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Italianos criam painéis solares que geram energia com cascas de frutas
Plantão | Publicada em 12/03/2009 às 18h35m
Pesquisadores italianos da Universidade Tor Vergata, em Roma, anunciaram ter produzido energia elétrica a partir de painéis solares elaborados com cascas de frutas, verduras e legumes. Os cientistas trabalham no Polo Solar Orgânico, instituto criado dois anos atrás pela região de Lazio e com a participação da iniciativa privada para estudar o emprego de materiais orgânicos em fontes renováveis de energia.
A nova geração de painéis solares substitui o uso do silício por uma mistura de pigmentos de alimentos que podem ser sintetizados biologicamente. A inovação está na elaboração de um material que absorve a radiação solar e a transforma em eletricidade. O grupo de pesquisadores inspirou-se na fotossíntese, processo natural das plantas de absorção de gás carbônico e emissão de oxigênio na atmosfera.
As células solares orgânicas são formadas por corantes naturais extraídos do mundo vegetal. A ciência básica por trás é a mesma do painel tradicional. Mas muda a composição química dos elementos e a espessura da lâmina que pode ser aplicada ao produto final em película, plástico ou vidro. "Em comparação com as atuais células solares, a orgânica é mil vezes mais fina. A diferença de capacidade de absorção da energia solar varia de pigmento para pigmento, mas ela é mínima", afirmou o professor Franco Giannini, diretor do Polo, à BBC Brasil.
Os componentes eletrônicos e químicos do painel localizam-se entre as duas placas de eletrodos e são sobrepostos uns aos outros, em camadas de estratos nas quais ocorrem as reações fotovoltaicas. Durante o processo de transformação da energia, alguns componentes recebem a irradiação solar e outros extraem a carga para a produção de eletricidade. "Trabalha-se essencialmente com o dióxido de titânio. As células ativadas pelos corantes absorvem a radiação solar, permitindo o fenômeno da separação das cargas para a produção da energia", descreve Giannini.
Os principais elementos da nova tecnologia fazem parte de uma longa lista de pigmentos naturais de origem vegetal. Frutas silvestres, ricas em antocianinas (pigmento natural encontrado na berinjela, amoras e uvas), ou folhas de espinafre, com complexos de proteína, por exemplo, possuem propriedades capazes de ajudar na transformação da energia solar em elétrica. "Usamos aquilo que é jogado fora, as cascas da laranja, por exemplo, e a transformamos em matéria básica para a geração de energia elétrica. O Brasil tem uma agricultura forte e pode se interessar por essa tecnologia", afirmou Giannini, que já trabalhou no país.
O painel, semitransparente ou colorido, pode captar a luz independentemente da inclinação e da intensidade dos raios solares. Esses fatores contam no processo, mas menos com a nova tecnologia. "Uma diferença fundamental é que estas células orgânicas são tridimensionais, enquanto as tradicionais são bidimensionais. Isso significa que podem absorver a luz em todas as direções, são mais eficientes. Elas captam a radiação da luz difusa", contou Giannini. Isso significa que o céu encoberto de nuvens continua a ser uma fonte eficiente de energia solar.
A nova tecnologia poderá aumentar a produção dos painéis solares reduzindo o custo do valor da energia transformada. Hoje, os painéis a base de silício custam entre 6 a 12 euros por watt. Com a revolução a caminho, os preços podem cair para 2 euros por watt através dos painéis orgânicos.
O silício é o principal elemento químico encontrado no planeta depois do oxigênio e a matéria-prima básica usada para a elaboração dos semicondutores, usados nos painéis. O mineral, presente na areia do mar, por exemplo, é caro por causa do processo de transformação para a indústria. Ele acaba sendo o responsável por 60% do preço final do produto.
"O custo da aplicação do silício se paga em quatro anos, contra apenas um das células orgânicas", diz Giannini. Além disso, as máquinas para construção dos painéis devem custar cerca de 1 milhão de euros, contra os 15 ou até mesmo 100 milhões necessários para outras formas de painéis fotovoltaicos. Os novos modelos também serão mais seguros. "A manutenção é mais fácil e o roubo não é interessante, pois como alguém vai levar embora uma janela, por exemplo?", pergunta o professor.
O painel incorporado à janela tem ainda a função de repor a energia elétrica em parte usada na iluminação noturna, descarregando-a e acumulando-a em uma bateria. A fonte de calor das lâmpadas aciona o processo de transformação da energia irradiada pela luz em eletricidade.
Quando o esforço é genuíno, os resultados também costuma sê-lo.
Um bom exemplo é o reconhecimento, por parte da comunidade inernacional, do esforço que ultimamente tem vindo a ser feito, a nível nacional, para inverter a tendência de utilização de fontes hidrocarbonetadas de energia para a produção de electricidade - como mostra o vídeo da CBC (Canadian Broadcasting Centre): http://www.cbc.ca/mrl3/8752/news/features/durham-portugal081020.wmv. Com cerca de 4 minutos e meio de duração (em inglês, sem legendas em português) mostra a central fotovoltaica de Moura, Alentejo - a maior do mundo -, o Pelamis ao largo da Póvoa de Varzim - o primeiro sistema comercial a nível mundial para obtenção de electricidade a partir do mar - e os parques eólicos do Alto Minho - os que mais têm crescido a nível mundial, e o maior da Europa.
(Os meus agradecimentos ao Jorge Mayer pelo conhecimento da notícia)
Veículo está hoje em Paris
Afinal corre tudo sobre rodas...
(Aqui há gato!)
Lisboa, 04 Ago (Lusa) - As negociações entre o consórcio liderado pela Renault-Nissan e o Governo para estudar o modelo de mobilidade dos carros eléctricos estão a correr "a bom ritmo", garantiu hoje o ministro da Economia.
Em declarações à Lusa, Manuel Pinho afirmou que as negociações estão a ser concluídas e a correr "conforme esperado" por ambas as partes e salientou que "o esforço português tem sido muito elogiado a nível internacional".
O consórcio apresentado no início de Julho para estudar o modelo de mobilidade dos carros eléctricos em Portugal envolverá a EDP, empresas da rede de auto-estradas, supermercados e o sector da banca.
De acordo com Manuel Pinho, o prazo de quatro meses dado na ocasião para a conclusão dos trabalhos deste consórcio deverá ser respeitado.
As empresas do consórcio irão estudar em que moldes irá nascer no país a rede de infra-estruturas necessárias para trocar ou carregar as baterias utilizadas por este tipo de veículos, que deverão chegar ao mercado português em 2010/2011. "O nosso objectivo é criar as bases de uma plataforma que introduza em larga escala os veículos movidos a motor eléctrico de forma a reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e diminuir as emissões de carbono", disse o ministro.
Afinal a sul não são só camelos e deserto...
Proposta apoiada por Gordon Brown e Nicolas Sarkozy
O instituto que aconselha a Comissão Europeia para as questões da Energia propôs ontem um plano ambicioso para abastecer de electricidade toda a Europa com a energia solar captada no deserto do Sara, revelam hoje os jornais “The Guardian” e “El Mundo”. A proposta tem o apoio político de Gordon Brown e Nicolas Sarkozy. Rui Gaudêncio (arquivo) Os críticos alegam que as renováveis nunca serão economicamente viáveis porque o clima não é suficientemente previsível
“Bastaria captar apenas 0,3 % da luz solar que incide sobre os desertos do Sara e Médio Oriente para satisfazer todas as necessidades energéticas da Europa”, disse Arnulf Jaeger-Walden, do Instituto para a Energia da Comissão Europeia, no Fórum Euroscience 2008 (ESOF), que decorreu em Barcelona de 18 a 22 de Julho, citado pelo “El Mundo” online.
Os cientistas pedem a criação de uma série de centrais solares gigantes como parte de um plano para partilhar os recursos de energias renováveis da Europa por todo o continente. Essa nova rede energética já tem o apoio político do Presidente francês, Nicolas Sarkozy, e do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. Através desta rede – com cabos de alta voltagem e corrente contínua -, o Reino Unido e a Dinamarca podem exportar energia eólica e importar energia geotérmica produzida na Islândia, por exemplo. A iniciativa responde às críticas de que as renováveis nunca serão economicamente viáveis porque o clima não é suficientemente previsível. Segundo explica o “The Guardian”, mesmo que o vento não sopre com força suficiente no Mar do Norte pode soprar algures no resto da Europa.
Explorar o Sol que atinge o Sara pode ser especialmente eficaz porque a luz solar ali é mais intensa. Os painéis fotovoltaicos no Norte de África poderiam gerar até três vezes mais electricidade, comparados com os painéis do Norte da Europa.
A maior fatia dos custos vem do desenvolvimento da rede que ligasse os países do Sul do Mediterrâneo. Estes ainda não têm capacidade para transportar a electricidade que as centrais solares africanas poderiam gerar.
Mas já há trabalho feito. A Argélia pretende exportar seis mil Megawatts de energia solar para a Europa em 2020.
Os cientistas admitem que serão precisos muitos anos e um grande investimento para o Norte de África gerar energia solar suficiente para abastecer a Europa. No entanto, em 2050, aquela região pode produzir cem gigawatts, mais do que a electricidade gerada por todas as fontes no Reino Unido. O custo seria de cerca de 450 mil milhões de euros.
Jaeger-Walden acredita que a construção das centrais solares no Norte de África ajudaria a baixar os custos da energia para os consumidores.
2.º round - o científico:
:: 2008-07-16 - CiênciaHoje
A abertura do debate sobre o nuclear é "extremamente oportuna", mesmo tendo em conta apenas a fissão nuclear e não a fusão, um processo mais limpo e mais barato mas ainda a décadas de distância. A afirmação é de Carlos Varandas, presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN), associado ao projecto do Reactor Termonuclear Internacional Experimental (ITER) actualmente em construção em Cadarache, perto de Marselha (França). Varandas diz que fusão nuclear demora décadas
O investigador justificou hoje a sua posição à agência Lusa com as repercussões dos aumentos do preço do petróleo no custo da energia e porque "está agora a ser lançada no mercado uma nova geração de reactores de fissão nuclear, chamados de 'Geração 3', bastante mais seguros do que os anteriores e muito mais eficientes e limpos".
Na sua perspectiva, a electricidade de base "só pode ser produzida de duas maneiras: ou através das centrais hidroeléctricas, em que o governo investe muito, ou por centrais térmicas a gás natural, um processo poluente, embora menos do que o petróleo, mas cujos custos sobem com os deste, ou através de centrais nucleares". "Em Portugal, se vamos esgotar a nossa capacidade hidroeléctrica, se não queremos poluir e estar dependentes do preço do gás natural, então só temos a opção nuclear", considerou.
"Estou convencido de que em Portugal, tal como no resto da Europa, é vital relançar o debate sobre o nuclear e tomar as medidas que permitam ao governo, mais cedo ou mais tarde, tomar uma decisão", afirmou.
No entanto, o reacender do debate nada tem a ver com a fusão nuclear, e nomeadamente o projecto ITER, "que está a percorrer o seu percurso normal", tendo em vista a sua entrada em operação entre 2018 e 2020, salientou.
Depois de concluído, espera-se que, num período de quatro a cinco anos, o ITER demonstre a viabilidade científica e técnica da energia de fusão, apontando-se o início da produção comercial de energia para dentro de 40 a 60 anos, dependendo da vontade política.
A construção daquele reactor experimental arrancou este ano, estando neste momento já instalados edifícios provisórios, onde trabalham cerca de 200 pessoas, e estão a ser feitas escavações para os blocos finais.
Sobre a participação de Portugal no projecto, o investigador referiu duas vertentes, uma a nível internacional, com a negociação do primeiro contrato para toda a Europa na área do controlo e da aquisição de dados, a concluir no final do mês, e outra europeia, com a presença de um português a trabalhar já com funções de responsável na Agência Europeia de Fusão Nuclear.
"Por outro lado, estamos a aguardar que sejam lançados os concursos para os contratos de investigação a realizar em Portugal para o ITER, onde esperamos que Portugal possa assinar dois ou três até ao final do ano", acrescentou.
Interrogado sobre as principais diferenças entre a fissão e a fusão nuclear, Carlos Varandas disse que "a fusão é ainda mais segura do que a fissão e praticamente não produz lixos radioactivos". Outra diferença é que "os combustíveis usados, a água e o lítio, são muito abundantes na Terra, e muitos baratos, em particular a água".
Para o investigador, as vantagens da fusão nuclear face à fissão nuclear são óbvias, nomeadamente porque "os elementos utilizados na fissão só existem em reservas para 100 a 200 anos, enquanto os da fusão nuclear, extraíveis da água do mar, "são praticamente inesgotáveis". A fusão nuclear é também, de acordo com Carlos Varandas, cerca de 100 vezes mais poderosa que a reacção de fissão.
Segundo os peritos, um quilograma de combustível de fusão permitirá produzir uma energia equivalente a 10 milhões de litros de petróleo. "Quando a central estiver construída será mais barata, mais limpa, mais segura e mais amiga do ambiente", afirmou, resumindo o processo como “a reprodução na Terra da produção energética do universo, onde toda a energia é gerada por reacções de fusão". "A seguir, dependendo das decisões políticas, vai ser necessário construir uma máquina que transforme em electricidade a energia térmica de fusão produzida no ITER", afirmou. "Se os políticos decidirem avançar desde já com a construção dessa máquina, chamada Demo, em paralelo com o ITER, poderemos ter electricidade dentro de 40 anos, caso seja decidido construí-la só depois de se ter a certeza de que a fusão é uma realidade, serão necessários mais 20 anos", explicou.
O ITER é um projecto de mais de 12 mil milhões de euros que agrega sete parceiros (União Europeia, EUA, China, Índia Japão, Coreia do Sul e Rússia), sendo a participação portuguesa coordenada pelo Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear, um Laboratório Associado com sede no Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa.
Boletim económico de Verão do Banco de Portugal
Daniel Rocha |
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Vitor Constâncio diz que é preciso reduzir a dependência de energia |
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, defendeu hoje a necessidade de estudar todas as hipóteses que permitam reduzir a dependência energética, incluindo a opção pela energia nuclear.
Vítor Constâncio, que falava na Assembleia da República durante a apresentação do Boletim Económico de Verão do banco central, sublinhou a importância de Portugal adoptar "uma política energética diferente" que permita fazer frente à "alteração estrutural dos preços da energia".
"A alteração estrutural dos preços da energia está para ficar e tudo tem de ser discutido, incluindo o nuclear", afirmou o governador do banco central, defendendo que "tudo tem de ser feito para evitar a dependência energética". De acordo com o boletim económico de Verão do Banco de Portugal, o crescimento económico deste ano para 1,2 por cento, uma diminuição de oito décimas em relação à previsão anunciada em Janeiro e que era de dois por cento.
Quanto aos preços, o Banco de Portugal acompanha a tendência actual e revê em alta a inflação (indicador harmonizado com a Zona Euro, IHPC) para três por cento, contra os 2,4 por cento de Janeiro. O agravamento dos preços dos produtos alimentares, dos transportes e da energia é uma realidade que se acentuou no final do primeiro trimestre e início do segundo e que está traduzida nas novas previsões do banco central.
Paulo Ricca |
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A Quercus alega que uma central em Portugal teria uma dimensão que não conseguia ser suportada pela rede eléctrica nacional |
A Quercus acusou hoje o governador do Banco de Portugal de "ingenuidade e desconhecimento" ao relançar o debate sobre o nuclear em Portugal, uma vez que os ambientalistas consideram esta opção errada também do ponto de vista financeiro. LPN alerta para risco de “debate inquinado”.
Em declarações no Parlamento, o governador Vítor Constâncio defendeu ontem que "a alteração estrutural dos preços da energia está para ficar e tudo tem de ser discutido, incluindo o nuclear".
Para os ambientalistas da Quercus, "se o problema do país é financeiro, então incluir o nuclear nas questões energéticas é um erro". "Um dos principais argumentos contra o nuclear é que é muito insustentável do ponto de vista de custos", declarou o dirigente ecologista Francisco Ferreira, apontando o exemplo das "enormes derrapagens" da central nuclear finlandesa.
A Quercus alega ainda que uma central em Portugal teria uma dimensão que não conseguia ser suportada pela rede eléctrica nacional, além dos tradicionais argumentos dos problemas do tratamento dos resíduos gerados pelo nuclear e da questão do risco. "O debate do nuclear foi feito nos últimos dois anos e extinguiu-se. Muito porque Portugal é o país da Europa onde a população acha que se deve apostar menos no nuclear", referiu Francisco Ferreira. "Só por ingenuidade sobre o sistema energético ou por desconhecimento das prioridades do ponto de vista de custo é que podem ter sido feitas as declarações do governador do Banco de Portugal", acrescentou.
LPN alerta para debate inquinado
Eugénio Sequeira, presidente da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), diz que a questão da energia nuclear pode ser debatida, mas com informações claras e detalhadas e tendo em conta os custos e os impactos para o ambiente. “O debate é sempre útil, e não faz mal nenhum. Mas é preciso que o debate não esteja inquinado”, disse hoje à rádio TSF. “Temos de ver a valia de uma solução, qualquer que se faça, face aos custos totais, coisa que nunca se fez. Porque tem que se medir, quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista social, quer do ponto de vista ambiental, do berço à cova”, comentou.
O dirigente defende que se deve incluir no custo de produção de energia eléctrica o “custo da execução da central, o custo total do desfazer dos resíduos finais e quanto é que isso vale em termos de risco ambiental, e o risco para a saúde pública, na sua totalidade”.
Mas que confusão!
Pedidos esclarecimentos ao primeiro-ministro
A Quercus exigiu hoje esclarecimentos ao Governo sobre o pagamento de imposto automóvel nos carros eléctricos, dado que a lei já isenta estes veículos, ao contrário do que diz ter sido a ideia passada pelo primeiro-ministro na cerimónia de assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a Renault-Nissan para a comercialização de um veículo com essas características em Portugal a partir de 2011.
Na terça-feira, o primeiro-ministro afirmou que o Executivo iria estudar um modelo fiscal para permitir que os futuros carros eléctricos, sem emissões poluentes, possam pagar menos do actual imposto automóvel.
"Se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30 % do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70 % uma componente ambiental. O Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente", disse José Sócrates.
A associação ambientalista considera que "há dois erros na afirmação do primeiro-ministro: a componente ambiental representa 60 por cento e não 70 % do cálculo do imposto e um veículo eléctrico está isento dos impostos".
Contactado pela Lusa, fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro disse que Sócrates quis valorizar o facto de Portugal ter uma taxa de imposto automóvel "das mais favoráveis da Europa para promover veículos amigos do ambiente".
"Quando se referiu aos 30 % de pagamento sobre a cilindrada do imposto automóvel [o primeiro-ministro] estava a referir-se ao caso de se aplicar o regime geral. Mesmo nesse caso, no regime geral, pagaria apenas 30 %", defendeu o assessor de imprensa de José Sócrates.
Segundo um comunicado da Quercus enviado hoje à Lusa, "um veículo eléctrico está isento tanto de Imposto sobre Veículos como de Imposto Único de Circulação".
Para esta afirmação os dirigentes ambientalistas basearam-se na lei que cria o Código do Imposto sobre Veículos (antigo imposto automóvel) - de Junho de 2007 -, que refere no artigo 2.º que os veículos exclusivamente eléctricos não pagam este imposto.
"Estão excluídos da incidência do imposto os seguintes veículos: Veículos não motorizados, bem como os veículos exclusivamente eléctricos ou movidos a energias não combustíveis", refere o artigo.
No que respeita ao Imposto Único de Circulação, a mesma legislação isenta os "veículos exclusivamente eléctricos ou movidos a energias renováveis não combustíveis" do pagamento dessa taxa.
A Quercus defende que os veículos eléctricos devem continuar nos próximos anos "a merecer um tratamento preferencial", continuando a beneficiar deste regime de isenção.
O gabinete do primeiro-ministro garantiu à Lusa que os veículos eléctricos "não pagam nem passarão a pagar [impostos automóvel e de circulação]". "Antes pelo contrário. O Governo está empenhado em criar um regime fiscal ainda mais favorável para os veículos eléctricos", afirmou a mesma fonte.
Quando a esmola é grande o santo desconfia!
Eis as respostas (?!?) às questões que o meu anterior post sobre este assunto suscitou: "com papas e bolos..."
Acordo para o desenvolvimento de automóvel eléctrico a comercializar em 2011
O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que o memorando que o Governo concretizou com a Renault-Nissan para o desenvolvimento de um veículo movido apenas a electricidade é uma resposta ao actual terceiro choque petrolífero.
Apesar de estar quase tudo ainda por fazer, em particular a instalação da unidade de produção do veículo, a criação de pontos de abastecimento e o desenvolvimento do modelo actual da Renault-Nissan, Sócrates anunciou a comercialização do automóvel no espaço de três anos.
“O Governo português luta por menor dependência do petróleo. O Governo português está empenhado numa orientação estratégia que reduza a dependência energética face ao petróleo”, insistiu o chefe do Governo, lembrando, ainda, que é de uma geração que viveu os três choques petrolíferos e que desta vez não irá ficar parado. “Não aceitamos ficar parados e faremos tudo para alterar o actual paradigma energético”, defendeu o primeiro-ministro. “Queremos aumentar a autonomia do país a nível energético para que no futuro as novas gerações de portugueses possam tomar as suas decisões” com mais autonomia e que não fiquem amarrados ao petróleo, frisou.
Sócrates recordou que quando assumiu o Governo o preço do barril de petróleo estava nos 50 dólares (31,83 euros). Hoje, esse valor quase triplicou. “Há um ano, a primeira vez que se ouviu falar da expressão ‘subprime’ (crédito de alto risco) na comunicação social” o preço já tinha subido para os 70 dólares (44,56 euros). Hoje, está no dobro desse valor, recordou, sublinhando que a alta dos preços tem de ser combatida com mais eficiência energética.
(Ver também aqui)
Memorando entre Governo e Renault- Nissan
Reuters (arquivo) |
EDP, Galp, Efacec, Martifer, Sonae, Jerónimo Martins e instituições financeiras são alguns dos parceiros dos carros eléctricos do futuro |
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que o Governo está a estudar um modelo fiscal para permitir que os futuros carros eléctricos, sem emissões poluentes, possam pagar 30 % do actual imposto automóvel.
O anúncio de Sócrates foi feito na cerimónia de assinatura de um memorando entre o Governo e a Renault-Nissan para a comercialização em Portugal de um veículo eléctrico a partir de 2011.
"Se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30 % do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70 % uma componente ambiental. O Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente", disse.
Além de vantagens ao nível do preço, o chefe do Governo declarou que caberá ao executivo criar uma rede de infra-estruturas que permita ao consumidor abastecer sem dificuldade o seu carro eléctrico.
"Penso que em pouco tempo seremos capazes de criar essas infra-estruturas para carregar ou substituir a bateria do carro eléctrico", disse. Há várias empresas portugueses que já terão sido contactadas e que podem contribuir para acelerar a introdução de veículos eléctricos em Portugal. Desde logo, a eléctrica EDP, a petrolífera Galp, que possui centenas de postos de abastecimento de combustíveis espalhados pelo país, a empresa de equipamentos eléctricos e electrónicos Efacec, a Martifer, instituições financeiras e redes de supermercados da Sonae e Jerónimo Martins.
O primeiro-ministro demonstrou o desejo de Portugal ser o "laboratório dos futuros carros eléctricos" e de receber tanto o investimento da Renault-Nissan como de outros construtores automóveis.
O protocolo assinado com o grupo franco-japonês prevê que o Governo "proporcione as condições para que o consumidor de um veículo eléctrico não tenha qualquer desvantagem em preços ou mobilidade.
Em relação à aposta nestes veículos sem emissões poluentes, o primeiro-ministro sublinhou que "Portugal está na linha da frente desta aventura com a Dinamarca e Israel", ponto em que aproveitou para deixar uma crítica à União Europeia. "Espero que, no futuro, possamos estar acompanhados pela Europa. Lamento que a Europa ainda não tenha apostado mais neste domínio e não esteja a ser mais ambiciosa, por que não podemos continuar passivos por muito mais tempo", declarou.
De acordo com o memorando de entendimento agora assinado, o Governo português vai estudar conjuntamente com a Renault-Nissan a forma de criar condições adequadas para os veículos eléctricos serem uma oferta atractiva para os consumidores portugueses.
Caberá também ao executivo contribuir para o desenvolvimento das infra-estruturas e organizações necessárias para criar uma ampla rede de estações de carga para os veículos eléctricos, a nível nacional, assim como identificar os canais mais eficazes de comunicação e educação para sensibilizar para a importância destes modelos, que permitem reduzir as emissões.
As negociações entre o Governo e a Renault-Nissan arrancaram em Maio e com este protocolo o objectivo será promover a mobilidade com zero emissões no país.
1. Quanto custa?
2. Qual é a duração das baterias?
3. E quando elas não carregarem mais, o que acontece (quem paga a troca)?
Hummm, a história está longe de estar completa...
Modelo será apresentado em Portugal na quarta-feira
Rebecca Cook/Reuters (arquivo) |
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O investimento da Nissan-Renault não está garantido que se concretize em Portugal, apesar do empenho da AICEP |
O presidente da Agência para o Comércio Externo de Portugal (AICEP), Basílio Horta, considera que o novo automóvel eléctrico, que o consórcio Nissan-Renault apresenta na quarta-feira em Portugal, "vai revolucionar" o mercado automóvel e a economia dos combustíveis.
"A Nissan-Renault vai apresentar o modelo eléctrico do seu automóvel que vai revolucionar todo o mercado automóvel e inclusivamente a economia dos combustíveis", frisou hoje Basílio Horta, à margem da colocação da primeira pedra da nova fábrica da Nestlé Waters Direct, em Coruche.
O modelo "tem uma autonomia para 200 km e anda como se fosse um carro a gasolina", de acordo com o presidente da AICEP, que classifica a iniciativa de "um momento importante, dia 9 de Julho, nesta conjuntura, são momentos de esperança dentro de um clima que não é tranquilo". "E vai fazer a apresentação em Portugal. O que é muito interessante, por um lado, pela apresentação ser feita em Portugal e, por outro lado, porque estou convencido que esta circunstância abrirá possibilidades de investimento relacionados com esse projecto", detalhou Basílio Horta, ressalvando que "é a possibilidade, não é a certeza de algum investimento relacionado com esse modelo ser feito aqui".
Reconhecendo ter tido contactos nesse sentido, o presidente da AICEP garantiu que dará o "máximo do apoio possível" para concretizar o investimento.
. Troleicarros
. APETc - Associação Portuguesa dos Entusiastas por Troleicarros
. Troleicarros/tróleibus lusófonos
. Energias Renováveis
. APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis
. Meio-ambiente
. Associação Ambientalista "Campo Aberto"
. APVE - Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico
. O óleo alimentar foi utilizado. E agora?
. Educação Tecnológica
. ANAPET - Associação Nacional de Professores de Educação Técnica e Tecnológica
. ET - Escola Básica 2/3 Jorge de Montemor, Montemor-o-Velho
. ET - Escola Básica 2/3 Luísa Todi, Setúbal
. ET - Escola Básica 2/3 Visconde de Juromenha, Mem Martins
. Moçambique
. Esperanto
. PEA - Portugala Esperanto Asocio
. ...