Como dizia antes, aopera buffa continua...
Acto 3: PSD
Acto 1 - Quadro 1: Anúncio de Sócrates no debate quinzenal no Parlamento
Painéis solares térmicos terão benefício triplo para as famílias
Daniel Rocha (arquivo) |
Sócrates dedicou a sua intervenção a enunciar as medidas já anunciadas para este ano, com a excepção do incentivo aos painéis solares |
Acto 1 - Quadro 2: Energia
CGD, BES e BCP preparados para apoiar investimento em painéis solares
O primeiro-ministro José Sócrates disse hoje no Parlamento que "haverá vários bancos já preparados para assistir este investimento".
Num documento do Ministério da Economia são identificadas aquelas três instituições de crédito como as que têm condições para suportar aquele investimento.
O chefe do Governo anunciou hoje, no debate quinzenal, benefícios fiscais e facilidades no acesso ao crédito bancário para as famílias que instalem painéis solares, programa que pretende atingir 65 mil habitações em 2009, num investimento de 225 milhões de euros. Segundo o líder do executivo, as famílias que entenderem instalar em 2009 painéis solares térmicos nas suas casas contarão "com um triplo benefício". "Pagarão menos de metade do custo do equipamento; verão a sua factura energética anual reduzir-se em mais 20 por cento; e terão ainda um benefício fiscal de 30 por cento do custo de investimento do primeiro ano", apontou.
A CGD informa que já tem uma "política de sustentabilidade que promove o crédito a painéis solares já há algum tempo", apesar de não fornecer dados sobre o crédito concedido neste âmbito.
Acto 2: Irmãos Martins e Vaz Guedes aliam-se no negócio do solar Na semana em que arrancam os incentivos à compra de painéis solares térmicos, a indústria do sector agita-se: o grupo Martifer e a Ao Sol, empresa de Diogo Vaz Guedes, preparam-se para anunciar uma parceria no negócio dos painéis solares térmicos.Painéis solares: dois terços do mercado para uma única empresa
António Carrapato (arquivo) A APISolar está contra a lista de condições de acesso aos incentivos por parte das empresas
A Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISolar) poderá avançar com uma providência cautelar contra os novos incentivos do Governo aos painéis solares; e os fornecedores austríacos, que representam uma boa parte do mercado, poderão também contestar a medida anunciada por José Sócrates há pouco mais de duas semanas no Parlamento.
A parceria entre o grupo dos irmãos Martins e a empresa que Diogo Vaz Guedes comprou há mais de três anos à Galp Energia está a ser negociada, e poderá levar mesmo a uma fusão desta com a primeira, segundo admitem fontes do mercado. Não foi possível uma resposta dos respectivos gestores.
Nos últimos dias, o ministro da Economia, Manuel Pinho, foi acusado de beneficiar os interesses do grupo Martifer - que não produz até agora painéis solares térmicos. Embora tenha a Martifer Solar, o grupo dos irmãos Martins dedicou-se até agora apenas à montagem de módulos fotovoltaicos, importados da Alemanha (Kuka) e da China (Solarfun), como consta da sua página na Internet. Para a produção de solar térmico, o grupo com sede em Oliveira de Frades tem pronta a lançar a Martifer Ener-Q. A sua apresentação ao mercado já esteve prevista na semana passada, mas os protestos liderados pela APISolar adiaram o evento.
É com a nova participada para o solar térmico que a Martifer deverá avançar com a aliança com a Ao Sol. Esta empresa foi fundada por Manuel Collares Pereira, investigador do INETI que desenvolveu a tecnologia. Tem hoje como accionista Diogo Vaz Guedes, o gestor que vendeu o grupo Somague aos espanhóis da Sacyr Vallhermoso e é hoje presidente da Privado Holding. Também Nuno Ribeiro da Silva, actual presidente da Endesa Portugal e da SPES-Sociedade Portuguesa de Energia Solar, esteve inicialmente ligado ao projecto, tendo-se entretanto afastado.
Se para a Martifer esta pode ser uma nova fonte potencial de receita, depois de um rápido crescimento que culminou com a entrada recente no negócio das minas e a consolidação de uma grande proximidade ao actual Governo, também a é para a Ao Sol. A empresa de Vaz Guedes encontra-se numa crise que tem afectado a sua laboração.
Aparentemente, a aliança entre as duas empresas está já assumida, já que documentos do Governo em circulação desde a semana passada colocam-nas lado a lado. Outra grande empresa considerada favorecida pela medida do Governo é a Vulcano, do grupo alemão Bosch, que foi, aliás, a primeira a manifestar a sua satisfação pela iniciativa do executivo, logo após o seu anúncio.
Face às condições impostas pelo Governo para as empresas poderem fazer parte da lista de entidades com equipamentos abrangidos pelos subsídios à aquisição por parte dos consumidores, a direcção da APISolar terá já decidido avançar, segundo um dos seus membros, com uma providência cautelar. As empresas austríacas que vendem equipamentos no mercado nacional, através de representações, também poderão avançar com processos contra a medida do Governo.
As empresas austríacas contam com o acompanhamento da situação por parte da respectiva embaixada em Lisboa. Contactada pelo PÚBLICO sexta-feira passada, a representação diplomática respondeu que primeiro é necessário ver os termos exactos em que as novas regras vão funcionar, a partir de hoje. Com uma forte presença de negócios neste sector em Portugal, os austríacos querem ver "aplicadas as regras europeias da concorrência".
Depois dos protestos de sexta-feira, a APISolar, que representa um sector disperso por cerca de quatro mil empresas, poderá decidir-se por uma providência cautelar contra a medida do Governo, caso o ministro da Economia continue a recusar a receber a associação em audiência. A entidade está contra a lista de condições de acesso aos incentivos por parte das empresas, sobretudo o ponto que obriga a empresa a uma capacidade de produção e instalação anual acima de 50 mil metros quadrados de colectores solares. É mais do que os estimados 47 mil metros quadrados instalados no país todo em 2007 e abaixo dos 80 mil metros quadrados instalados no ano passado, também em estimativa. Se este valor for levado à letra, significa que uma única empresa terá que responder por mais de dois terços do actual mercado nacional, tendo em contrapartida a expectativa de um volume de vendas entre 20 a 30 milhões de euros anuais. E estes são números que estão fora do alcance das pequenas empresas do sector.
De acordo com as contas das próprias empresas, apenas a Vulcano estaria teoricamente em condições de aceder aos subsídios. A empresa diz ter produzido no ano passado 160 mil metros quadrados de colectores solares (o dobro dos instalados no país, o que indica produção para exportação e para stock). Quanto à Ao Sol, diz instalar anualmente entre seis mil e oito mil metros quadrados.
Efeito desperdiçado
Os incentivos à instalação de colectores solares em 65 mil habitações individuais não vão ter impacto no abastecimento energético do país, gerando apenas negócio para algumas empresas, garante o dirigente do Geota, Manuel Ferreira dos Santos, convicto de que "o Governo não fez o trabalho de casa". Lamenta que se tenha desperdiçado a oportunidade para dirigir o consumo de energia solar para onde é mais necessária - para os condomínios/prédios onde mora 60 por cento da população -, o que "obrigaria a uma revolução" e a um salto na eficiência energética do país. Dessa "revolução" faz parte a introdução de máquinas de lavar roupa bitérmicas (duas fontes de aquecimento).
É evidente que esta opera buffa não fica por aqui...
A CE quer fazer o bonito com o chapéu do próximo?
Itália pede “alterações profundas” ao plano climático europeu
“O documento, tal como está, não nos convém. É insuportável. Precisa de alterações profundas”, afirmou aos jornalistas pouco antes do início da reunião de dois dias, que começou hoje. “E não estamos sozinhos nesta posição. Isso é notório”, salientou ainda.
“Vamos pedir uma cláusula de revisão. Esperamos que se abra uma verdadeira linha de negociação”, acrescentou, sublinhando que a Itália vai à reunião com “boas intenções”.
A União Europeia quer reduzir 20 por cento das suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) até 2020, chegar aos 20 por cento de energias renováveis e 20 por cento de eficiência energética. Esta já é conhecida em Bruxelas como a visão 20/20/20, meta da Comissão Europeia adoptada pelos líderes dos 27 em Março. O problema não é o fim, são os meios para lá chegar.
A Itália considera que o custo do plano europeu para a economia nacional é da ordem dos 25 mil milhões de euros por ano, uma quantia já contestada pela Comissão Europeia, que fala antes de entre nove e 12 mil milhões de euros.
A crescente pressão de diferentes Estados membros pode pôr em causa o plano, o que será um rude golpe para o ambiente e para a economia da União Europeia, alerta a eurodeputada do Partido Os Verdes, Caroline Lucas, numa opinião publicada hoje no site do jornal britânico “The Guardian”.
Oito novos países membros, liderados pela Polónia, receiam as consequências económicas do plano e ameaçam vetá-lo. Mas as reticências italianas e destes novos países não são as únicas. Também a poderosa indústria alemã de automóveis não está muito entusiasmada com a obrigação de reduzir emissões dos novos carros.
“A presidência francesa parece estar a dirigir um acordo baseado no mínimo denominador comum, dando a cada Estado membro a possibilidade de pedir tratamento especial. Esta posição é claramente destinada a fazer com que o Parlamento Europeu aceite o plano a qualquer custo”, comenta Carolina Lucas.
Na semana passada realizou-se em Bruxelas uma cimeira dedicada, em parte, ao clima. Na altura foi acordado continuar as negociações, com a condição de que sejam levadas em conta as situações específicas de cada país e que a decisão final seja tomada por “unanimidade” pelos chefes de Estado e de Governo na próxima cimeira, a 11 e 12 de Dezembro, em Poznan.
Um fracasso europeu poderá deitar por terra a credibilidade e ambição europeias de liderar as negociações para o programa internacional sucessor de Quioto, que deverá ser adoptado em Copenhaga, no final do próximo ano.
O preço do petróleo continua a baixar "à procura do ponto de equilíbrio", já que está a deixar de ser um "investimento interessante".
Porque quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão, já é hora de nós, consumidores do petróleo energético, começarmos a encontrar formas de cada vez mais prescindir - ou, no mínimo, a reduzir a dependência - desse papel de mexilhão.
Greg Locke/Reuters (arquivo) |
A procura por petróleo abrandou e reduziu a pressão sobre os preços |
O preço do petróleo de “Brent” cotado em Londres continuava hoje de manhã a sua marcha descendente das últimas semanas e baixava quase dois dólares (1,27 euros), para 127,62 dólares (81 euros) o barril, acompanhando a evolução da procura mundial.
Em Nova Iorque, o preço do petróleo “light” recuava dos 127 dólares o barril, beneficiando da diminuição da procura energética dos principais consumidores mundiais e da redução do impacto da tempestade tropical no Golfo do México.
Apesar do aumento do valor do dólar em relação às principais divisas mundiais, o preço da principal matéria-prima mundial continuava a demonstrar uma tendência para se ajustar em baixa, porventura à procura de novos pontos de equilíbrios.
A Reuters adianta que para alguns investidores o petróleo pode ter deixado de ser um investimento atractivo e parte do dinheiro que afluiu para esta matéria-prima no último ano pode, agora, estar a ser desviado para outros alvos.
A 11 de Julho, o preço do petróleo em Nova Iorque atingiu o valor recorde de 147,27 dólares (93,48 euros) o barril, mais 20 dólares (12,70 euros) sensivelmente do preço de hoje e representando uma subida de 30 por cento no ano, em comparação com 2007.
Em 2002, o preço do petróleo chegou a custar 20 dólares. De lá para cá, o incremento da procura mundial de petróleo, principalmente dos gigantes China e Índia, fez agravar sustentadamente os preços do petróleo em Londres e Nova Iorque até aos valores máximos atingidos já este mês.
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