... trancas à porta.
Corroborando e reforçando o comentário de um dos leitores do Público [16.02.2009 - 13h12 - Anónimo, Lisboa]: houve pressa em extinguir, nas cidades de Lisboa, do Porto, de Coimbra e de Braga, os transportes eléctricos colectivos que aí circulavam (carros eléctricos e troleicarros).
Agora poucos sobraram: menos de meia dúzia de linhas de carro eléctrico em Lisboa e no Porto (que andam sempre "às moscas") e um reduzido e caduco sistema de troleicarros em Coimbra.
Agora é o "ai-Jesus"...
Governo prepara medidas para reduzir excessiva poluição do ar
Lisboa e Porto vão ter faixas especiais para carros com mais de um ocupante
O pacote é complementado com uma série de outras acções a cargo de várias câmaras municipais. Doze delas assinam, hoje, protocolos neste sentido com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (ver outro texto).
As chamadas "vias de alta ocupação" funcionam como faixas bus, mas estão destinadas a mais veículos. Em estudo está a sua utilização por automóveis ligeiros particulares que transportem mais de um ocupante, bem como carros eléctricos ou híbridos, além de autocarros.
Os detalhes e as datas ainda não estão definidos, mas a implantação do sistema ocorrerá inicialmente em regime de teste. "O que temos em vista é tê-los em pelo menos alguns eixos, em períodos experimentais", afirma o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa. "Espero que seja ao longo deste ano", completa. Já existem experiências do género, por exemplo, no Canadá e nos Estados Unidos.
Do pacote de medidas constam também zonas de emissões reduzidas, onde não poderão circular camiões que poluam acima de um determinado nível. Os veículos mais poluentes poderão instalar filtros de partículas, mas esta é uma alternativa que ainda terá de ser testada.
Para o Norte, está em estudo - numa fase mais embrionária - a fixação de normas de qualidade do ar para as lareiras, que são uma fonte importante de poluição atmosférica. O nível de poluição em algumas zonas de Lisboa e do Porto é extremamente elevado.
O ponto mais problemático é a Avenida da Liberdade, em Lisboa. Em 2005, o nível de partículas no ar - causadoras de problemas respiratórios - excedeu o limite legal em 182 dias, ou seja, metade do ano. A legislação europeia permite, no máximo, 35 dias. Os valores baixaram nos anos seguintes, em grande parte pelas condições meteorológicas, mas ainda assim estiveram acima da norma. Em função disso, a Comissão Europeia abriu um processo contra Portugal. Na resposta que Portugal tem de enviar a Bruxelas até finais de Março, o Governo vai invocar a possibilidade de uma isenção temporária do cumprimento dos valores-limite de poluição - algo que a legislação europeia permite, caso estejam em curso programas de melhoria da qualidade do ar.
No ano passado foram aprovados planos neste sentido para as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Agora, o Governo quer pô-los em prática, através de um programa de execução. Os protocolos hoje assinados com 12 autarquias da zona de Lisboa integram esse programa.
Neles, as câmaras comprometem-se a adoptar medidas, muitas delas a curto prazo, algumas até 2012.
Para Francisco Ferreira, investigador da Universidade Nova de Lisboa e coordenador do plano de melhoria da qualidade do ar para a região, o envolvimento de todas as câmaras é essencial. Mas a qualidade do ar não vai melhorar se as acções para a capital não funcionarem. "As medidas de Lisboa são vitais", afirma Francisco Ferreira, também vice-presidente da associação ambientalista Quercus.
Em Setembro passado, a Câmara de Lisboa comprometeu-se, num protocolo com a CCDR-LVT, a pôr em prática 17 medidas para reduzir a poluição dos automóveis. Mas o grupo de trabalho previsto para avaliar o cumprimento do protocolo, que deveria ter entrado em funcionamento em Outubro, nem sequer foi ainda criado. Segundo informação da assessoria de imprensa da CCDR-LVT, "o grupo de trabalho está em formação neste momento e vai reunir-se em breve".
Não deixa de ser curioso (e triste) o facto de ser cada vez mais do mesmo: a não ser uma tímida hipótese de "extensão das linhas do metro" (para quando? 10 anos?) não há qualquer referência à tracção eléctrica urbana (não esquecer que Porto e Lisboa tiveram enormes redes de carros eléctricos, a primeira resumida a mera exploração turística e a segunda agora com o estatuto de "espécie fortemente ameaçada de extinção" - só gás e diesel.
Além de agravamentos e proibições.
Ambiente
Portagens diferenciadas, aumento dos corredores BUS e a introdução de mais autocarros a gás natural são apenas das medidas possíveis para melhorar a qualidade do ar na Região de Lisboa e Vale do Tejo e Região Norte. O secretário de estado do Ambiente acredita que as medidas a aplicar devem estar escolhidas até meados de 2009.
"O objectivo essencial é defender a saúde de todos nós.
Temos problemas graves de qualidade do ar no Grande Porto e na Grande Lisboa. Houve estudos feitos para as duas áreas que elencaram medidas possíveis. As entidades responsáveis por aquelas várias medidas têm que decidir quais querem adoptar", comentou hoje o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.
Com a coordenação das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, as câmaras municipais, transportadoras e concessionários de auto-estradas ou pontes vão seleccionar que medidas consideram mais eficazes para que seja aprovado um Programa de Execução concreto, especificou Humberto Rosa.
No caso da introdução de portagens diferentes consoante a ocupação dos veículos, Humberto Rosa explicou que essa medida teria de ser avaliada por diferentes entidades. No cenário de esta medida ser pensada, por exemplo, para a Ponte 25 de Abril, o assunto teria de ser debatido entre o Ministério das Obras Públicas, as câmaras de Almada e Lisboa e o concessionário da ponte.
Humberto Rosa escusou-se a elencar quais as medidas mais prioritárias, embora considere que a grande maioria delas é "muito eficiente".
"Não há uma pré-decisão daquelas medidas que o Governo entenda que devem ser aplicadas, mas vejo como provável que as entidades competentes as possam vir a adoptar".
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, assegurou hoje que a introdução de portagens diferenciadas e urbanas em Lisboa é uma medida possível, mas não é prioritária e só será utilizada em último caso.
"É possível, é uma medida que vem em qualquer manual de mobilidade sustentável. Já foi aplicada em algumas cidades, como em Londres, mas estamos numa fase em que muitas medidas existem ainda antes de ter que chegar a essa. Será só numa situação limite", afirmou.
Ana Paula Vitorino falava em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, após questionada pelos jornalistas sobre uma portaria que determina a execução de medidas previstas num estudo sobre a qualidade do ar na região de Lisboa e Vale do Tejo.
A secretária de Estado disse que a introdução de portagens urbanas e diferenciadas "é o limite da actuação quando tudo o resto já falhou".
Ana Paula Vitorino referiu que os valores limite da poluição do ar foram ultrapassados na região de Lisboa e Vale do Tejo, em particular a norte, e que a principal razão foi "o excesso de utilização de viaturas particulares".
"Há outras medidas em curso para melhorar o problema, como a extensão das linhas do metro, e outras que ainda não estão em curso mas já foi dada a orientação para que se concretizem, como o aumento dos corredores BUS e a introdução de mais autocarros a gás natural", afirmou.
Coimbra tem sido, desde 28 de Dezembro de 1997, a única cidade da Península Ibérica com um sistema de transportes colectivos do século XXI: o troleicarro.
Os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra tornam público que, a partir das 11h00 de 2008/05/15, entrará em funcionamento uma nova linha, que terá a designação 60 / S. José – Universidade (via Olivais).
Portugal ultrapassou em 2006 limites fixados por Quioto em 13 por cento
21.04.2008 - PÚBLICO (Ecosfera)
As emissões de gases com efeito de estufa de Portugal em 2006 ultrapassaram em 13 por cento o limite fixado pelo Protocolo de Quioto. A Quercus lamenta a “incapacidade” do país implementar o Programa Nacional para as Alterações Climáticas, em especial no sector do transporte rodoviário.
Segundo o Protocolo de Quioto, Portugal poderia aumentar as suas emissões destes gases em 27 por cento até 2012, por referência a 1990. Mas em 2006, esse aumento era já de 40 por cento.
Em 2006, as emissões atingiram 82,7 milhões de toneladas (sem incluir o uso do solo, alteração de uso do solo e floresta), significando uma emissão per capita de 8,27 toneladas/ano, segundo as contas da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza ao analisar os dados publicados na semana passada pela Convenção Quadro da ONU para as Alterações Climáticas.
Em 2006 registou-se no sector da produção de electricidade uma redução de três milhões de toneladas de dióxido de carbono entre 2005 e 2006 devido, em parte, a uma “forte redução das emissões no sector da produção de electricidade” – devido ao aumento da produção hídrica em 5700 GWh – e a uma redução das emissões na produção térmica. Além disso, houve ainda um incremento da produção de origem eólica de 1200 GWh.
No sector dos serviços houve uma redução do consumo de gasóleo e de gás butano e propano nos sectores dos serviços e residencial, “o que poderá, eventualmente, ser resultado do Inverno mais ameno que se fez sentir em 2006”. Tal significou uma redução de 1,1 milhões de toneladas de dióxido de carbono.
Estes dados, segundo a Quercus, “continuam a mostrar a dificuldade de Portugal em cumprir o Protocolo de Quioto”. A associação lamenta a “incapacidade de implementação de muitas medidas do Programa Nacional para as Alterações Climáticas para a redução das emissões, em particular na área do transporte rodoviário”. A política continua a “passar pela construção de mais estradas e auto-estradas, em detrimento de uma mobilidade mais sustentável”.
Entretanto... prepara-se o fim da linha ferroviária do Tua - e não há meio de se alargar o número de troleicarros em circulação em Portugal.
Quando a esmola é grande, o pobre desconfia...
Plano Nacional para a Eficiência Energética prevê a redução de energia em dez por cento até 2015
11.04.2008 - 11h31
O Plano Nacional para a Eficiência Energética prevê a redução do consumo de energia em dez por cento até 2015 e será aprovado na próxima semana, anunciou hoje o primeiro-ministro, durante o debate quinzenal no Parlamento.
José Sócrates declarou que ainda este mês ficará disponível o Fundo para as Energias Renováveis, que envolverá cerca de 70 milhões de euros.
Este fundo destina-se a "apoiar projectos apresentados por múltiplas entidades e a promover a formação avançada no domínio da eficiência energética e das energias renováveis".
Em relação ao Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética, Sócrates referiu que a poupança dos consumos na ordem dos dez por cento, até 2015, "permitirá ultrapassar a meta da União Europeia".
Segundo o primeiro-ministro, a estratégia "contará com os contributos dos vários sectores de actividade, com o Estado a liderar em termos de eficiência, com uma economia induzida de cerca de 12 por cento".Perante os deputados, o primeiro-ministro aproveitou também para fazer um breve balanço da política de energia seguida pelo Governo ao longo dos últimos três anos.
De acordo com Sócrates, nos últimos três anos, o seu executivo "resolveu crises nas empresas participadas pelo Estado, dando-lhes orientações claras", razão pela qual "hoje têm estabilidade accionista e condições de concorrência aberta e leal".
"Estabelecemos parcerias internacionais estratégicas no aprovisionamento de petróleo e gás natural; desenvolvemos infra-estruturas de armazenamento e transporte do gás natural e reforçámos a capacidade de interligação eléctrica com Espanha", sustentou o chefe do Governo.
Ainda na perspectiva de Sócrates, desde 2005, Portugal "acelerou o processo de liberalização do mercado e concretizou efectivamente o MIBEL, que se tornou o segundo mercado regional a ser criado na Europa".
"Este Governo adoptou uma política tarifária que defende os consumidores" e "dinamizou a iniciativa empresarial no sector, com o lançamento de sucessivos concursos para a energia eólica, energia hídrica e para a construção de quatro centrais de ciclo combinado", acrescentou.
Terceira fase do concurso das eólicas irá instalar mais 200 megawatts
11.04.2008 - 10h46
O primeiro-ministro afirmou hoje que será lançada a terceira fase do concurso de potência eólica, envolvendo a instalação de mais de 200 megawatts, e que o Governo criará um Pólo da Competitividade da Energia.Estas medidas foram anunciadas pelo primeiro-ministro na abertura do debate quinzenal, na Assembleia da República, dedicado ao tema das políticas de energia.Sócrates disse que a terceira fase do concurso de potência eólica "terá características próprias", já que se dirigirá a pequenos investidores", tendo "um forte componente local", em que serão privilegiados "projectos situados no interior do país".O primeiro-ministro adiantou depois que o Pólo de Competitividade da Energia "será o segundo a ser criado depois do Pólo da Competitividade da Saúde"."Este pólo associará empresas, universidades e centros de inovação, permitindo a realização de acções conjuntas para a promoção de investigação e desenvolvimento", disse.Ainda sobre a criação deste pólo, o primeiro-ministro referiu que se encontram previstos financiamentos no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), visando a "aproximação entre empresas e unidades de ensino e investigação".
Jerónimo de Sousa desafiou o Governo a baixar preço dos combustíveis
11.04.2008 - 12h35
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu hoje “a intervenção” do Governo para baixar os preços dos combustíveis, mas o primeiro-ministro, José Sócrates, rejeitou a ideia porque considera que isso seria à custa do dinheiro dos contribuintes.
“Os portugueses não percebem porque é que o preço do barril do petróleo aumentou 1,5 por cento e o preço da gasolina sobe muito mais”, questionou Jerónimo de Sousa no debate quinzenal com o primeiro-ministro, no Parlamento, hoje centrado na política de energia, por escolha do primeiro-ministro.
O secretário-geral comunista lembrou que as petrolíferas tiveram “lucros fabulosos” de 777 milhões de euros no ano passado, sugerindo que a baixa dos preços se fizesse à sua custa.
A ideia foi recusada pelo primeiro-ministro mas, perante a insistência de Jerónimo de Sousa – “esperemos que no futuro, e face à crise, não tenha que engolir o que disse” –, acabou por dizer: “A não ser que a situação seja de tal forma que tenha um impacto tal num sector que exija a solidariedade dos outros”, disse sem dar mais pormenores.
Já agora: quando é que começamos a instalar sistemas de troleicarros nas nossas cidades para ver se começamos a poupar energia e não enviamos CO2 para a atmosfera?
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. ET - Escola Básica 2/3 Jorge de Montemor, Montemor-o-Velho
. ET - Escola Básica 2/3 Luísa Todi, Setúbal
. ET - Escola Básica 2/3 Visconde de Juromenha, Mem Martins
. Moçambique
. Esperanto
. PEA - Portugala Esperanto Asocio
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