables que “o novo Prius terá uma versão com painéis solares no tejadilho, mas que nem todos os levarão. Será uma opção mais dentro da gama Prius”.
Com esta iniciativa a Toyota Motor Corporation poderia converter-se no primeiro fabricante a nível mundial a usar energia solar num dos seus veículos. Os detalhes sobre a colocação de painéis solares fotovoltaicos na próxima geração do híbrido Prius ainda são um segredo industrial. Por agora não há informações sobre que tipo de módulos fotovoltaicos serão instalados ou qual será a sua potência. Outra das incógnitas é para o que se utilizará a energia produzida pelos módulos: se a electricidade apoiará o sistema híbrido de propulsão que equipa o Toyota Prius, ou se se destinará à alimentação de sistemas periféricos de baixa potência como o climatizador ou o equipamento de música.
Segundo o jornal japonês Nikkei, a Toyota já estaria pronta para colocar painéis solares no primero protótipo “solar” do Prius, uma ideia que não é nova e que se tem vindo a aperfeiçoar desde a saída para o mercado dos primeiros Prius. De acordo com a informação publicada por aquele diário, os painéis solares fotovoltaicos serão fabricados pela Kyocera Corporation.
Mais informação: www.toyota.es
Quando o esforço é genuíno, os resultados também costuma sê-lo.
Um bom exemplo é o reconhecimento, por parte da comunidade inernacional, do esforço que ultimamente tem vindo a ser feito, a nível nacional, para inverter a tendência de utilização de fontes hidrocarbonetadas de energia para a produção de electricidade - como mostra o vídeo da CBC (Canadian Broadcasting Centre): http://www.cbc.ca/mrl3/8752/news/features/durham-portugal081020.wmv. Com cerca de 4 minutos e meio de duração (em inglês, sem legendas em português) mostra a central fotovoltaica de Moura, Alentejo - a maior do mundo -, o Pelamis ao largo da Póvoa de Varzim - o primeiro sistema comercial a nível mundial para obtenção de electricidade a partir do mar - e os parques eólicos do Alto Minho - os que mais têm crescido a nível mundial, e o maior da Europa.
(Os meus agradecimentos ao Jorge Mayer pelo conhecimento da notícia)
Veículo está hoje em Paris
Afinal a sul não são só camelos e deserto...
Proposta apoiada por Gordon Brown e Nicolas Sarkozy
O instituto que aconselha a Comissão Europeia para as questões da Energia propôs ontem um plano ambicioso para abastecer de electricidade toda a Europa com a energia solar captada no deserto do Sara, revelam hoje os jornais “The Guardian” e “El Mundo”. A proposta tem o apoio político de Gordon Brown e Nicolas Sarkozy. Rui Gaudêncio (arquivo) Os críticos alegam que as renováveis nunca serão economicamente viáveis porque o clima não é suficientemente previsível
“Bastaria captar apenas 0,3 % da luz solar que incide sobre os desertos do Sara e Médio Oriente para satisfazer todas as necessidades energéticas da Europa”, disse Arnulf Jaeger-Walden, do Instituto para a Energia da Comissão Europeia, no Fórum Euroscience 2008 (ESOF), que decorreu em Barcelona de 18 a 22 de Julho, citado pelo “El Mundo” online.
Os cientistas pedem a criação de uma série de centrais solares gigantes como parte de um plano para partilhar os recursos de energias renováveis da Europa por todo o continente. Essa nova rede energética já tem o apoio político do Presidente francês, Nicolas Sarkozy, e do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. Através desta rede – com cabos de alta voltagem e corrente contínua -, o Reino Unido e a Dinamarca podem exportar energia eólica e importar energia geotérmica produzida na Islândia, por exemplo. A iniciativa responde às críticas de que as renováveis nunca serão economicamente viáveis porque o clima não é suficientemente previsível. Segundo explica o “The Guardian”, mesmo que o vento não sopre com força suficiente no Mar do Norte pode soprar algures no resto da Europa.
Explorar o Sol que atinge o Sara pode ser especialmente eficaz porque a luz solar ali é mais intensa. Os painéis fotovoltaicos no Norte de África poderiam gerar até três vezes mais electricidade, comparados com os painéis do Norte da Europa.
A maior fatia dos custos vem do desenvolvimento da rede que ligasse os países do Sul do Mediterrâneo. Estes ainda não têm capacidade para transportar a electricidade que as centrais solares africanas poderiam gerar.
Mas já há trabalho feito. A Argélia pretende exportar seis mil Megawatts de energia solar para a Europa em 2020.
Os cientistas admitem que serão precisos muitos anos e um grande investimento para o Norte de África gerar energia solar suficiente para abastecer a Europa. No entanto, em 2050, aquela região pode produzir cem gigawatts, mais do que a electricidade gerada por todas as fontes no Reino Unido. O custo seria de cerca de 450 mil milhões de euros.
Jaeger-Walden acredita que a construção das centrais solares no Norte de África ajudaria a baixar os custos da energia para os consumidores.
Modelo de terceira geração
O fabricante de automóveis japonês Toyota está a contar equipar, a partir de 2009, a terceira geração do modelo híbrido Prius com painéis solares para o sistema de ar condicionado, noticia hoje o diário económico japonês “Nikkei”.
Segundo este jornal, a Toyota vai colocar painéis solares Kyocera no tejadilho nas versões de gama alta do Prius. Estes painéis poderão gerar entre dois a cinco kilowatts de electricidade.
A confirmar-se a notícia, não comentada pela Toyota, o fabricante japonês torna-se o primeiro a incorporar um sistema de energia solar num modelo de produção massiva.
O Prius, de 1997 e redesenhado em 2003, foi o primeiro modelo híbrido - com dois motores: um que utiliza gasolina e outro electricidade - fabricado a larga escala.
Há aqui, como é óbvio e recorrente neste tipo de notícia de jornal, inúmeras imprecisões e "coisas mal contadas":
Os estádios, as Fan Zones e as Arenas UBS na Suíça vão utilizar energias renováveis, respeitando a política de sustentabilidade ambiental definida para a fase final do UEFA EURO 2008™.
Certificado de "estrela natural"
Para além da enorme eficiência energética, o fornecimento de "energia verde" é um dos pontos-chave da estratégia de sustentabilidade do UEFA EURO 2008™. Foram efectuados grandes esforços de forma a permitir a utilização de electricidade proveniente de fontes renováveis, certificadas como "estrela natural" pela associação suíça de electricidade amiga do ambiente (VUE), em colaboração com importantes fornecedores de energia.
Subsídio "verde"
Os estádios em Basileia, Berna, Genebra e Zurique e as Fan Zones oficiais nas cidades anfitriãs vão funcionar com energia verde, certificadas como "estrela natural". A Euro 2008 SA, empresa criada para organizar a fase final da competição, apoia o fornecimento de energia amiga do ambiente aos estádios com um subsídio de cinco mil francos suíços por jogo (cerca de 3100 euros). O mesmo sucederá nas Fan Zones com o apoio das cidades anfitriãs e dos fornecedores e operadores de energia.
Energia solar
Os estádios e Fan Zones abastecidos com electricidade amiga do ambiente necessitarão de aproximadamente 850 mil Kwh, o equivalente ao consumo anual de 200 famílias. Um terço da energia consumida pelos estádios será gerado por painéis solares instalados nos telhados dos recintos em Basileia, Berna e Zurique. O restante será oriundo de outras centrais eléctricas solares, eólicas e hidráulicas com o certificado de "estrela natural".
... é que Terra há só uma!
Evento da Comissão Europeia começou hoje
03.06.2008 - 20h55 - Paulo Miguel Madeira
A Comissão Europeia considera ser necessário mudar a maneira como a sociedade produz e consome de modo a que se torne possível ter um desenvolvimento sustentável e pretende impor padrões obrigatórios de produção e consumo com vista a aproximar-se deste objectivo, e é por isso que este ano a sua Semana Verde, que teve início hoje em Bruxelas, decorre centrada no lema do uso sustentável dos recursos.
O mote e o cenário foram dados pelo comissário europeu do Ambiente, o grego Stavros Dimas, que no discurso que fez na sessão de abertura do evento afirmou também que a solução para um consumo sustentável é utilizar menos energia e menos matéria prima, pelo que “precisamos de pôr as nossas economias a fazer mais com menos”. Disse que proteger o ambiente cria empregos, num discurso em que teve um tom muito determinado quanto à necessidade e inevitabilidade de mudar a economia e a sociedade.
Stavros Dimas lembrou que desde 1987 a Terra perdeu cerca de 20 por cento da sua biodiversidade, o que testemunha a enorme pegada ecológica deixada pela produção humana. Para o responsável pela política europeia de Ambiente, “ainda estamos longe dos objectivos ambientais de base”, apesar de hoje “testemunharmos um novo nível de consciencialização das questões ambientais”, segundo a directora executiva do Programa da ONU para o Ambiente, Angela Cropper.
A atestar esta tese, Cropper disse que “vemos agora mais claramente os limites da produção e consumo” e lembrou que o assunto vai estar na agenda do encontro de Julho do G8 (o grupo dos oito principais países industrializados) – a questão ecológica “tornou-se central na sociedade”, rematou.
Mais verdades inconvenientes
Glosando o filme-documentário do ex-Presidente dos EUA Al Gore, a responsável da ONU, com sotaque americano e feições asiáticas, disse que “há mais verdades convenientes que precisam de ser abordadas” além da relativa às alterações climáticas, como é o caso da sustentabilidade da produção e consumo. O caminho, segundo disse, será afastarmo-nos do paradigma da sociedade que deita fora para passarmos a ser uma sociedade que recicla.
O presidente da Cadbury para a Europa, Chris van Steenbergen, deu a perspectiva empresarial da questão. Lembrou que há muitos anos que as empresas têm programas ambientais, mas disse que nos últimos anos a questão tornou-se mais premente.
“Os consumidores interessam-se mais pelo currículo ambiental das empresas, que nunca foram tão escrutinadas como agora”, afirmou, sem esquecer que se não produzirem porque não há, por exemplo água, também não vendem. Por isso a empresa definiu uma série de metas, como a redução em 50 por cento das emissões líquidas de carbono, ou produzir dez por cento menos embalagem. Não disse no entanto dentro de que prazo.
De acordo com os padrões actuais de produção e consumo dos europeus, se toda a população humana vivesse da mesma maneira, seriam nessessários 2,6 planetas Terra, lembrou director executivo da Footprint Nertwoork, Athis Wackernagel, para quem “a sustentabilidade não é só uma questão moral, é uma questão pragmática”.
Educação pública
Mas, lembrou Angela Cropper, um político que tomasse decisões radicias contra o bem-estar da sua base eleitoral seria muito estúpido”, a não ser que o eleitorado percebece as razões e concordasse com elas. Daí a importância que atribuiu à Semana Verde da Comissão Europeia, que apontou como “um exemplo de educação pública”.
E é disso que se trata. Até sexta-feira, largas dezenas de conferencistas abordam questões ligadas aos recursos e gestão dos lixos, consumo e produção sustentáveis, natureza e biodiversidade e alterações climáticas. Responsáveis políticos e da administração pública, académicos, membros de organizações não governamentais, há um pouco de tudo. E de muitas nacionalidades, mas nenhum dos conferencistas é português.
Entretanto, ao fim da tarde foram atribuídos os Prémios Europeus de Negócios para o Ambiente, em quatro categorias. A maior cooperativa de consumo do Reino Unido, o Co-operative Group, ganhou o Prémio de Gestão, atribuído devido à sua abordagem do desenvolvimento sustentável, em que identifica e mede anualmente impactos-chave de âmbito ambiental, social e ético.
Projectos de energia muito premiados
Na categoria Prémio de Produto o vencedor foi a Ertex-solar, da Áustria, pelas suas células fotovoltaicas de alta qualidade para a produção de energia solar, que podem ser aplicadas em edifícios sem necessidade de adaptações especiais de “design”.
O Prémio de Processo e o Prémio de Cooperação Internacional foram ambos para projectos no domínio do biodiesel. O primeiro foi para a Choren, da Alemanha, pelo processo que desenvolveu para “para produzir biofuel com elevado grau de pureza a partir de biomassa”, “que não utiliza plantas destinadas à alimentação”, com poucas emissões poluentes, é quase neutro em dióxido de carbono e compatível com a actual e futura tecnologia de motores diesel”, segundo o comunicado de imprensa distribuído.
Por seu lado, o Real Instituto Tropical dos Países Baixos venceu no domínio da cooperação, juntamente com a Mali BioCarburant. Trata-se de um projecto no Mali de produção de biodiesel sustentável a partir de nozes de jatropha, que é “resistente à seca e que pode crescer em solos não agrícolas”, ajudando a suplementar o rendimento dos agricultores.
Sete pisos acima do solo
Na nova sede Norte do grupo "irão trabalhar cerca de 700 trabalhadores administrativos". "A concentração de serviços num único edifício permite libertar alguns dos 27 imóveis que o grupo ocupa actualmente na cidade do Porto", explica a empresa.. Troleicarros
. APETc - Associação Portuguesa dos Entusiastas por Troleicarros
. Troleicarros/tróleibus lusófonos
. Energias Renováveis
. APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis
. Meio-ambiente
. Associação Ambientalista "Campo Aberto"
. APVE - Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico
. O óleo alimentar foi utilizado. E agora?
. Educação Tecnológica
. ANAPET - Associação Nacional de Professores de Educação Técnica e Tecnológica
. ET - Escola Básica 2/3 Jorge de Montemor, Montemor-o-Velho
. ET - Escola Básica 2/3 Luísa Todi, Setúbal
. ET - Escola Básica 2/3 Visconde de Juromenha, Mem Martins
. Moçambique
. Esperanto
. PEA - Portugala Esperanto Asocio
. ...