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Quinta-feira, 6 de Novembro de 2008

Os nosso filhos nos acusarão

Um filme ao serviço de uma verdade que dói

«Nos enfants nous accuseront» estreou ontem em França

A cada ano, na Europa, cem mil crianças morrem de doenças causadas pelo meio ambiente. A poluição e a alimentação provocam 70 por cento dos cancros. Em França, constatou-se que o incidente aumentou em 93 por cento nos últimos 25 anos. 

“Nos enfants nous accuseront” - “As nossas crianças irão acusar-nos” - é um filme que conta a corajosa iniciativa do município de Gard, em Barjac (França), que decide introduzir alimentos biológicos na cantina escolar da aldeia. A longa-metragem documental, totalmente francesa, sobre meio ambiente e a alimentação, realizada por Jean-Paul Jaud tem estreia marcada para amanhã, em França e vai mexer com sensibilidades.

O realizador pinta um retrato sem concessões da tragédia ambiental que espreita a jovem geração: o envenenamento dos campos com químicos agrícolas (76 mil toneladas de pesticidas diversas sobre o país) e os prejuízos causados na saúde pública. Uma palavra de ordem: não só constatar os males, mas encontrar desde já os meios de acção para que, amanhã, as nossas crianças não nos acusem. 

É a primeira vez desde “Le Monde du Silence”, de Jacques Yves Cousteau (palma de Ouro do festival de Cannes em 1956), que o cinema francês se debruça sobre o meio ambiente. Se a preservação do universo marinho era já uma causa preciosa, a da alimentação das crianças ainda está longe de ser lembrada. Para não dizer urgente. 

Depois de percorrer as paisagens sensoriais francesas com a série “As quatro estações para…”, Jean-Paul Jaud fixa a objectiva da sua câmara na tragédia ambiental.

Um autarca exemplar

Consciente do perigo, um autarca decide encarar de frente o problema dando o exemplo com um passo político sem comparação – alertar a opinião e poderes públicos das consequências escandalosas de um sistema económico que deixa passar os interesses à frente da saúde da população. 

O realizador distingue a alimentação biológica, dizendo que “essa é natural”, da convencional que assinala de “química”, alertando para a obesidade infantil e o cancro do cólon. 

Os diferentes intervenientes do filme, crianças, pais, professores, enfermeiros, jornalistas, agricultores, eleitos, cientistas, investigadores, deixam as suas opiniões, análises, angústias, ira, o fruto do seu trabalho para a câmara. Cada um conta a sua experiência, denuncia os abusos, colocam questões, mas todos propõem soluções, com a condição que os diferentes organismos de decisão assumam as suas responsabilidades. Testemunhos concretos e inquietantes sobre uma realidade que se torna urgente. Quantas doenças, de tumores, enfermidades, tragédias proliferam sem que se faça nada?

 O filme começou na Unesco aquando de um colóquio que reuniu nomes sonantes a nível mundial da medicina e assinaturas da Appel de Paris.

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Quinta-feira, 7 de Agosto de 2008

Cada vez mais do mesmo

Não deixa de ser curioso (e triste) o facto de ser cada vez mais do mesmo: a não ser uma tímida hipótese de "extensão das linhas do metro" (para quando? 10 anos?) não há qualquer referência à tracção eléctrica urbana (não esquecer que Porto e Lisboa tiveram enormes redes de carros eléctricos, a primeira resumida a mera exploração turística e a segunda agora com o estatuto de "espécie fortemente ameaçada de extinção" - só gás e diesel.

Além de agravamentos e proibições.

Ambiente

Medidas para melhorar qualidade do ar devem estar escolhidas até meados de 2009

07.08.2008 - 14h36 Lusa

Portagens diferenciadas, aumento dos corredores BUS e a introdução de mais autocarros a gás natural são apenas das medidas possíveis para melhorar a qualidade do ar na Região de Lisboa e Vale do Tejo e Região Norte. O secretário de estado do Ambiente acredita que as medidas a aplicar devem estar escolhidas até meados de 2009.
"O objectivo essencial é defender a saúde de todos nós.

Temos problemas graves de qualidade do ar no Grande Porto e na Grande Lisboa. Houve estudos feitos para as duas áreas que elencaram medidas possíveis. As entidades responsáveis por aquelas várias medidas têm que decidir quais querem adoptar", comentou hoje o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.

Com a coordenação das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, as câmaras municipais, transportadoras e concessionários de auto-estradas ou pontes vão seleccionar que medidas consideram mais eficazes para que seja aprovado um Programa de Execução concreto, especificou Humberto Rosa.

No caso da introdução de portagens diferentes consoante a ocupação dos veículos, Humberto Rosa explicou que essa medida teria de ser avaliada por diferentes entidades. No cenário de esta medida ser pensada, por exemplo, para a Ponte 25 de Abril, o assunto teria de ser debatido entre o Ministério das Obras Públicas, as câmaras de Almada e Lisboa e o concessionário da ponte.

Humberto Rosa escusou-se a elencar quais as medidas mais prioritárias, embora considere que a grande maioria delas é "muito eficiente".

"Não há uma pré-decisão daquelas medidas que o Governo entenda que devem ser aplicadas, mas vejo como provável que as entidades competentes as possam vir a adoptar".

Ana Paula Vitorino diz que portagens urbanas são possíveis mas não prioritárias

A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, assegurou hoje que a introdução de portagens diferenciadas e urbanas em Lisboa é uma medida possível, mas não é prioritária e só será utilizada em último caso.

"É possível, é uma medida que vem em qualquer manual de mobilidade sustentável. Já foi aplicada em algumas cidades, como em Londres, mas estamos numa fase em que muitas medidas existem ainda antes de ter que chegar a essa. Será só numa situação limite", afirmou.

Ana Paula Vitorino falava em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, após questionada pelos jornalistas sobre uma portaria que determina a execução de medidas previstas num estudo sobre a qualidade do ar na região de Lisboa e Vale do Tejo.

A secretária de Estado disse que a introdução de portagens urbanas e diferenciadas "é o limite da actuação quando tudo o resto já falhou".

Ana Paula Vitorino referiu que os valores limite da poluição do ar foram ultrapassados na região de Lisboa e Vale do Tejo, em particular a norte, e que a principal razão foi "o excesso de utilização de viaturas particulares".

"Há outras medidas em curso para melhorar o problema, como a extensão das linhas do metro, e outras que ainda não estão em curso mas já foi dada a orientação para que se concretizem, como o aumento dos corredores BUS e a introdução de mais autocarros a gás natural", afirmou.

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Quinta-feira, 31 de Julho de 2008

Tu quoque, ONU?

Clima

ONU recomenda aos funcionários vestuário informal para poupar energia

31.07.2008 - 09h31 Lusa

A ONU recomendou ontem à noite aos funcionários e corpo diplomático que deixem nos armários a roupa tradicional e optem por uma indumentária informal que se adapte melhor ao novo plano de poupança energético a implementar na sede da organização. É a iniciativa "Cool UN".

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, autorizou a que se flexibilize o código de vestuário para que os cerca de cinco mil funcionários possam adaptar-se ao aumento da temperatura ambiente, já que a temperatura na sede da Secretaria da ONU vai passar de 22,2 para 25 ºC e de 21,1 para 23,9 ºC no anexo que alberga as salas de conferências da organização.

"Não nos vamos meter a polícias da moda mas o que procuramos é que as pessoas possam vestir roupas mais frescas", indicou, numa conferência de imprensa, Michael Adlerstein, responsável pelo projecto de modernização da sede da ONU.

Adlerstein deu o exemplo escolhendo para a ocasião uma camisa branca e calças caqui, em vez do tradicional fato escuro e gravata com que costuma luzir o reconhecido arquitecto nova-iorquino.

A ONU calcula que a diminuição do consumo de energia com o desligar do ar condicionado permitirá reduzir em cem mil dólares a factura energética do edifício e evitar a emissão de 300 toneladas de dióxido de carbono, um dos gases com efeito de estufa.

Adlerstein indicou que se a iniciativa der bons resultados, ela poderá estender-se para além de mês de Agosto e ser aplicada nos meses de Inverno, embora neste caso a recomendação seja usar roupas que conservem o calor corporal.

A ONU recordou, num comunicado, que os participantes na conferência internacional sobre alterações climáticas realizada no Verão passado na Ilha indonésia de Bali já acordaram adoptar uma indumentária mais adequada ao clima tropical.

O novo plano de poupança faz parte do projecto de remodelação da sede da ONU avaliado em 1900 milhões de dólares (1200 milhões de euros), que pretende converter o edifício conhecido como o "Palácio de Cristal" num modelo de modernidade e sensibilidade ecológica. O imóvel passou por reparações gerais desde a sua inauguração há meio século mas nunca a uma remodelação completa. As infiltrações são uma realidade no edifício, cuja estrutura contém amianto (mineral considerado cancerígeno), carece de um sistema moderno de risco contra incêndios e a potência do aquecimento e do ar condicionado é insuficiente.

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Sábado, 5 de Julho de 2008

Protecção da Natureza

Linha SOS da GNR recebeu 2500 denúncias no primeiro semestre

Lusa/SOL
A linha «SOS Ambiente e Território» do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR - 808 200 520 - recebeu 2500 denúncias nos primeiros seis meses deste ano, a maioria relacionada com poluição das águas, resíduos e contaminação atmosférica.

Segundo os dados, disponíveis na página da Internet da Guarda Nacional Republicana (GNR), a linha «SOS ambiente e Território» recebeu igualmente denúncias de ruído, falta de limpeza de terrenos e ordenamento do território.
De Janeiro a Junho deste ano chegaram também à linha do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR (SEPNA) pedidos de recolha de animais por se encontrarem em más condições sanitárias, por serem alvo de maus-tratos ou por estarem em posse ilegal.
A GNR destaca a «adesão» a este tipo de serviço, que revela a crescente preocupação com o ambiente e uma maior consciência ambiental por parte dos cidadãos.
De acordo com o SEPNA, o número de denúncias cresceu 210 % no ano passado face a 2006. A GNR recebeu 3061 denúncias em 2006, enquanto no ano passado o número aumentou para 4513.
A linha «SOS Ambiente e Território» foi criada em 2002, sendo nessa altura gerida em conjunto pelo SEPNA e pela Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território. Em Julho de 2006, e por decisão governamental, esta linha passou a estar em permanência no Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR.
A linha «SOS Ambiente e Território», disponível 24 horas por dia, permite aos cidadãos denunciar situações que violem a actual legislação ambiental.

(Ver aqui o relatório completo do SEPNA da GNR)

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Terça-feira, 10 de Junho de 2008

Há teimosos... e há casmurros!

O que vale é que será por pouco tempo mais. Mas não será que "quem depois de mim virá bom de mim fará"?

Bush recusa combate às alterações climáticas

ALEXANDRA CARREIRA, em Liubliana

Cimeira UE-EUA: Foi com fortes medidas de segurança que a Eslovénia recebeu o Presidente dos EUA. Na última visita à Europa antes do fim do mandato, Bush deverá insistir que reduzir as emissões de CO2 prejudicaria a economia americana, para recusar um acordo que substitua o Protocolo de Quioto
Presidente americano contra metas dos 27
As alterações climáticas e as negociações para um novo acordo que substitua o Protocolo de Quioto a partir de 2012 são hoje assuntos de topo da cimeira que junta os líderes da União Europeia e EUA. O Presidente americano, George W. Bush, chegou ontem à noite a Liubliana, rodeado de fortes medidas de segurança.
Bush deverá hoje rejeitar qualquer formulação definitiva sobre a redução de emissões de gases com efeito de estufa na declaração final da cimeira. Ao que apurou o DN, o que o Presidente dos EUA deverá explicar a Janez Jansa, primeiro-ministro esloveno, a Durão Barroso, presidente da Comissão, e a Javier Solana, alto representante para a política externa da UE, é que "os EUA só se comprometerão com objectivos concretos se todas as economias, em particular as emergentes, estiverem dispostas ao mesmo", disse uma fonte diplomática. Bush deverá manter a tese de que reduzir as emissões de CO2 causará danos à economia americana e que, portanto, não está disposto a abraçar as metas dos 27.
O assunto vai ainda dar margem a uma troca de ideias sobre energias alternativas. Neste campo, é esperado que os líderes falem sobre a promoção da energia nuclear, à qual os EUA são favoráveis mas que dentro da UE é um tópico sensível.
Já estava na agenda, mas o agravamento da crise alimentar fez com que o tópico referente à Ronda de Doha, no âmbito das negociações para a liberalização das trocas comerciais da Organização Mundial do Comércio, ganhasse importância. Os apelos ao derrube das barreiras ao comércio internacional são cada vez maiores. A Ronda de Doha está bloqueada desde 2003 em parte devido à falta de acordo entre UE e EUA.

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Sexta-feira, 6 de Junho de 2008

Natureza bruta

Sem palavras

 

Chile:

http://ehgarde.planetaclix.pt/media/20080606121929.avi

 

EUA:

http://ehgarde.planetaclix.pt/media/20080604160639.av

 

 

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Quarta-feira, 4 de Junho de 2008

O país real e profundo

E financeiramente pobre, também, já que em imaginação é rico:

Projecto de produção de Biomassa sem apoio da UE

Cooperativa [Agrícola dos Olivicultores de Murça] produz anualmente perto de 1,5 milhões de quilos de bagaço de azeitona
 

2008-05-18 - Eduardo Pinto - JN

Ainda não saiu do papel o projecto de produção de biomassa na Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça. O sistema de aproveitamento das águas ruças e bagaços húmidos resultantes da produção de azeite foi desenvolvido por investigadores do Departamento de Química da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), mas está dependente da obtenção de fundos comunitários para ser implementado. "Sem eles dificilmente conseguiremos fazer alguma coisa", revela o presidente da cooperativa, Alfredo Meireles.

Já com patente registada pela UTAD, o projecto consiste na mistura de produtos oriundos da indústria corticeira com as águas ruças e o bagaço. O composto vai dar origem a um produto 100% natural, biodegradável, que poderá ser utilizado como fonte de energia ou como fertilizante.

Alfredo Meireles ressalva que a cooperativa que dirige "não está mal financeiramente", mas mesmo assim "não tem dinheiro para avançar com um projecto desta envergadura". Daí que a única solução seja esperar pela altura própria para o poder candidatar à obtenção de financiamento comunitário.

Actualmente, o bagaço resultante da produção de azeite em Murça é vendido para extracção de óleo a empresas do ramo. "Porque não há outro remédio", lamenta o dirigente. "Não deixam atira-lo para o campo tal como acontece em Espanha e na Itália", protesta.

Alfredo Meireles queixa-se ainda que o bagaço é vendido a um "preço simbólico de 1,5 a 2 cêntimos por quilo", só para se poderem "ver livres dele", pelo que "não compensa quase nada". Um cenário que é comum à maior parte das cooperativas de olivicultores.

A cooperativa de Murça produz anualmente perto de 1,5 milhões de quilos de bagaço de azeitona. "Transformados em biomassa seriam muito mais vantajosos para a instituição", perspectiva.

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Papel muito higiénico

Cientistas do MIT desenvolvem papel absorvente de óleos

Membrana de nanofibras visa resolver problemas ambientais

Ciência Hoje :: 2008-05-30

 

O papel hi-tech do MIT é capaz de absorver 20 vezes o seu peso em líquidos oleosos (Cortesia:Francesco Stellacci, MIT e Nature Nanotechnology)

O papel hi-tech do MIT é capaz de absorver 20 vezes o seu peso em líquidos oleosos (Cortesia:Francesco Stellacci, MIT e Nature Nanotechnology)

 

Imagine-se um papel absorvente que, em vez de absorver tudo, só absorve óleos e todo o tipo de líquidos hidrofóbicos, nomeadamente poluentes orgânicos. Imagine-se que este papel absorvente é reciclável e ainda é capaz de recuperar os líquidos capturados que até aqui eram desperdiçados. A ideia, capaz de revolucionar algumas das estratégias da política ambiental mundial, é afinal uma realidade. Um artigo publicado hoje pela revista científica "Nature Nanotechnology" explica como é que uma equipa de investigadores do MIT fez evoluir o papel absorvente para uma membrana de nanofibras capaz de absorver até 20 vezes o seu peso.

Ver video em: http://web.mit.edu/newsoffice/photos/oil/oil-video.mpg

Segundo os investigadores, um dos pontos de partida para este trabalho foi a constatação de que desde o início da década foram derramadas no mar 200 mil toneladas de petróleo e que até aqui, os materiais capazes de absorver óleos de líquidos como água não tinham um nível de selecção muito apurado, misturando alguns vestígios de água nos contaminantes.
"Descobrimos que podemos fazer 'papel' entrelaçando nanofibras capazes de repelir líquidos como o petróleo de líquidos como a água", explicou Francesco Stellacci, professor associado no Departamento de Ciência e Engenheira de Materiais do MIT e coordenador da investigação. "O nosso material pode ficar na água um ou dois meses que, quando se for buscá-lo, vai estar completamente seco. Mas se a água tiver algum contaminante hidrofóbico este vai ser absorvido", acrescentou o responsável.
Feitas de óxido de manganês, as nanofibras que constituem este avançado papel absorvente saõ estáveis a temperaturas muito elevadas o que permite recuperar tanto a membrana como os contaminantes após cada utilização. Ao aquecer o material até ao ponto de ebulição do óleo, este evapora podendo ser novamente condensado em líquido e a membrana fica totalmente limpa.
De acordo com os investigadores, as duas propriedades chave do material são o facto de as nanofibras estarem entrelaçadas como se fossem esparguete, abrindo pequenos poros, o que garante uma boa capilaridades, ou seja, uma boa capacidade de absorção, mas também a existência de um revestimento que impede a penetração de qualquer tipo de líquido oleoso.
Como é que se faz? Os cientistas dizem que o processo de fabrico é igual ao do papel. "Fazemos uma suspensão de nanofibras, como se fosse uma suspensão de celulose (a componente chave do papel), secamo-la num prato não aderente e o resultado é praticamente o mesmo", explicou Stellaci.
Segundo os investigadores, o produto acaba por não se muito dispendioso porque ao contrário de outros nanomateriais, as nanofibras utilizadas podem ser produzidas em grandes quantidades. Para além das aplicações ambientais, explicam os autores do artigo, este papel "hi-tech" poderá também vir a ser aplicado na filtragem e purificação da água.

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Terça-feira, 3 de Junho de 2008

Antes que seja tarde...

... é que Terra há só uma!

 

Evento da Comissão Europeia começou hoje 

Semana Verde: A ecologia começa a tornar-se central para as empresas

03.06.2008 - 20h55 - Paulo Miguel Madeira

A Comissão Europeia considera ser necessário mudar a maneira como a sociedade produz e consome de modo a que se torne possível ter um desenvolvimento sustentável e pretende impor padrões obrigatórios de produção e consumo com vista a aproximar-se deste objectivo, e é por isso que este ano a sua Semana Verde, que teve início hoje em Bruxelas, decorre centrada no lema do uso sustentável dos recursos.

O mote e o cenário foram dados pelo comissário europeu do Ambiente, o grego Stavros Dimas, que no discurso que fez na sessão de abertura do evento afirmou também que a solução para um consumo sustentável é utilizar menos energia e menos matéria prima, pelo que “precisamos de pôr as nossas economias a fazer mais com menos”. Disse que proteger o ambiente cria empregos, num discurso em que teve um tom muito determinado quanto à necessidade e inevitabilidade de mudar a economia e a sociedade.

Stavros Dimas lembrou que desde 1987 a Terra perdeu cerca de 20 por cento da sua biodiversidade, o que testemunha a enorme pegada ecológica deixada pela produção humana. Para o responsável pela política europeia de Ambiente, “ainda estamos longe dos objectivos ambientais de base”, apesar de hoje “testemunharmos um novo nível de consciencialização das questões ambientais”, segundo a directora executiva do Programa da ONU para o Ambiente, Angela Cropper.

A atestar esta tese, Cropper disse que “vemos agora mais claramente os limites da produção e consumo” e lembrou que o assunto vai estar na agenda do encontro de Julho do G8 (o grupo dos oito principais países industrializados) – a questão ecológica “tornou-se central na sociedade”, rematou. 

Mais verdades inconvenientes
Glosando o filme-documentário do ex-Presidente dos EUA Al Gore, a responsável da ONU, com sotaque americano e feições asiáticas, disse que “há mais verdades convenientes que precisam de ser abordadas” além da relativa às alterações climáticas, como é o caso da sustentabilidade da produção e consumo. O caminho, segundo disse, será afastarmo-nos do paradigma da sociedade que deita fora para passarmos a ser uma sociedade que recicla.

O presidente da Cadbury para a Europa, Chris van Steenbergen, deu a perspectiva empresarial da questão. Lembrou que há muitos anos que as empresas têm programas ambientais, mas disse que nos últimos anos a questão tornou-se mais premente.

“Os consumidores interessam-se mais pelo currículo ambiental das empresas, que nunca foram tão escrutinadas como agora”, afirmou, sem esquecer que se não produzirem porque não há, por exemplo água, também não vendem. Por isso a empresa definiu uma série de metas, como a redução em 50 por cento das emissões líquidas de carbono, ou produzir dez por cento menos embalagem. Não disse no entanto dentro de que prazo.

De acordo com os padrões actuais de produção e consumo dos europeus, se toda a população humana vivesse da mesma maneira, seriam nessessários 2,6 planetas Terra, lembrou director executivo da Footprint Nertwoork, Athis Wackernagel, para quem “a sustentabilidade não é só uma questão moral, é uma questão pragmática”.

Educação pública

Mas, lembrou Angela Cropper, um político que tomasse decisões radicias contra o bem-estar da sua base eleitoral seria muito estúpido”, a não ser que o eleitorado percebece as razões e concordasse com elas. Daí a importância que atribuiu à Semana Verde da Comissão Europeia, que apontou como “um exemplo de educação pública”.

E é disso que se trata. Até sexta-feira, largas dezenas de conferencistas abordam questões ligadas aos recursos e gestão dos lixos, consumo e produção sustentáveis, natureza e biodiversidade e alterações climáticas. Responsáveis políticos e da administração pública, académicos, membros de organizações não governamentais, há um pouco de tudo. E de muitas nacionalidades, mas nenhum dos conferencistas é português.

Entretanto, ao fim da tarde foram atribuídos os Prémios Europeus de Negócios para o Ambiente, em quatro categorias. A maior cooperativa de consumo do Reino Unido, o Co-operative Group, ganhou o Prémio de Gestão, atribuído devido à sua abordagem do desenvolvimento sustentável, em que identifica e mede anualmente impactos-chave de âmbito ambiental, social e ético.

Projectos de energia muito premiados
Na categoria Prémio de Produto o vencedor foi a Ertex-solar, da Áustria, pelas suas células fotovoltaicas de alta qualidade para a produção de energia solar, que podem ser aplicadas em edifícios sem necessidade de adaptações especiais de “design”.

O Prémio de Processo e o Prémio de Cooperação Internacional foram ambos para projectos no domínio do biodiesel. O primeiro foi para a Choren, da Alemanha, pelo processo que desenvolveu para “para produzir biofuel com elevado grau de pureza a partir de biomassa”, “que não utiliza plantas destinadas à alimentação”, com poucas emissões poluentes, é quase neutro em dióxido de carbono e compatível com a actual e futura tecnologia de motores diesel”, segundo o comunicado de imprensa distribuído.

Por seu lado, o Real Instituto Tropical dos Países Baixos venceu no domínio da cooperação, juntamente com a Mali BioCarburant. Trata-se de um projecto no Mali de produção de biodiesel sustentável a partir de nozes de jatropha, que é “resistente à seca e que pode crescer em solos não agrícolas”, ajudando a suplementar o rendimento dos agricultores.

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Quarta-feira, 26 de Março de 2008

Augusta

Novelas de Braga #6 - Para uma história dos eléctricos de Braga
Sexta, 28 MAR | 21h30 | convidados - Sr. Bento e Sr. Araújo, antigos cobradores

 

Em Maio deste ano completam-se quarenta e cinco anos após a viagem do último eléctrico bracarense. Braga, aliás, foi última cidade do país a electrificar a rede de transportes urbanos (1914) e curiosamente a primeira a desactivá-los (1963). Ao contrário das outras cidades portuguesas que também adoptaram este simpático transporte urbano (Porto, Coimbra, Lisboa e Sintra), Braga não conservou nenhum dos seus carros eléctricos, dos seus atrelados e do restante património associado. Todos os 11 eléctricos e atrelados que circularam na cidade foram desmatelados e convertidos em sucata e, mais tarde, foi destruído o próprio edifício onde os eléctricos recolhiam e que se situava no cruzamento da Rua Cardoso Avelino com a Rua Cruz de Pedra (junto à estação de comboios) para no mesmo local se construir mais um centro comercial. Braga tem vindo a perder e a destruir praticamente todo o seu património mais recente, nomeadamente muitas das infraestruturas industriais construídas nos finais do séc. XIX ou inícios do séc. XX, correndo-se o risco de este período apenas ficar documentado por fotografias. Não é por acaso que a maioria dos bracarense de hoje não sabe que Braga já foi servida por uma rede de eléctricos entre Maximinos/Estação da CP e Gualtar/Bom-Jesus e entre o Estádio 1º de Maio e Monte D'Arcos.
Com a participação do Sr. Araújo e do Sr. Bento, que durante alguns anos foram cobradores dos Eléctricos bracarenses, as Novelas deste mês vão procurar traçar a história e estórias deste transporte desaparecido.
Na fotografia (cerca de 1960): o eléctrico (com o atrelado vermelho utilizado no período de Verão) atravessa o Largo da Senhora-a-Branca, passando à porta da futura Velha-a-Branca.

Descobrir a História e as estórias da nossa cidade e registar os testemunhos de quem nas mais diversas áreas ajuda a construir a identidade de Braga é o objectivo destas Novelas.

Nota: a não perder!

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