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Segunda-feira, 16 de Fevereiro de 2009

Depois de casa roubada...

... trancas à porta.

Corroborando e reforçando o comentário de um dos leitores do Público [16.02.2009 - 13h12 - Anónimo, Lisboa]: houve pressa em extinguir, nas cidades de Lisboa, do Porto, de Coimbra e de Braga, os transportes eléctricos colectivos que aí circulavam (carros eléctricos e troleicarros).

Agora poucos sobraram: menos de meia dúzia de linhas de carro eléctrico em Lisboa e no Porto (que andam sempre "às moscas") e um reduzido e caduco sistema de troleicarros em Coimbra.

Agora é o "ai-Jesus"...

Troleicarro de Coimbra (Foto Fábio Pires)


Governo prepara medidas para reduzir excessiva poluição do ar

Lisboa e Porto vão ter faixas especiais para carros com mais de um ocupante

16.02.2009 - 09h40 Ricardo Garcia
Os acessos a Lisboa e ao Porto poderão ter, já este ano, faixas reservadas a veículos que circulem com mais de um ocupante. A medida consta de um pacote de iniciativas supramunicipais que o Governo está a ultimar, com vista a reduzir a excessiva poluição do ar nas duas zonas metropolitanas e encerrar um processo da Comissão Europeia contra Portugal.
O pacote é complementado com uma série de outras acções a cargo de várias câmaras municipais. Doze delas assinam, hoje, protocolos neste sentido com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (ver outro texto).
As chamadas "vias de alta ocupação" funcionam como faixas bus, mas estão destinadas a mais veículos. Em estudo está a sua utilização por automóveis ligeiros particulares que transportem mais de um ocupante, bem como carros eléctricos ou híbridos, além de autocarros.
Os detalhes e as datas ainda não estão definidos, mas a implantação do sistema ocorrerá inicialmente em regime de teste. "O que temos em vista é tê-los em pelo menos alguns eixos, em períodos experimentais", afirma o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa. "Espero que seja ao longo deste ano", completa. Já existem experiências do género, por exemplo, no Canadá e nos Estados Unidos.
Do pacote de medidas constam também zonas de emissões reduzidas, onde não poderão circular camiões que poluam acima de um determinado nível. Os veículos mais poluentes poderão instalar filtros de partículas, mas esta é uma alternativa que ainda terá de ser testada. 
Para o Norte, está em estudo - numa fase mais embrionária - a fixação de normas de qualidade do ar para as lareiras, que são uma fonte importante de poluição atmosférica. O nível de poluição em algumas zonas de Lisboa e do Porto é extremamente elevado.
O ponto mais problemático é a Avenida da Liberdade, em Lisboa. Em 2005, o nível de partículas no ar - causadoras de problemas respiratórios - excedeu o limite legal em 182 dias, ou seja, metade do ano. A legislação europeia permite, no máximo, 35 dias. Os valores baixaram nos anos seguintes, em grande parte pelas condições meteorológicas, mas ainda assim estiveram acima da norma. Em função disso, a Comissão Europeia abriu um processo contra Portugal. Na resposta que Portugal tem de enviar a Bruxelas até finais de Março, o Governo vai invocar a possibilidade de uma isenção temporária do cumprimento dos valores-limite de poluição - algo que a legislação europeia permite, caso estejam em curso programas de melhoria da qualidade do ar.
No ano passado foram aprovados planos neste sentido para as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Agora, o Governo quer pô-los em prática, através de um programa de execução. Os protocolos hoje assinados com 12 autarquias da zona de Lisboa integram esse programa.
Neles, as câmaras comprometem-se a adoptar medidas, muitas delas a curto prazo, algumas até 2012. 
Para Francisco Ferreira, investigador da Universidade Nova de Lisboa e coordenador do plano de melhoria da qualidade do ar para a região, o envolvimento de todas as câmaras é essencial. Mas a qualidade do ar não vai melhorar se as acções para a capital não funcionarem. "As medidas de Lisboa são vitais", afirma Francisco Ferreira, também vice-presidente da associação ambientalista Quercus.
Em Setembro passado, a Câmara de Lisboa comprometeu-se, num protocolo com a CCDR-LVT, a pôr em prática 17 medidas para reduzir a poluição dos automóveis. Mas o grupo de trabalho previsto para avaliar o cumprimento do protocolo, que deveria ter entrado em funcionamento em Outubro, nem sequer foi ainda criado. Segundo informação da assessoria de imprensa da CCDR-LVT, "o grupo de trabalho está em formação neste momento e vai reunir-se em breve".

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Quinta-feira, 7 de Agosto de 2008

Cada vez mais do mesmo

Não deixa de ser curioso (e triste) o facto de ser cada vez mais do mesmo: a não ser uma tímida hipótese de "extensão das linhas do metro" (para quando? 10 anos?) não há qualquer referência à tracção eléctrica urbana (não esquecer que Porto e Lisboa tiveram enormes redes de carros eléctricos, a primeira resumida a mera exploração turística e a segunda agora com o estatuto de "espécie fortemente ameaçada de extinção" - só gás e diesel.

Além de agravamentos e proibições.

Ambiente

Medidas para melhorar qualidade do ar devem estar escolhidas até meados de 2009

07.08.2008 - 14h36 Lusa

Portagens diferenciadas, aumento dos corredores BUS e a introdução de mais autocarros a gás natural são apenas das medidas possíveis para melhorar a qualidade do ar na Região de Lisboa e Vale do Tejo e Região Norte. O secretário de estado do Ambiente acredita que as medidas a aplicar devem estar escolhidas até meados de 2009.
"O objectivo essencial é defender a saúde de todos nós.

Temos problemas graves de qualidade do ar no Grande Porto e na Grande Lisboa. Houve estudos feitos para as duas áreas que elencaram medidas possíveis. As entidades responsáveis por aquelas várias medidas têm que decidir quais querem adoptar", comentou hoje o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.

Com a coordenação das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, as câmaras municipais, transportadoras e concessionários de auto-estradas ou pontes vão seleccionar que medidas consideram mais eficazes para que seja aprovado um Programa de Execução concreto, especificou Humberto Rosa.

No caso da introdução de portagens diferentes consoante a ocupação dos veículos, Humberto Rosa explicou que essa medida teria de ser avaliada por diferentes entidades. No cenário de esta medida ser pensada, por exemplo, para a Ponte 25 de Abril, o assunto teria de ser debatido entre o Ministério das Obras Públicas, as câmaras de Almada e Lisboa e o concessionário da ponte.

Humberto Rosa escusou-se a elencar quais as medidas mais prioritárias, embora considere que a grande maioria delas é "muito eficiente".

"Não há uma pré-decisão daquelas medidas que o Governo entenda que devem ser aplicadas, mas vejo como provável que as entidades competentes as possam vir a adoptar".

Ana Paula Vitorino diz que portagens urbanas são possíveis mas não prioritárias

A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, assegurou hoje que a introdução de portagens diferenciadas e urbanas em Lisboa é uma medida possível, mas não é prioritária e só será utilizada em último caso.

"É possível, é uma medida que vem em qualquer manual de mobilidade sustentável. Já foi aplicada em algumas cidades, como em Londres, mas estamos numa fase em que muitas medidas existem ainda antes de ter que chegar a essa. Será só numa situação limite", afirmou.

Ana Paula Vitorino falava em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, após questionada pelos jornalistas sobre uma portaria que determina a execução de medidas previstas num estudo sobre a qualidade do ar na região de Lisboa e Vale do Tejo.

A secretária de Estado disse que a introdução de portagens urbanas e diferenciadas "é o limite da actuação quando tudo o resto já falhou".

Ana Paula Vitorino referiu que os valores limite da poluição do ar foram ultrapassados na região de Lisboa e Vale do Tejo, em particular a norte, e que a principal razão foi "o excesso de utilização de viaturas particulares".

"Há outras medidas em curso para melhorar o problema, como a extensão das linhas do metro, e outras que ainda não estão em curso mas já foi dada a orientação para que se concretizem, como o aumento dos corredores BUS e a introdução de mais autocarros a gás natural", afirmou.

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Terça-feira, 17 de Junho de 2008

Pagar caro

PAGAR CARO

In BLOGUE DE MANUEL MARGARIDO TÃO

Aí está. A factura da embriaguez em petróleo e da toxicodependência rodoviária em que Portugal se enterrou nas duas décadas de Integração Europeia.

Um poder político sem largueza de vistas, decidiu privilegiar o retorno rápido das estradas a expensas do caminho de ferro. O binómio estradas-receitas fiscais do petróleo, era uma espécie de motor de movimento perpétuo que nunca falharia. Com mais carros exigia-se a construção de mais estradas. E com mais estradas apareciam mais carros. E com a receita fiscal proveniente da venda de produtos petrolíferos, até se brindava ao povo com auto-estradas de graça: as SCUT´s. Tudo funcionaria lindamente e sem sobressaltos, garantindo um sistema financeiramente próspero, não fora o petróleo ser produzido fora da economia do país. Mas enquanto o crude se mantivesse barato, a condição de "price-taker" não traria quaisquer tipo de problemas a Portugal. Quanto à logística, o rei-camião, solução universal, fez milhares de patrõezinhos da sua própria firma, algo bem mais simpático do que aqueles estruturas "pesadas" como o comboio, que sempre encaixaram mal no ideário neo-liberal.
 
Com o petróleo a bater recordes após recordes, o brinquedo partiu-se. E Portugal começou a colher o fruto podre da política de abandono e desmantelamento do caminho de ferro que andou a semear ao longo de duas décadas. A populaça revolta-se contra o elevado preço do combustível para o abastecimento da sua viatura privada, sem nunca equacionar sequer compartilhar o carro, ou mudar para o transporte público. Mas foram estes aumentos, por via do exterior, que ditaram, pela primeira vez, uma redução sensível de viaturas diárias a entrar em Lisboa (20.000 a menos, em Maio de 2008). Mais do que qualquer autocolante inútil aposto nas viaturas, dizento "goze a viagem, vá de transporte público", o factor preço foi o único que até agora conseguiu minimamente reduzir a utilização do automóvel - algo que dá que pensar a muito boa gente da política, que foge da ideia de "road-pricing" como o diabo da Cruz. Aliás, o PETs (estudo efectuado à escala Europeia em 2002), já adiantava que de todas as capitais Europeias, aquela onde a penalização monetária do uso do automóvel se revelaria mais eficaz, resultando em -32% de tráfego, seria, precisamente, Lisboa. Mas como implementar políticamente a medida, atingindo indivíduos que se andou duas décadas (e se continua) encorajando a desertar do transporte público?
 
Mas há ainda mais questões alarmantes sem resposta.
 
Portugal está nas mãos de meia-dúzia de grupos que dominam a logística, e não respeitam sequer quem, dentro do ramo, não aceita alinhar nas acções de protesto por si promovidas. O Governo ofereceu-lhes uma série de concessões - AGORA. E o que é que vai fazer, quando o crude petrolífero porventura chegar aos U$200??? Mais concessões? O contribuinte a quem se bloqueia o subsídio à exploração de uma linha ferroviária no interior de Trás-os-Montes, vai ter outra vez. e outra vez, e outra vez que subsidiar semelhante situação? Como subsidia Portagens na Ponte 25 de Abril, enquanto que o comboio da FERTAGUS apresenta das tarifas suburbanas mais elevadas da Europa (expressas em PPP)?
 
E como é que o Governo, que insiste em construir mais auto-estradas (quando se considera não-prioritário ligar Viseu à rede ferroviária),vai financiar as novas SCUT´s? Os mesmos sectores que querem auto-estradas de graça (e ainda as têm), querem redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos, dos quais sai correntemente uma larga fatia para entregar aos concessionários das famigeradas rodovias.
 
Como descalçar esta(s) bota(s)?
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Segunda-feira, 16 de Junho de 2008

Transportes: mais do mesmo

Combustíveis/crise: Governo deveria ter tornado mais claro ilegalidade dos protestos - Vitorino

21h42m, JN

Lisboa, 16 Jun (Lusa) - O dirigente socialista António Vitorino afirmou hoje que o Governo foi "hábil" na resposta às reivindicações dos camionistas mas considerou que deveria ter tornado mais clara a ilegalidade da paralisação e a hipótese de recurso à requisição civil.

Falando no programa "Falar Claro", na RTP, o ex-ministro de António Guterres defendeu que a paralisação das empresas transportadoras nos primeiros dias da semana passada constituiu até agora o desafio "de ordem pública mais difícil de todo o mandato".

"Acho que era necessário tornar claro que esta manifestação coloca dois problemas muito sérios: é ilegal cortar as vias de comunicação e também é preciso tornar claro que não são permitidas, num Estado de Direito democrático, formas de pressão sobre o poder, que são ilegítimas", apontou.

Na opinião de António Vitorino, "o Governo foi hábil na maneira como conteve a crise, encontrando uma solução rápida em 48 horas mas devia ter tornado mais claro - e ainda hoje estamos a tempo de o fazer - que os protestos ilegais têm de ser punidos pela lei".

"Quem praticou actos contrários à lei tem de ser responsabilizado", completou.

Para evitar que o "precedente" se repita, o ex-comissário europeu advogou que o Governo tem de fazer passar a ideia que "é legítimo ao Estado de Direito democrático recorrer à requisição civil sempre que se confronte com manifestações que colocam em causa a ordem pública".

Depois de sugerir que seria benéfico uma eventual alteração da lei que enquadra a requisição civil, António Vitorino frisou que, se o Governo tivesse recorrido a este instrumento na crise com os camionistas, estaria dentro da legalidade.

Numa referência indirecta a posições assumidas pelo CDS, Vitorino considerou que "Portugal é um país muito curioso, porque os apelos ao uso da força para repor a ordem pública surgiram depois da crise estar resolvida".

"Ora, assim também eu, como se costuma dizer", comentou, usando a ironia.

Na opinião de Vitorino, uma eventual intervenção das forças policiais poderia até "extremar posições".

"Mas tratou-se de uma situação ilegal e ela tem que ser perseguida do ponto de vista da lei, até para se evitar o efeito de contaminação. Desde o princípio, devia ter-se tornado claro que a requisição civil é um instrumento ao alcance do Estado de Direito para pôs fim a este tipo de casos", frisou o dirigente socialista em novo recado dirigido ao Executivo.

Quanto ao teor do acordo alcançado com os camionistas, Vitorino disse que o Governo "fez bem em não ceder no essencial, que é a subsidiação do preço do gasóleo".

"Isso é uma espiral sem fim", sublinhou, dizendo que as ajudas agora concedidas pelo Governo aos camionistas "só se justificam se o sector se reconverter".

"O sector está confrontado com um desafio de reconversão, porque o preço do petróleo não vai baixar nos próximos anos", sustentou.

Interrogado sobre a hipótese de outros sectores de actividade também pressionem o executivo de José Sócrates, tal como fizeram os camionistas, António Vitorino admitiu esse cenário mas apontou uma resposta política para esses casos.

"É preciso explicar às pessoas que não pode haver soluções na base da subsidiação ao preço dos combustíveis, porque não é comportável pelo erário público, nem é uma solução duradoura", advertiu.

PMF./Lusa


Continuamos cada vez mais na mesma...

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Sábado, 14 de Junho de 2008

Estavam à espera de quê?

Mês do Ambiente

Bem na energia, mal nos transportes

As medidas para reduzir as emissões de CO2 em Portugal estão a dar resultados na energia, mas nos transportes a situação é um desastre.

Virgílio Azevedo, Expresso, 20:59 | Quinta-feira, 12 de Jun de 2008

Há males que vêm por bem. A subida dos preços do petróleo está a ter um impacto importante na redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) do sector energético português. É o que indicam os resultados da Monitorização Semestral do PNAC (Plano Nacional para as Alterações Climáticas) recentemente divulgados, que fazem um balanço de 2007.

"Acho que Portugal vai cumprir as metas do Protocolo de Quioto", afirma ao Expresso, com convicção, o secretário de Estado do Ambiente. Humberto Rosa constata que "há medidas do PNAC que estão a avançar a velocidade de cruzeiro, como acontece no sector da energia, onde se registaram avanços consideráveis". Em todo o caso, noutras áreas fundamentais da actividade económica há resultados da monitorização que o preocupam: "De facto, nos transportes há medidas que estão atrasadas", reconhece o governante.

Humberto Rosa rebate, mesmo assim, os argumentos de quem diz que Portugal tem uma boa margem de manobra porque conseguiu negociar no Protocolo de Quioto um aumento de 27 % nas emissões no período de 2008-2012, em comparação com os valores de 1990, o ano de referência das negociações. "Este valor não é uma folga fantástica, como alguns querem fazer crer, porque temos as emissões de CO2 per capita mais baixas da UE a 15 países e das mais baixas a 27 países".

O mais marcante na avaliação do PNAC é que "não se consegue fazer, na maior parte dos casos, uma correcta avaliação dos objectivos", critica entretanto Francisco Ferreira. O dirigente da Quercus sublinha ainda que "o que está a funcionar melhor, infelizmente, é a subida do preço do petróleo e não as políticas pró-activas do Governo, ou seja, é um factor externo que não está a contribuir para a melhoria da mobilidade nos transportes".

O líder ambientalista insiste que a situação neste sector "é um verdadeiro desastre, onde o Governo e as autarquias não têm conseguido simplesmente concretizar as medidas estabelecidas no PNAC". E o dinheiro que está a ser investido nas infra-estruturas, como a expansão das redes de metro de Lisboa e do Porto, "não tem impacto em termos de transferência do transporte privado para o transporte público".

Mas olhemos para as conclusões da Comissão para as Alterações Climáticas nesta monitorização. Na energia, houve progressos em áreas como a melhoria da eficiência energética do sector electroprodutor, aumento da carga fiscal sobre o gasóleo de aquecimento e os combustíveis industriais, avanços na geração de electricidade a partir de fontes renováveis - onde a meta é chegar aos 45%.

Nos transportes, em contrapartida, em 23 medidas só três tiveram uma evolução favorável: as alterações da oferta da CP e redução do tempo de viagem nos seus comboios, e a ampliação das frotas de autocarros a gás natural da Carris (Lisboa) e dos STCP (Porto).

Mesmo assim, na energia o Programa Água Quente Solar continua a marcar passo. É um programa importante para a mudança de comportamento dos consumidores, mas Francisco Ferreira recorda que o ambicioso objectivo de 2004 para promover a instalação de um milhão de metros quadrados de painéis solares térmicos em todo o país foi reduzido para meio milhão, "mas para isso precisávamos que estivessem a ser instalados 100 mil metros quadrados por ano, o que não está a acontecer".

Entretanto, a Agência Portuguesa do Ambiente divulgou esta semana o balanço dos primeiros dois anos (2005/2007) de aplicação do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), um instrumento comunitário de regulação dos sectores industriais com maiores emissões (energia, metais, cimentos, vidro, cerâmica, papel), onde se conclui que houve uma atribuição de licenças em excesso face ao valor total das emissões verificadas (100,7 milhões de toneladas de CO2). O Ministério do Ambiente anunciou também esta semana um novo programa de 30 milhões de euros destinado ao apoio a projectos de redução de gases com efeito de estufa não contemplados pelo PNAC e pelo CELE, que será financiado pelo Fundo Português de Carbono. O programa dirige-se aos transportes e mobilidade, eficiência energética, gestão de resíduos e efluentes, processos industriais, uso do solo e florestas.

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Terça-feira, 10 de Junho de 2008

Acabem-se com os comboios; vivam os camiões!

O endurecimento do "braço de ferro" que se tem vivido nestes últimos dias entre os transportadores de mercadorias e o Governo tem mostrado à evidência como, no que os transportes diz respeito, a população portuguesa está mal servida.

A lógica que tem vindo a ser seguida ao longo das últimas décadas pelos sucessivos Governos, com o progressivo descrédito, desinvestimento e encerramento da ferrovia está a mostrar os seus frutos: estar toda uma população à mercê que uma, justa ou não, paralização dos transportadores de mercadorias.

Continua a insistir-se no afogamento da linha do Tua "porque só serve meia dúzia de pessoas"; constroem-se auto-estradas por todos os cantos; aumenta-se o combustível até mais não - e fica-se paralizado nesta espiral.


Comissão organizadora do protesto toma decisão por unanimidade

Paralisação dos camionistas vai continuar 

10.06.2008 - 18h15 - Por PÚBLICO

Adriano Miranda (arquivo)

Os camionistas acusam o Governo de continuar "inflexível em relação ao preço dos combustíveis"

A paralisação que desde a madrugada de ontem levou à paragem de camiões em quase todo o país vai prosseguir, foi anunciado por um dos porta-vozes da comissão organizadora do protesto, que esteve reunida esta tarde no Carregado.
Após quase quatro horas de reunião, Silvino Lopes anunciou que a comissão decidiu por unanimidade que a paralisação vai prosseguir, perante a ausência de medidas concretas pelo Governo para responder ao impacto que o aumento do preço dos combustíveis está a ter no sector dos transportes. "O Governo continua inflexível em relação ao preço dos combustíveis", sublinhou Silvino Lopes, justificando, assim, a decisão de continuar o protesto.

A comissão defendeu que a paralisação deve prosseguir "o mesmo sistema de luta", considerando-o "eficaz", apesar de estar "a causar problemas ao país". Silvino Lopes pediu a compreensão aos portugueses pelos efeitos que a paralisação está a ter no transporte e abastecimento de alguns bens, além do combustível, assegurando que os casos prioritários, como a distribuição de alimentos e medicamentos, vão ser garantidos. Questionado quanto aos bloqueios que estão a ser registados em algumas zonas do país à passagem de camiões, o representante da comissão rejeitou a "realização de bloqueios", sublinhando que esta "prejudica as famílias".
O porta-voz lamentou a morte do camionista que esta tarde foi atropelado na zona de Zibreira, no concelho de Alcanena, imputando as responsabilidades do acidente "aos que levaram os camionistas a esta paralisação". Silvino Lopes considerou que a morte "é mais uma razão" para os camionistas se unirem, sublinhando que o sector dos transportes "tem uma importância nacional" e que esta luta "é uma causa nacional".
O incidente aconteceu quando a vítima, de 52 anos, tentou pendurar-se num camião que pretendia furar um bloqueio de protesto, mas acabou por cair, tendo sido atropelado pelo pesado.
Manuel Agostinho, líder do piquete que se realizava na Zibreira, disse à Lusa que o atropelamento foi intencional, e deu-se quando a vítima se afastou do local onde os elementos do piquete almoçavam para tentar parar o camião que circulava a "cerca de 50 quilómetros hora" em direcção a um sinal de stop. "Passou por cima do homem. Foi um assassínio. Mas este homem não vai morrer em vão", afirmou exaltado o líder grupo de cerca de três dezenas de camionistas que se encontrava entre a Estrada Nacional 3 e a A1. A GNR está a investigar o incidente.
Em Espanha, um camionista que participava num piquete de protesto contra o aumento do preço de combustíveis também morreu esta tarde atropelado no mercado da cidade de Granada. O motorista terá sido atropelado quando se aproximou de um camião para explicar ao condutor quais os motivos da greve, avança a edição online do "El Mundo".

 

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Terça-feira, 13 de Maio de 2008

Coimbra, 60 anos de troleicarros

Coimbra tem sido, desde 28 de Dezembro de 1997, a única cidade da Península Ibérica com um sistema de transportes colectivos do século XXI: o troleicarro.

Salzburgo, Áustria. Foto Gunter Mackinger

Silencioso, limpo, rápido, económico, eficaz e eficiente, o troleicarro tem vindo, cada vez mais, a reconquistar o seu espaço por essa Europa fora: Roma, Lecce, Modena... em Itália; Salzburgo e Linz, na Áustria, Solingen, na Alemanha, Bergen, na Noruega, Genebra, Zurique, Lausanne... na Suíça - apenas para citar alguns - têm vindo a re-instalar as redes já perdidas em confronto com o autocarro a diesel, ou mesmo a instalar sistemas novos: como o caso de Castellón de La Plana, em plena Valência espanhola - a cidade que irá fazer "companhia" a Coimbra a partir do próximo dia 27 deste mês de Maio, quando inaugurar o seu TVRCas, um "metro sobre pneus" - uma perífase de marketing para uma linha de troleicarros guiados por um sistema de laser.
TVRCas, Castellón de la Plana, Valência, Espanha. Foto Robert Stüssi
Coimbra celebrou 60 anos de serviço ininterrupto de troleicarro em 16 de Agosto de 2007. Na próxima 5.ª-feira, às 11 horas, será inaugurada a linha n.º 60, a qual usa cerca de 1 km de nova linha aérea - um facto que não acontecia na cidade há mais de 20 anos.
É, pois, para celebrar duplamente.
Troleicarro Salvador Caetano/Efacec n.º 57 de Coimbra, com decoração alusiva ao 60.º aniversário. Foto Rui Nunes 

Os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra tornam público que, a partir das 11h00 de 2008/05/15, entrará em funcionamento uma nova linha, que terá a designação 60 / S. José – Universidade (via Olivais).

Esta linha funcionará aos dias úteis durante o período escolar da Universidade, entre as 7h35 e as 19h30, com uma frequência de 30 minutos e com o seguinte percurso:
  • S. José (ponto de horário), R. do Brasil, Praça 25 de Abril, R. D. João III, Praça Jorge Anjinho, Rotunda da ACIC, R. Carolina Michaëllis, R. Miguel Torga, Av. Dias da Silva, R. Bernardo de Albuquerque, Cruz de Celas, R. Augusta, R. Antero de Quental, R. João de Deus, R. Lourenço Almeida Azevedo, Praça da República, R. Padre António Vieira, Couraça dos Apóstolos, Rua Larga (ponto de horário), Praça D. Dinis, R. Martin de Freitas, Praça João Paulo II, Al. Júlio Henriques e R. dos Combatentes até S. José.
Troleicarros de Barquisimeto, Venezuela, em testes em Salzburgo. Foto Gunter Mackinger
Há a intenção, da Amadora, de instalar, até final do próximo ano, um sistema semelhante ao de Caltellón, ligando, numa primeira fase, a Estação Ferroviária da Reboleira, ao "Dolce Vita" em construção no norte do concelho. Depois, se tudo correr bem, haverá uma ligação para Sul e a ligação a Norte será prolongada aos concelhos limítrofes.
Oxalá assim aconteça: é sinal de que o nosso país também começa a despertar para uma mobilidade inteligente e sustentada/vel.
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Terça-feira, 29 de Abril de 2008

Apenas para recordar...

Completam-se hoje 126 anos que circulou o primeiro troleicarro - o Elektromote - pelo engenho de Werner von Siemens, em Halensee, Berlim, Alemanha.
29.04.1882 
pl: ku pamięci: dzisiaj mija 126 lat od dnia, gdy pierwszą jazdę w podberlińskim Halensee odbył Elektromote, pierwszy trolejbus zbudowany przez Wernera von Siemensa.
 
it: soltanto per ricordare: fanno oggi 126 anni che a Halense, Berlino, Germania, Werner von Siemens ho fatto circulare il primo filobus - l'Elektromote.
 
en: just to remember: completes today 126 years after the first trolleybus had run for the first time - the Elektromote. It happens by Werner von Siemens work at Halense, Berlin, Germany.
 
eo: nur per rememori: hodiaŭ kompletiĝas 126 jaroj je la unua vojaĝo de la unua trolebuso - la Elektromote - en Harlense, Berlino, Germanŭjo, per inventa talento de Werner von Siemens.
 
fr: seulement pour rappeller: se complètent aujourd'hui 126 ans lesquels a circulés le premier trolleybus - l'Elektromote - dans Halense, Berlin, Allemagne, par la main de Werner von Siemens.
O futuro
 
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Segunda-feira, 21 de Abril de 2008

Há gente teimosa! E inconsequente.

Portugal ultrapassou em 2006 limites fixados por Quioto em 13 por cento
21.04.2008 - PÚBLICO (Ecosfera)

Já falta pouco para estarmos assim...

As emissões de gases com efeito de estufa de Portugal em 2006 ultrapassaram em 13 por cento o limite fixado pelo Protocolo de Quioto. A Quercus lamenta a “incapacidade” do país implementar o Programa Nacional para as Alterações Climáticas, em especial no sector do transporte rodoviário.

Segundo o Protocolo de Quioto, Portugal poderia aumentar as suas emissões destes gases em 27 por cento até 2012, por referência a 1990. Mas em 2006, esse aumento era já de 40 por cento.

Em 2006, as emissões atingiram 82,7 milhões de toneladas (sem incluir o uso do solo, alteração de uso do solo e floresta), significando uma emissão per capita de 8,27 toneladas/ano, segundo as contas da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza ao analisar os dados publicados na semana passada pela Convenção Quadro da ONU para as Alterações Climáticas.

Em 2006 registou-se no sector da produção de electricidade uma redução de três milhões de toneladas de dióxido de carbono entre 2005 e 2006 devido, em parte, a uma “forte redução das emissões no sector da produção de electricidade” – devido ao aumento da produção hídrica em 5700 GWh – e a uma redução das emissões na produção térmica. Além disso, houve ainda um incremento da produção de origem eólica de 1200 GWh.

No sector dos serviços houve uma redução do consumo de gasóleo e de gás butano e propano nos sectores dos serviços e residencial, “o que poderá, eventualmente, ser resultado do Inverno mais ameno que se fez sentir em 2006”. Tal significou uma redução de 1,1 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

Estes dados, segundo a Quercus, “continuam a mostrar a dificuldade de Portugal em cumprir o Protocolo de Quioto”. A associação lamenta a “incapacidade de implementação de muitas medidas do Programa Nacional para as Alterações Climáticas para a redução das emissões, em particular na área do transporte rodoviário”. A política continua a “passar pela construção de mais estradas e auto-estradas, em detrimento de uma mobilidade mais sustentável”. 


Entretanto... prepara-se o fim da linha ferroviária do Tua - e não há meio de se alargar o número de troleicarros em circulação em Portugal.

sinto-me:
publicado por ehgarde às 23:13
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Quarta-feira, 2 de Abril de 2008

Opostos

a falta de liberdade é uma coisa assumida - mas os sinais são de abertura.

Por cá parece que se passa exactamente o contrário.

 

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=336734&tema=27

 

O que se passa?!?

sinto-me:
publicado por ehgarde às 19:53
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