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Segunda-feira, 3 de Novembro de 2008

Táxi solar

 Veículo está hoje em Paris

“Táxi solar” está prestes a terminar a sua volta ao mundo 

03.11.2008 - 14h23 AFP
O chamado “táxi solar”, veículo de dois lugares com painéis fotovoltaicos, está prestes a terminar uma volta ao mundo histórica, uma iniciativa destinada a demonstrar a fiabilidade desta tecnologia limpa. Hoje esteve em Paris e foi recebido no Ministério do Desenvolvimento Sustentável.

O “táxi solar” é a primeira viatura a percorrer o mundo utilizando apenas energia solar.

Louis Palmer, quem concebeu o projecto, partiu da Suíça a 3 de Julho do ano passado e já percorreu mais de 47 mil quilómetros, atravessando a Europa, Ásia, Austrália, Nova Zelândia e América do Norte.

“Não paguei um cêntimo por gasolina”, salientou Palmer. Além disso, não emitiu um grama de dióxido de carbono. “Desde a partida só perdemos dez dias para fazer uma reparação”, explicou.

O veículo foi construído por técnicos de quatro escolas de engenharia na Suíça, é alimentado a cem por cento por energia solar produzida através dos seus painéis solares - instalados num atrelado de cinco metros de comprimento - ou por electricidade para recarregar as baterias. Neste segundo caso, o equivalente da energia usada é produzido por painéis solares instalados no telhado da Swisscom, perto de Berna, para tornar a operação neutra em emissões. O veículo tem uma autonomia de 400 quilómetros, a uma velocidade de 90 quilómetros/hora.

“Não estou dependente da meteorologia. Pode chover vários dias a fio”, garantiu Palmer.

O veículo já foi testado pelo príncipe Hassan da Jordânia, pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pelo “Mayer” de Nova Iorque, Michael Bloomberg e pelo príncipe Alberto do Mónaco. Hoje, o veículo foi parar às mãos do ministro francês do Desenvolvimento Sustentável, Jean-Louis Borloo, que deu umas voltas ao edifício do seu ministério.

Uma especificidade do veículo é o seu volante que se desloca na horizontal, o que permite que também o passageiro possa conduzir.

Palmer visitou hoje vários construtores automóveis, com a Peugeot, Renault e Dassault. “Se uma grande marca quiser a ideia, estaremos prontos”, garantiu.

Depois de Paris, o “táxi solar” vai para Londres, Berlin e Poznan, na Polónia, onde vai “assistir” à conferência da ONU sobre clima, de 1 a 12 de Dezembro.
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Quinta-feira, 7 de Agosto de 2008

Cada vez mais do mesmo

Não deixa de ser curioso (e triste) o facto de ser cada vez mais do mesmo: a não ser uma tímida hipótese de "extensão das linhas do metro" (para quando? 10 anos?) não há qualquer referência à tracção eléctrica urbana (não esquecer que Porto e Lisboa tiveram enormes redes de carros eléctricos, a primeira resumida a mera exploração turística e a segunda agora com o estatuto de "espécie fortemente ameaçada de extinção" - só gás e diesel.

Além de agravamentos e proibições.

Ambiente

Medidas para melhorar qualidade do ar devem estar escolhidas até meados de 2009

07.08.2008 - 14h36 Lusa

Portagens diferenciadas, aumento dos corredores BUS e a introdução de mais autocarros a gás natural são apenas das medidas possíveis para melhorar a qualidade do ar na Região de Lisboa e Vale do Tejo e Região Norte. O secretário de estado do Ambiente acredita que as medidas a aplicar devem estar escolhidas até meados de 2009.
"O objectivo essencial é defender a saúde de todos nós.

Temos problemas graves de qualidade do ar no Grande Porto e na Grande Lisboa. Houve estudos feitos para as duas áreas que elencaram medidas possíveis. As entidades responsáveis por aquelas várias medidas têm que decidir quais querem adoptar", comentou hoje o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.

Com a coordenação das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, as câmaras municipais, transportadoras e concessionários de auto-estradas ou pontes vão seleccionar que medidas consideram mais eficazes para que seja aprovado um Programa de Execução concreto, especificou Humberto Rosa.

No caso da introdução de portagens diferentes consoante a ocupação dos veículos, Humberto Rosa explicou que essa medida teria de ser avaliada por diferentes entidades. No cenário de esta medida ser pensada, por exemplo, para a Ponte 25 de Abril, o assunto teria de ser debatido entre o Ministério das Obras Públicas, as câmaras de Almada e Lisboa e o concessionário da ponte.

Humberto Rosa escusou-se a elencar quais as medidas mais prioritárias, embora considere que a grande maioria delas é "muito eficiente".

"Não há uma pré-decisão daquelas medidas que o Governo entenda que devem ser aplicadas, mas vejo como provável que as entidades competentes as possam vir a adoptar".

Ana Paula Vitorino diz que portagens urbanas são possíveis mas não prioritárias

A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, assegurou hoje que a introdução de portagens diferenciadas e urbanas em Lisboa é uma medida possível, mas não é prioritária e só será utilizada em último caso.

"É possível, é uma medida que vem em qualquer manual de mobilidade sustentável. Já foi aplicada em algumas cidades, como em Londres, mas estamos numa fase em que muitas medidas existem ainda antes de ter que chegar a essa. Será só numa situação limite", afirmou.

Ana Paula Vitorino falava em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, após questionada pelos jornalistas sobre uma portaria que determina a execução de medidas previstas num estudo sobre a qualidade do ar na região de Lisboa e Vale do Tejo.

A secretária de Estado disse que a introdução de portagens urbanas e diferenciadas "é o limite da actuação quando tudo o resto já falhou".

Ana Paula Vitorino referiu que os valores limite da poluição do ar foram ultrapassados na região de Lisboa e Vale do Tejo, em particular a norte, e que a principal razão foi "o excesso de utilização de viaturas particulares".

"Há outras medidas em curso para melhorar o problema, como a extensão das linhas do metro, e outras que ainda não estão em curso mas já foi dada a orientação para que se concretizem, como o aumento dos corredores BUS e a introdução de mais autocarros a gás natural", afirmou.

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publicado por ehgarde às 17:47
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Quinta-feira, 31 de Julho de 2008

Tu quoque, ONU?

Clima

ONU recomenda aos funcionários vestuário informal para poupar energia

31.07.2008 - 09h31 Lusa

A ONU recomendou ontem à noite aos funcionários e corpo diplomático que deixem nos armários a roupa tradicional e optem por uma indumentária informal que se adapte melhor ao novo plano de poupança energético a implementar na sede da organização. É a iniciativa "Cool UN".

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, autorizou a que se flexibilize o código de vestuário para que os cerca de cinco mil funcionários possam adaptar-se ao aumento da temperatura ambiente, já que a temperatura na sede da Secretaria da ONU vai passar de 22,2 para 25 ºC e de 21,1 para 23,9 ºC no anexo que alberga as salas de conferências da organização.

"Não nos vamos meter a polícias da moda mas o que procuramos é que as pessoas possam vestir roupas mais frescas", indicou, numa conferência de imprensa, Michael Adlerstein, responsável pelo projecto de modernização da sede da ONU.

Adlerstein deu o exemplo escolhendo para a ocasião uma camisa branca e calças caqui, em vez do tradicional fato escuro e gravata com que costuma luzir o reconhecido arquitecto nova-iorquino.

A ONU calcula que a diminuição do consumo de energia com o desligar do ar condicionado permitirá reduzir em cem mil dólares a factura energética do edifício e evitar a emissão de 300 toneladas de dióxido de carbono, um dos gases com efeito de estufa.

Adlerstein indicou que se a iniciativa der bons resultados, ela poderá estender-se para além de mês de Agosto e ser aplicada nos meses de Inverno, embora neste caso a recomendação seja usar roupas que conservem o calor corporal.

A ONU recordou, num comunicado, que os participantes na conferência internacional sobre alterações climáticas realizada no Verão passado na Ilha indonésia de Bali já acordaram adoptar uma indumentária mais adequada ao clima tropical.

O novo plano de poupança faz parte do projecto de remodelação da sede da ONU avaliado em 1900 milhões de dólares (1200 milhões de euros), que pretende converter o edifício conhecido como o "Palácio de Cristal" num modelo de modernidade e sensibilidade ecológica. O imóvel passou por reparações gerais desde a sua inauguração há meio século mas nunca a uma remodelação completa. As infiltrações são uma realidade no edifício, cuja estrutura contém amianto (mineral considerado cancerígeno), carece de um sistema moderno de risco contra incêndios e a potência do aquecimento e do ar condicionado é insuficiente.

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Terça-feira, 3 de Junho de 2008

Antes que seja tarde...

... é que Terra há só uma!

 

Evento da Comissão Europeia começou hoje 

Semana Verde: A ecologia começa a tornar-se central para as empresas

03.06.2008 - 20h55 - Paulo Miguel Madeira

A Comissão Europeia considera ser necessário mudar a maneira como a sociedade produz e consome de modo a que se torne possível ter um desenvolvimento sustentável e pretende impor padrões obrigatórios de produção e consumo com vista a aproximar-se deste objectivo, e é por isso que este ano a sua Semana Verde, que teve início hoje em Bruxelas, decorre centrada no lema do uso sustentável dos recursos.

O mote e o cenário foram dados pelo comissário europeu do Ambiente, o grego Stavros Dimas, que no discurso que fez na sessão de abertura do evento afirmou também que a solução para um consumo sustentável é utilizar menos energia e menos matéria prima, pelo que “precisamos de pôr as nossas economias a fazer mais com menos”. Disse que proteger o ambiente cria empregos, num discurso em que teve um tom muito determinado quanto à necessidade e inevitabilidade de mudar a economia e a sociedade.

Stavros Dimas lembrou que desde 1987 a Terra perdeu cerca de 20 por cento da sua biodiversidade, o que testemunha a enorme pegada ecológica deixada pela produção humana. Para o responsável pela política europeia de Ambiente, “ainda estamos longe dos objectivos ambientais de base”, apesar de hoje “testemunharmos um novo nível de consciencialização das questões ambientais”, segundo a directora executiva do Programa da ONU para o Ambiente, Angela Cropper.

A atestar esta tese, Cropper disse que “vemos agora mais claramente os limites da produção e consumo” e lembrou que o assunto vai estar na agenda do encontro de Julho do G8 (o grupo dos oito principais países industrializados) – a questão ecológica “tornou-se central na sociedade”, rematou. 

Mais verdades inconvenientes
Glosando o filme-documentário do ex-Presidente dos EUA Al Gore, a responsável da ONU, com sotaque americano e feições asiáticas, disse que “há mais verdades convenientes que precisam de ser abordadas” além da relativa às alterações climáticas, como é o caso da sustentabilidade da produção e consumo. O caminho, segundo disse, será afastarmo-nos do paradigma da sociedade que deita fora para passarmos a ser uma sociedade que recicla.

O presidente da Cadbury para a Europa, Chris van Steenbergen, deu a perspectiva empresarial da questão. Lembrou que há muitos anos que as empresas têm programas ambientais, mas disse que nos últimos anos a questão tornou-se mais premente.

“Os consumidores interessam-se mais pelo currículo ambiental das empresas, que nunca foram tão escrutinadas como agora”, afirmou, sem esquecer que se não produzirem porque não há, por exemplo água, também não vendem. Por isso a empresa definiu uma série de metas, como a redução em 50 por cento das emissões líquidas de carbono, ou produzir dez por cento menos embalagem. Não disse no entanto dentro de que prazo.

De acordo com os padrões actuais de produção e consumo dos europeus, se toda a população humana vivesse da mesma maneira, seriam nessessários 2,6 planetas Terra, lembrou director executivo da Footprint Nertwoork, Athis Wackernagel, para quem “a sustentabilidade não é só uma questão moral, é uma questão pragmática”.

Educação pública

Mas, lembrou Angela Cropper, um político que tomasse decisões radicias contra o bem-estar da sua base eleitoral seria muito estúpido”, a não ser que o eleitorado percebece as razões e concordasse com elas. Daí a importância que atribuiu à Semana Verde da Comissão Europeia, que apontou como “um exemplo de educação pública”.

E é disso que se trata. Até sexta-feira, largas dezenas de conferencistas abordam questões ligadas aos recursos e gestão dos lixos, consumo e produção sustentáveis, natureza e biodiversidade e alterações climáticas. Responsáveis políticos e da administração pública, académicos, membros de organizações não governamentais, há um pouco de tudo. E de muitas nacionalidades, mas nenhum dos conferencistas é português.

Entretanto, ao fim da tarde foram atribuídos os Prémios Europeus de Negócios para o Ambiente, em quatro categorias. A maior cooperativa de consumo do Reino Unido, o Co-operative Group, ganhou o Prémio de Gestão, atribuído devido à sua abordagem do desenvolvimento sustentável, em que identifica e mede anualmente impactos-chave de âmbito ambiental, social e ético.

Projectos de energia muito premiados
Na categoria Prémio de Produto o vencedor foi a Ertex-solar, da Áustria, pelas suas células fotovoltaicas de alta qualidade para a produção de energia solar, que podem ser aplicadas em edifícios sem necessidade de adaptações especiais de “design”.

O Prémio de Processo e o Prémio de Cooperação Internacional foram ambos para projectos no domínio do biodiesel. O primeiro foi para a Choren, da Alemanha, pelo processo que desenvolveu para “para produzir biofuel com elevado grau de pureza a partir de biomassa”, “que não utiliza plantas destinadas à alimentação”, com poucas emissões poluentes, é quase neutro em dióxido de carbono e compatível com a actual e futura tecnologia de motores diesel”, segundo o comunicado de imprensa distribuído.

Por seu lado, o Real Instituto Tropical dos Países Baixos venceu no domínio da cooperação, juntamente com a Mali BioCarburant. Trata-se de um projecto no Mali de produção de biodiesel sustentável a partir de nozes de jatropha, que é “resistente à seca e que pode crescer em solos não agrícolas”, ajudando a suplementar o rendimento dos agricultores.

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